Nesta segunda-feira, dia 3, o maior ídolo da história do Flamengo completa 61 anos de idade: é o aniversário de Arthur Antunes Coimbra, o Zico.
Os números de Zico pelo Flamengo são de fato impressionantes. Atuando profissionalmente pelo clube entre 1971 e 1990, o craque conquistou muitos títulos com a camisa rubro-negra: 2 Troféus Ramón de Carranza (1979 e 1980), 1 Copa Kirin (1988), 6 Campeonatos Cariocas (1972,
1974, 1978, 1979,
1981 e
1986), 3 Campeonatos Brasileiros (
1980,
1982 e
1983), 1
Copa Libertadores (1981) e 1 Copa Toyota (1981). De acordo com as estatísticas do Flamengo, Zico marcou ao todo 509 gols em 732 jogos como profissional do clube, sendo o maior artilheiro e o segundo jogador com mais atuações na história do rubro-negro (somente
Júnior vestiu mais vezes a camisa do Fla).
Na Seleção Brasileira, Zico não teve tanto sucesso. Apesar de ter liderado uma geração muito talentosa, não conseguiu conquistar títulos relevantes. Nas Copas do Mundo, foram 3 participações do craque, todas terminando em eliminações traumáticas. Em 1978, mesmo com a campanha invicta, a Seleção terminou em terceiro lugar, eliminada no polêmico triangular da fase semifinal, com Argentina e Peru. Em 1982, o escrete caiu na
dramática partida contra a Itália no Sarriá, na segunda fase. Em 1986, Zico perdeu um pênalti na partida das quartas-de-final,
o jogo terminou empatado, e a França venceu na definição por pênaltis. Mesmo sem ter levantado troféus, Zico é o quarto maior goleador da história da Seleção, com 48 gols marcados em 71 jogos oficiais, atrás apenas de
Pelé,
Ronaldo e
Romário.
Zico também atuou por outros dois clubes. Entre 1983 e 1985, defendeu a Udinese, da Itália. Entre 1991 e 1994, atuou pelo Kashima Antlers, do Japão. O craque é considerado ídolo pelas torcidas de ambos os clubes.
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Zico em ação pelo Kashima Antlers, onde encerrou a carreira. |
Zico segue atuando no mundo do futebol. Em 1998, foi coordenador técnico da Seleção Brasileira vice-campeã da Copa do Mundo da França. Desde então, dedicou-se à carreira de treinador, já tendo assumido o comando técnico de vários times pelo mundo: Kashima Antlers [Japão], CFZ [Brasil], Seleção do Japão, Fenerbahçe [Turquia], Bunyodkor [Uzbequistão], CSKA Moscou [Rússia], Olympiakos [Grécia], Seleção do Iraque e Al-Gharafa [Qatar]. Em 2010, chegou a assumir por alguns meses a diretoria executiva do Flamengo, mas
saiu pela porta dos fundos, acusado de irregularidades pelo conselho fiscal do clube.
Uma curiosidade: Zico é até hoje o maior goleador da história do Maracanã, tendo marcado 333 gols em 435 jogos no estádio. No dia de seu 61º aniversário, o craque será homenageado no Carnaval carioca, sendo o tema do enredo da Imperatriz Leopoldinense ("Arthur X – O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz", referência à camisa 10 que o consagrou, e ao apelido do craque - Galinho de Quintino).
Feliz aniversário, Zico!
PCFilho
Vi Zico nascer pro futebol em 1973, vi Zico explodir, vi Zico no seu auge, e vi Zico morrer pro futebol numa entrada assassina dum tal de Márcio Nunes do Bangu.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=dgV38v-Ylws
Sem comentários né PC...
E posso garantir que Zico foi muito melhor que Maradona e não deve nada a Messi.
Tudo que os dois argentinos fizeram e fazem, eu vi Zico fazer, e melhor.
Não teve a sorte de ganhar uma copa do mundo, e não usou a cabeça quando foi pra Udinese(acho que o framengu nunca tinha visto tanto dinheiro junto e vendeu logo), pois tinha todas as condições de ser titular em qualquer colosso europeu.
Mas juntamente com Rivelino, foi o melhor camisa 10 da seleção depois do Rei, é claro.
PC, ser torcedor dos outros clubes na época de Zico era um suplício.
Pra voce ter uma idéia, voce hoje vê Messi tirar coelhos da cartola e resolver jogos quando a coisa tá feia pro Barça, certo? Zico era igual.
Eu tinha verdadeiro ódio dele, mas hoje tenho muito respeito por ele, foi homem e profissional exemplar, nunca se meteu em bobagens nem em fofocas em jornais, levou sempre vida regrada e sempre foi politicamente correto.
