Na noite de 21 de maio de 2008, no Estádio Luzhniki, em Moscou, o capitão John Terry caminhou lentamente até a área. Aquele seria o chute mais importante da história do Chelsea. Quando ajeitou a bola na marca de cal, Terry estava a onze metros da glória. Mas ocorre o escorregão improvável, e o chute de Terry vai para fora. Os azuis de Londres estavam tão perto da conquista, que já podiam sentir seu cheiro. Mas tiveram que ver a taça ir embora, escapando por entre seus dedos. É difícil imaginar dor maior para um torcedor.
Quatro anos depois, quem diria, o Chelsea voltaria ao grande jogo. Se jogar em campo neutro contra o Manchester United já havia sido difícil, agora a missão parecia ainda mais complicada: o Bayern de Munique, em seu próprio estádio. Para piorar a situação, havia os importantes desfalques de Terry, Meireles, Ramires e Ivanovic. A aposta natural era no título do gigante alemão.
Durante toda a partida, o Chelsea utilizou uma estratégia perigosamente defensiva. Dava campo ao Bayern, deixava a posse de bola com os alemães. A esperança azul era acertar um contra-ataque fatal. Mas o Bayern não dava chances, impunha seu estilo de jogo agressivo. Entretanto, não conseguia furar a retranca londrina.
Até que, aos 38 minutos do segundo tempo, o cérebro alemão Schweinsteiger descobriu uma brecha, e deu assistência irretocável para Thomas Müller. A cabeçada foi como manda a cartilha, para o chão, sem chances para Petr Cech, o goleiro do Chelsea. O Bayern fazia 1 a 0, com pouquíssimo tempo restante. O Chelsea teria que abdicar de sua proposta, e lançar-se desesperadamente ao ataque. Aos 43, a pressão azul deu resultado: Drogba completou cobrança de escanteio com uma tijolada de cabeça para o gol, sem chances para o goleiro Neuer. O sonho ainda era possivel.
A prorrogação traria ainda mais crueldade para os corações londrinos: impossível imaginar o sofrimento do torcedor ao ver aquele pênalti ser assinalado. Mas Petr Cech voou para defender o tiro de Robben. O sonho ainda era possível.
Encerrado o tempo extra, o desempate teria que ser na disputa de pênaltis. O Bayern fez 1 a 0 com Lahm, Neuer defendeu a cobrança de Juan Mata, e Mario Gómez fez 2 a 0. O Chelsea precisaria virar a disputa de pênaltis, jogando contra um goleiro que parecia tapar o gol inteiro, com seus braços tão grandes que mais parecem asas.
David Luiz e Lampard conseguiram vencer Neuer (que também converteu sua própria cobrança). O Bayern ganhava por 3 a 2: se o croata Olic fizesse o gol, as chances do Chelsea seriam reduzidas a quase zero. Petr Cech sabia que precisava defender a cobrança, e executou seu segundo milagre em Munique. Na sequência, Ashley Cole empatou para o Chelsea. O sonho ainda era possivel.
Para a quinta cobrança do Bayern, apresentou-se Schweinsteiger, o melhor jogador do time alemão, o ídolo da torcida. Petr Cech fez mais uma defesa monumental, e Schweinsteiger chorou.
Na noite de 19 de maio de 2012, na Allianz Arena, em Munique, o craque Didier Drogba caminhou lentamente até a área. Aquele seria o chute mais importante da história do Chelsea. Quando ajeitou a bola na marca de cal, Drogba estava a onze metros da glória.
A Europa é azul.
PC
(crédito da foto: Mike Hewitt/Getty Images)
Time de Guerreiros!!!!
ResponderExcluirA última título do Chelsea em competições européias se deu quando Di Matteo era jogador do Chelsea.
O time de minha preferência (Benfica) não chegou, mas entre os dois últimos, fico com o Chelsea.
ResponderExcluirO BM dominou o jogo todo, mas a força, com um pouco de sorte e as estrelas de jogadores como Drogba e PC (Goleiro) brilharam no momento exato.
Nos vemos na final do Mundial!Flumimense X Chelsea.