sábado, 26 de julho de 2025

Telê 94


Hoje faria aniversário o monumental Telê, escudo eterno do Fluminense. Completaria 94 primaveras, se não fosse a cruel imposição da natureza humana.

Na contagem oficial do Fluminense, são 162 gols marcados em 559 jogos com A Camisa. Ainda hoje, Telê é o 3º jogador com mais atuações e o 5º maior artilheiro da história do clube.

O sonho daquele rapaz de Itabirito, apaixonado pelo Tricolor desde a infância, era se tornar um jogador do Fluminense. Pois: Telê se tornou uma lenda do Fluminense.

Um gol olímpico. Um gol de bicicleta. Outros cento e sessenta gols das mais variadas formas. Um atleta que não desistia de nenhuma bola, de nenhum jogo. Um gênio que revolucionou duas vezes o futebol brasileiro, primeiro como jogador, depois como treinador.


Mesmo muito jovem, Telê já era titular do timaço do Fluminense campeão carioca em 1951 e mundial em 1952. Mais experiente, ganhou também o Campeonato Carioca de 1959 e os Torneios Rio-São Paulo de 1957 e 1960. Ao lado de seus amigos Castilho e Pinheiro, forma o trio de jogadores que mais vezes defenderam o Decano em todos os tempos.

Após pendurar as chuteiras, tornou-se treinador, movimento óbvio para um jogador tão inteligente. No comando técnico do Fluminense, conquistou o Campeonato Carioca e a Taça Guanabara de 1969. Construiu também como treinador uma carreira vitoriosa, tornando-se ídolo de outros clubes brasileiros: Atlético Mineiro, Grêmio e especialmente São Paulo.

Telê também esteve à frente da Seleção Brasileira, nas Copas do Mundo de 1982 e 1986 – duas equipes que prezavam pelo Jogo Bonito, a marca do futebol brasileiro, inventada e aperfeiçoada exatamente sob as Laranjeiras imortais que criaram o próprio Telê.

Ídolo eterno do Fluminense, Telê foi o personagem mais ovacionado na sede do clube em 21 de julho de 2002, dia do centenário da instituição: merecida reverência a um dos gigantes de nossa história.

Em 21 de abril de 2006, Telê se foi deste mundo. Mas quem achou que sua relação com o Fluminense havia terminado ali se enganou. Em 5 de dezembro de 2010, o Fluminense conquistou seu terceiro Campeonato Brasileiro, sob o comando de Muricy Ramalho – um aluno do próprio Telê, de quem fora auxiliar no São Paulo. Após o jogo, emocionado, Muricy revelou que havia sonhado com Telê na véspera e que sabia que ele estava muito feliz.

Óbvio que o menino de Itabirito estava muito feliz. Afinal, o seu amado Fluminense era de novo campeão… e com um tanto de sua influência, sob a batuta de seu próprio discípulo – Telê conseguiu ajudar o Fluminense mesmo de outra dimensão.
 

 
Obrigado por tudo, mestre Telê! Eterno campeão, Fio de Esperança, você jamais será esquecido…

PCFilho

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