Amigos, nós já estávamos nos acostumando com a rotina de vitórias do Fluminense. Torcedor de futebol é assim: quando o seu time vence quatro seguidas, passa a acreditar que não perderá mais, nunca mais. Neste sábado, pela manhã, enquanto saboreava meu cafezinho, escutei a conversa de uma dupla de tricolores no balcão. Os dois, claro, previam uma acachapante vitória contra o Coritiba. Ali, naquele instante, comecei a me preocupar. Afinal, o clube paranaense sempre foi uma pedra no nosso sapato (é um dos poucos times brasileiros
com vantagem no retrospecto contra nós). O entusiasmo daquela dupla me pareceu a típica euforia que precede as grandes catástrofes.
Começou o jogo no Couto Pereira, na chuvosa Curitiba, e o gramado estava impraticável, impossibilitando a troca de passes, que é a base do jogo do Fluminense. Se o Coritiba estava sem seu gênio Alex, o Fluminense estava desfalcado do próprio campo de jogo. Para piorar, os anfitriões desciam o cacete nos craques tricolores, sob os olhares coniventes de sua senhoria o árbitro Thiago Duarte Peixoto, da Federação de São Paulo. Nossa Majestade o Rei Darío Leonardo Conca Primeiro e Único, coitado, apanhou mais que os bonecos de Judas em sábado de aleluia. E nenhum dos agressores recebeu cartão amarelo. No fim, de tanto apanhar, o argentino é que foi advertido, após reclamação. Que inversão bizarra.
Enfim, não era o dia do Fluminense. Até Fred - justo Fred, o melhor centroavante brasileiro - perdeu um gol feito por absoluta distração. Achou que a bola tinha saído, abaixou a cabeça, e nem viu quando Conca a recuperou e lhe passou, com a precisão habitual. Quando Fred acordou para a vida, já era tarde, e o chute saiu mascado. O Coritiba não desperdiçou a chance que teve, e por isso saiu vencedor do prélio.
A análise dos resultados do Fluminense nesse Campeonato Brasileiro revela que jogamos bem contra os melhores times, e mal contra os piores. Contra o Coritiba e o Vitória, dois clubes que lutam para não cair, não tivemos uma única e escassa vitória. Já contra os poderosos rivais paulistas, não conhecemos uma única e escassa derrota, ganhamos quase todas. Como pode? Tenho a impressão de que, se disputássemos um triangular com o Tabajara e o Íbis, terminaríamos na lanterna, ao passo que, se jogássemos a milionária Liga dos Campeões da Europa, sairíamos campeões invictos.
Deve ser por isso que, todo santo dia, passa pela minha cabeça o pensamento de que esse Campeonato era para ser nosso, como o de 2010, como o de 2012. Infelizmente, não será. Que venha pelo menos a vaga na Copa Libertadores, como prêmio de consolação.
PCFilho
NOTAS DO ONZE:
Diego Cavalieri: Sem culpa no gol. 6,5
Bruno: Tímido no apoio. 5,0
Elivélton: Nervoso. 4,0
(Fabrício): Entrou mais calmo que os zagueiros titulares. 5,5
Guilherme Mattis: Nervoso. 4,0
Carlinhos: Atuação muito ruim. Só não merece zero pelo chute perigoso. 3,0
(Kenedy): Entrou e fez uma boa jogada. 5,5
Diguinho: Feijão-com-arroz. 5,0
Jean: Feijão-com-arroz. 5,0
Wagner: Muita correria, pouca produção. 5,5
Darío Conca: Não estava em um dia bom. 6,0
Walter: Só teve 19 minutos em campo. 5,0
(Cícero): Sem ritmo. 5,5
Fred: Distração imperdoável para um centroavante de sua qualidade. 3,0
T. Cristóvão Borges: O time não soube vencer os obstáculos encontrados. 4,0
Árbitro Thiago Duarte Peixoto: um desastre na parte disciplinar. 2,0
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirO comentário acima foi deletado porque era de um flamenguista que, PASMEM, acha que o Fluminense não deveria estar na primeira divisão. Curioso, o Fluminense terminou o Brasileirão do ano passado em 15º, e o Flamengo em 16º. Como então o Fluminense não deveria estar na primeira divisão? Com que lógica?
ExcluirÉ cada um que aparece. rsrs.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ExcluirPiorou, é atleticano. Deve estar chorando até hoje a perda do Campeonato Brasileiro de 2012.
