sexta-feira, 5 de junho de 2015

Fluminense 2 x 0 Coritiba


Amigos, o Fluminense venceu o Coritiba por 2 a 0, no Maracanã, na tarde desta quinta-feira 4, feriado de Corpus Christi, mas eu serei chato.

Primeiro porque, mais uma vez, milhares de torcedores foram novamente tratados como gado, tendo enorme dificuldade na aquisição de seus ingressos, mesmo em um jogo com procura apenas moderada. É inacreditável: o Fluminense joga partidas de futebol há 113 anos ininterruptos, mas ainda não aprendeu a vender ingressos para elas. O público foi de 28 mil presentes, com 23 mil pagantes, mas milhares desistiram e voltaram para casa, diante da confusão nas bilheterias. O sujeito chega ao estádio como se implorasse: "Fluminense, por favor, eu quero te dar o meu dinheiro e o meu apoio!". E o Fluminense nega, como se não precisasse nem de um, nem de outro. Às vezes me pergunto como é que esse clube conseguia vender 120, 130, 140 mil ingressos no Maracanã de antigamente, se hoje não consegue vender nem 30.

Também vou reclamar do que vi em campo, apesar da vitória. O onze tricolor esteve bastante desorganizado, com problemas sérios na transição ofensiva (isto é, quando retomava a posse de bola). Vencemos porque encontramos um gol no primeiro tempo, com Fred e Vinícius aproveitando bem uma falha da defesa do Coritiba, e porque o adversário demonstrou pouco potencial ofensivo para reagir (nosso goleiro Diego Cavalieri só trabalhou mesmo em uma boa cobrança de falta de João Paulo - de resto, foi mero espectador do prélio). No fim, o onze tricolor conseguiu encaixar um contra-ataque, e Breno Lopes cruzou na cabeça de Marcos Júnior, que marcou o gol que deu os números finais ao placar: Fluminense 2, Coritiba 0.

O Fluminense está conseguindo somar pontos importantes neste início de Campeonato Brasileiro. Em cinco jogos até aqui, três em casa (Joinville, Corinthians e Coritiba) e dois em campo neutro (Atlético Mineiro e Flamengo), já acumulamos 10 pontos ganhos, com campanha de 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota. No domingo 7, novamente no Maracanã, teremos o bom quadro do Sport Recife pela frente. Será um bom teste para avaliarmos as reais condições do plantel montado para este ano. Com mais uma vitória, já poderemos começar a sonhar mais alto.

Que a torcida compareça, e que nossa diretoria a trate com o devido respeito. É inadmissível que o maior patrimônio do Fluminense seja tratado como foi neste jogo contra o Coritiba.

Até domingo!

PCFilho

NOTAS DO ONZE:
Diego Cavalieri: Quando foi exigido, fez grande defesa, em cobrança de falta de João Paulo. 7,0
Renato: Pouco participativo. 5,5
Gum: Ganhou todas as disputas. 7,0
Antônio Carlos: Também ganhou todas. 7,0
Breno Lopes: Deu assistência perfeita para o gol de Marcos Júnior. 6,5
Edson: Encharcou a camisa, como sempre. 7,0
Jean: Bem na defesa, mas pouco participativo no ataque. 6,0
Wagner: Participou bastante, se apresentando para todas as jogadas. 7,0
(Pierre): Entrou para fechar o time, e cumpriu sua função. 6,5
Vinícius: Marcou o gol que deu tranquilidade ao time. 7,5
(Magno Alves): Entrou bem, prendendo a bola no ataque. 7,0
Gérson: É o jogador mais talentoso do time, mas não jogou tão bem. 6,5
(Marcos Júnior): Jogou apenas dez minutos, mas deixou sua marca, de cabeça. 7,5
Fred: Deu a assistência para o primeiro gol, de Vinícius. 6,5
T. Enderson Moreira: Apesar da vitória, o time esteve bastante desorganizado. 5,0

Árbitro Cleisson Veloso Pereira: Boa atuação. 7,0

4 comentários:

  1. Fazendo copy/paste, lá vai:

    O jogo de hoje passou ao vivo pra Portugal, e vi o Fluminense igual ao do ano passado: faz 1 x 0 e recua sem ter capacidade de trocar 3 ou 4 passes seguidos e segurar a bola com segurança esperando o momento certo pra dar um bote...e logo a seguir, bola pro goleiro dar um chutão pra frente... e sem capacidade de prender a bola, ou circular a bola com segurança ou precisão, acaba dando moral ao adversário, que rouba a bola com uma facilidade incrível...sorte que este coxa é uma grande m****, muito ruim, dá muitas cacetadas, mas deu menos cacetadas que o do ano passado no empate de 1 x 1......

