(foto: Reuters)
Outro dia um amigo chegou até mim, e fez a pergunta fatal: "é o melhor time que você viu jogar?". Quando me dei conta do fato, meus músculos paralisaram-se, da cabeça aos pés. Respondi, ainda atônito: "sim, sim, é o melhor time que eu vi jogar".
Amigos, é assustador: no gramado, o Barcelona chega a dar raiva. Aquela troca de passes que não se interrompe, aquela pressão incrível sobre a saída de bola adversária e aquela intensa movimentação dão nos nervos de qualquer um.
O Manchester United é, sem dúvida, uma grande equipe. Os ingleses têm tradição, têm taças, têm dinheiro, têm craques, têm em Sir Alex Ferguson o comandante ideal. Não falta nada aos ingleses, nada. Mereciam também subir ao topo da Europa.
Mas o futebol é cruel: a glória só cabe a um clube, a felicidade suprema só pertence a uma torcida. Em 2011, a Liga dos Campeões da Europa é do Barcelona.
A cada três minutos de bola rolando, em dois ela está nos pés do Barça. "Se eu tenho a posse de bola, o adversário não tem", dizia o holandês Johan Cruijff, o idealizador maior do jeito Barcelona de jogar futebol.
Virou uma marca registrada do clube: o Barça trata a posse de bola como se ela fosse o objetivo maior do jogo. A bola é o objetivo, e o gol é a consequência.
E nisso o Barcelona parece ser o melhor do mundo: há três anos seguidos, o time tem mais posse de bola que todos os adversários. É como se estivessem invictos há três anos.
O Manchester United começou marcando Messi. Mas marcar Messi não adianta, porque sobra espaço para Xavi, que passa para Pedro, que vence Van der Sar. 1 a 0 Barcelona.
Rooney ainda empatou, após tabela com Giggs. Mas veio o segundo tempo, quando a marcação sobre Messi relaxou. Foi o suficiente para o argentino mandar o seu canhotaço de fora da área: Barcelona 2 a 1.
Também dos pés de Messi veio o passe para Busquets, que rolou para David Villa fazer 3 a 1. E a Europa é azul-grená pela quarta vez.
Só posso escolher Messi para personagem do jogo e do torneio. O argentino tem classe, tem categoria, tem vontade. Há momentos em que parece estar sozinho em campo: ele é todo o show, ele é todo o espetáculo. Para levantar taças, dois fatores são essenciais: futebol e sorte. Neste sábado, o Barcelona teve as duas coisas, e mais: teve Messi, também.
PC
(o título do texto é um trocadilho com a expressão "Més que un club", inventada pela torcida do Barcelona para se referir à paixão pelo clube da Catalunha)
Eles ganham de forma tão tranquila que chega a ser chato.
ResponderExcluirBom relato do jogo no De Salto no Lance.
ResponderExcluirDá nojinho de ver o Barça jogar...
ResponderExcluirPrevisão em duas prováveis "finais":
- Barça X Santos: Retranca feia do Rato, 1 a 0 no sufoco, Santos tri.
- Barça X Velez: Velez cisma que consegue jogar de igual prá igual com eles e leva um VAREIO. Uns 4 a 0 Barça, fora o baile.
São só previsões... rsrsrs
ST!
Não dá raiva, PC, talvez dê a tal inventada 'inveja boa'... rs. Até pq, só consigo torcer para dois clubes além do meu Tricolor: Cruzeiro e Barcelona!!!
ResponderExcluirMas o Barça é grande mesmo, dentro e fora dos gramados. Organizado! Só a torcida é que pisa na bola, pois sempre temos os tais torcedores que extrapolam! É assim em todo lugar. Fora isso, é mais que um clube mesmo! E o Messi, não se esqueçam, é argentino, mas foi levado para o Barça ainda bem jovem e trabalhado pelos espanhóis. Que sirva de lição!
SB!!!!!