ExcluirAliás, quando foi mesmo a última vez que o Atlético Mineiro ganhou o Campeonato Brasileiro?
Pelé ainda jogava, né? rsrsrs
Boa noite,
ResponderExcluirNão jogamos absolutamente nada contra o coxa...
Estamos muito mal de zagueiro. .. Esse Guilherme é lento demais!
Se Diguinho e Carlinhos já foram excluídos do ano que vem e sabem disso, não deveriam entrar em campo!
Se houvesse um mínimo planejamento de elenco e profissionalismo esta equipe estaria em primeiro.
Está muito difícil. ..
Surgiu um grupo de oposição no clube. Será que valerá a pena ou será mais do mesmo?
Raphael,
ExcluirA que grupo de oposição você se refere? Quando se trata de política tricolor, todo cuidado é pouco. Já vi em Laranjeiras muito grupo adesista que se auto-intitula oposição... De 2003 pra cá, que eu tenha conhecimento, a única oposição real foi a do Pavilhão Tricolor, grupo do qual fiz parte, e que infelizmente não teve muito apoio e acabou desaparecendo.
Tomara que surja mesmo um outro grupo de oposição verdadeira. Terá toda a minha torcida. Entretanto, infelizmente, eu preciso dizer que não acredito mais na via política para mudar de fato o clube. O Estatuto do Fluminense é antiquado, amarrado, e dificulta demais a tarefa. E as pessoas que estão no poder já demonstraram que não têm vontade de mudar esse cenário.
Para que eu volte a acreditar na mudança do Fluminense pela via política, uma ampla reforma estatutária terá que ser promovida, seguindo, mais ou menos, os moldes do atual Estatuto do Internacional de Porto Alegre, isto é, permitindo que grupos relativamente pequenos de sócios tenham a possibilidade de concorrer a cadeiras no Conselho Deliberativo. Isto, aliado a uma ampliação do número de sócios com direito a voto, seria o primeiro passo.
Infelizmente, estamos a anos-luz desse cenário.
Obrigado pela explicação PC...
ExcluirPerguntei aqui, justamente, por ter acompanhado o Pavilhão naquele tempo e entender e acreditar que você e outros que participavam daquele grupo são pessoas conscientes e desejosos de um Flu novamente Enorme e em pé. .. E não estes que apenas se ajoelham...
Naquela época eu era recém formado e não tinha condições de participar, muito embora tenha feito alguns contatos por email com o Mário Vitor.
Com eu já desconfiava, o árbitro da Federação Paulista, como aliás, os outros árbitros desta federação já haviam feito neste CB, fez a parte que lhe cabia.
ResponderExcluirBem que você avisou, Alexandre. Poucas vezes vi um árbitro tão conivente com a violência de um só time.
ExcluirOUTRA QUE REPITO SEMPRE:
ExcluirQue falta faz o EDSON!
Com ele em campo o time é uma coisa, sem ele, outra!
Com Edson em campo, o time todo joga melhor.
ExcluirOs meus 4 comentários durante o jogo de ontem, das 20:46 até as 21:32 já dizem tudo...
ResponderExcluirrbn 08 novembro, 2014 20:46
Lá vai eu estragar de novo o post, mas os caras do curitiba estão batendo forte e feio desde o início do jogo e até agora, só um mísero cartão amarelo, IMPRESSIONANTE!!!
O Conca levou uma "mãozada" na boca na cara do facínora com apito na boca e nem um amarelinho o cara do curitiba levou, PQP!!!
Responder
rbn 08 novembro, 2014 20:50
Quando bruno e carlinhos acertarem um cruzamento, maité proença vai receber um oscar de melhor atriz, vampiro vai doar sangue e o saci vai cruzar as pernas:-)
Responder
rbn 08 novembro, 2014 21:11
Conca tá apanhando mais que bife de pensão...e cartão amarelo...nada!!!
Responder
PC Filho 08 novembro, 2014 21:27
Cartão amarelo... pro Conca...
Essa arbitragem...
Responder
rbn 08 novembro, 2014 21:32
O que faltou pra dar cartão vermelho pro cara que literalmente deu uma entrada assassina em Bruno???
Pra levar cartão tinha que dar um tiro a queima roupa no Bruno???
Tinha que metralhar o Conca???
Porra, nunca vi um time apanhar tanto durante 90 minutos e o adversário passar impunemente com apenas 2 cartoes amarelos...por reclamação!!!
BRINCADÊRA TEM HORA, já dizia Zeca Pagodinho