Amigos, não se levanta um Campeonato Brasileiro por acaso: a conquista da taça é fruto de toda uma combinação de fatores.
Dizem alguns que possuir craques é fundamental. Não, não é. Em 1970, o Santos tinha Pelé e não venceu. O Cruzeiro tinha Tostão e não venceu. O Palmeiras tinha Ademir da Guia e não venceu. O Botafogo tinha Jairzinho e não venceu. Foi o Fluminense que, sem craques, ergueu a Taça de Prata. Foi o Fluminense, sem craques, o campeão brasileiro de 1970.
Repito: não se vence o Brasileirão por acaso. Às vezes, por exemplo, é necessário um reforço de última hora. Foi assim em 1984: chegou ao Fluminense, no meio do Campeonato, um paraguaio chamado Romerito. E nunca mais parou a ascensão do Tricolor para a glória.
Entendam o seguinte: a sorte também é importante. E mais que importante: a sorte é fundamental. A bola que resolve beijar a trave pode acabar decidindo tudo. E convenhamos: se uma bola beija a trave, é muita sorte.
Não é fácil colocar as mãos na taça. Clubes grandes passam décadas sem tocá-la. Vejam o exemplo do Internacional, um dos maiores clubes brasileiros: já são trinta e um anos sem levantar o Campeonato Brasileiro.
A camisa também faz diferença. Quando um clube entra em campo, junto com ele está toda a história da instituição. E estão em jogo o passado, o presente e o futuro.
Lá em Barueri, domingo, o Fluminense enfrenta o Palmeiras, e luta para seguir na ponta. O Tricolor está a 180 minutos de encerrar vinte e seis anos de espera.
Incômodo jejum que precisa acabar: a torcida tricolor não largou o clube, nem nos mais tenebrosos momentos. Essa legião merece o título, mais que tudo, mais que todos.
Notem que ainda calçamos as sandálias da humildade: não se vê sequer um pó-de-arroz comemorando antecipadamente. Isso porque nós sabemos, melhor que ninguém, que futebol só acaba quando termina. Nossas conquistas sempre são umedecidas pelo suor do último minuto.
Ano passado, decretaram o rebaixamento do Fluminense. Faltando sete jogos, o Tricolor não podia mais perder. E o Tricolor não mais perdeu. Concretizou-se o milagre da permanência, e ali já estava a semente do time bem sucedido. Tudo começou naquela arrancada. E há de terminar com a taça erguida. Amigos, não se levanta um Campeonato por acaso. Não se levanta um Campeonato por acaso!
PC
faltou o Conca no vídeo...
ResponderExcluirEu vi o Conca sim.
ResponderExcluirO craque pelo visto era o time todo.
ResponderExcluirDo time de 70, é claro.
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