    Nem vou falar da lentidão crônica...fico por aqui...mais 3 pontos importantes, resultado muito melhor que a exibição...vamos ver contra o Sport Recife...

    Gostei mesmo foi da cultura tática dos sub-20 hungaros, no Mundial sub-20, que mesmo jogando com 10 jogadores, tinha sempre dois jogadores ( ás vezes 3 ) marcando o brasileiro que tinha a bola, e ainda chutaram 3 bolas na nossa trave...

    Nosso goleirinho ia entregando o ouro duas vezes, muito nervoso e muito inseguro...

    E quando roubavam a bola, com 2 ou 3 toques, achavam sempre um atacante livre lá na frente, às vezes dois atacantes hungaros contra dois beques brasileiros, no mano a mano...

    Muita qualidade no passe, muito preparo físico e muita entreajuda entre todos, mas falta o talento, o improviso e a ginga...mas a Hungria com 11 jogadores, com aquela marcação cerrada e muito bem feita, com aquela noção de tempo e espaço pra fazer lançamentos e achar sempre alguém solto de marcação lá na frente, não sei se o Brasil sequer empatava o jogo...gostei do time sub-20 da Hungria, time super organizado, lutador, correm pra caracas, chato de vencer...

    Nossa seleção sub-20 é muito talentosa, mas pouco organizada...Gerson arrumava aquele meio-campo facil facil...como é que pode um treinador deixar pelo menos 3 promessas de craque de fora dessa seleção?
    Não entendo, porque tendo uma colheita promissora e farta como esta nova geração, o treinador devia escolher os melhores dos melhores, certo?

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    1. Gérson fora dessa seleção sub-20 é um absurdo, mesmo.

      Mas... ainda bem para nós, porque, sem o Gérson, o Fluminense se tornaria um time muito mais frágil...

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  2. PC, não sei como está agora, pois ando ausente do estádio faz tempos. Mas no antigo e velho Maraca, a torcida tricolor que adorava chegar faltando uma hora para o início do jogo (como eu mesmo fazia) tinha diversas bilheterias à disposição. Lembro das gaiolinhas e as mãozinhas dos bilheteiros chamando. Alguém falou, não lembro quem, que a torcida precisa se adaptar e passar a chegar mais cedo. Isso talvez ajude. Mas um pouco de boa vontade da administradora do estádio, colocando mais bilheterias, também seria legal. Em breve vou testar o novo Maraca, mas em jogo cedo (16 horas) e com pouco público. E chegando cedo...

    Concordo com você sobre o Flu nesse jogo. Ao meu ver, o Coritiba é forte candidato a cair, junto com o Joinville (e já jogamos com ambos). O Sport é mais organizado, temos que jogar mais.

    ST

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    1. Leandro,

      É óbvio que o torcedor que compra com antecedência (como eu mesmo quase sempre faço) ajuda e facilita as coisas para o clube.

      No entanto, o clube precisa estar preparado para atender à demanda que aparecer no dia do jogo. É inacreditável que o estádio fique com 2/3 dos assentos vazios, enquanto milhares de pessoas foram e não conseguiram entrar. Está evidente um problema grave, e culpar "a torcida" não vai ajudar nada na solução.

      Eu particularmente desconfio que um grande gargalo está na tal da conferência dos documentos de meia-entrada. No Fla-Flu, levei meus pais, que têm mais de 60 anos e por isso pagam meia. Chegamos cedo, foi tranquilo, mas a bilheteira demorou cinco minutos (!!) para conferir os dois documentos. Os ingressos deles vieram até com o nome estampado, OK, legal, mas se isso atrasa tanto o atendimento, o procedimento precisa ser otimizado. Ou tripliquem o número de bilheterias...

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