Faltou-lhe aquela pontinha de sorte nas copas do mundo.
Mais tarde volto ao assunto com o fra-flu de 1986...
Gênio! Me lembro que quando se aposentou, comprei o Jornal dos Sports só por causa do Poster do Zico, mesmo eu sendo tricolor.
ResponderExcluirInfelizmente a geração dele não ganhou uma Copa, o que é uma grande injustiça. Pra mim a seleção de 82 foi a melhor.
Uma pena foi que seu irmão mais velho jogou no Flu e não o levou pra lá. Já imaginou o Galinho naquele timaço de 83, 84 e 85?
Apesar de tudo, o Zico caiu um pouco no meu conceito por algumas besteiras que disse, como, por exemplo, a defesa que fez daquele árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que ficou famoso após envolvimento com manipulação de resultados. Na época, Zico criticou a punição do árbitro dizendo que seria errado impedi-lo de exercer a profissão. Não sei o que deu na cabeça dele pra dizer um absurdo desses. Mas Zico continua acima da média. Pra alcançar o nível de idiotices ditas pelo Pelé, por exemplo, precisaria de outra vida.
Pablo Oliveira
Um post em homenagem a um ídolo de um rival, com comentários muito elogiosos a ele.
ResponderExcluirA torcida do Fluminense é mesmo especial... Fico imaginando se um blog flamenguista faria um post sobre Castilho, e se os leitores fariam comentários tão elogiosos... hehehehe. ;)
Em 1986, Zico voltou pro Brasil, e logo num fra-Flu.
ResponderExcluirA torcida do Fluminense foi em peso ao Maracanã. Eu como era hábito, heguei pelas 2 da tarde, entrei logo que abriram os portões e às 3 horas já tava entupido de gente, não tinha nem lugar entre as ainda arquibancadas de cimento, tipo a decisão de 84 do carioca.
Para voce ter uma idéia, metade do Maraca "cuspiu" pó de arroz.
Quando entraram os times no gramado, meio Maracanã tricolor gritava a plenos pulmões "bichado, bichado", afinal o Flu era o tricampeão carioca e tinha um timaço, qualquer tricolor confiava de olhos fechados naquele time.
Mas eu não gostei nada nada daquilo, sempre ouvi meu avô e meu pai dizerem que nunca se provoca o "cobra" do time deles, porque o craque mesmo estando mal, ainda é bem melhor que os outros, e num único lance, pode matar 3 coelhos duma vez só:o jogo, o adversário e a torcida.
E como diz o velho ditado:"não se cutuca onça com vara curta".
Resumindo, 4 x 1, exibição de gala de Zico, que fez 3 e deu um pra Bebeto fazer.
Tem muitos vídeos desse jogo no youtube, é só pesquisar.
Podia ter tido sorte na seleção e azar no clube, não teria sido melhor?:-)
RBN,
ResponderExcluirEste jogo (16/02/1986 - Fluminense 1 x 4 Flamengo) certamente foi a melhor exibição de Zico em um Fla-Flu (ele, aliás, é o maior artilheiro da história do clássico, com 19 gols marcados).
Com a devida licença, só faço uma correção ao seu relato: o público desse jogo foi razoavelmente menor que o da decisão de 1984 (16/12/1984 - Fluminense 1 x 0 Flamengo). Nesse jogo de 1986, o público foi de 84.303 pessoas. Na decisão de 1984, foram inacreditáveis 153.520 pessoas (!!!!!!!).
E concordo com você: como teria sido melhor que Zico tivesse tido sorte na Seleção e azar no clube. rsrs.
Então a SUDERJ roubou muita grana nesse jogo(como Flu x Bangu em 1985, tava entupido), porque a arquibancada tava mesmo lotadaça, foi daqueles jogos em que nem dava pra ir fazer xixi no intervalo, sob risco de quando voltar não ter mais lugar, que nem em 84, eu fui nos dois jogos.
ResponderExcluirNaquela época era comum o Maracanã vaiar na maioria das vezes quando a Suderj informava renda e público, porque o povão não era burro nem cego.Tava todo mundo vendo que tava tudo cheio, não cabia mais ninguém e a Suderj dizia que só tinha 60, 70, 80 mil???
Brincadêra, né???
Mudando de assunto, a história de Nelson Piquet bate certinho com a data do jogo Pelé vs Brito&Fontana, que voce colocou no comentário lá no blog.
Na altura desse jogo em 1963, Piquet tinha 10 ou 11 anos de idade, e já se entendia como gente, portanto claro que se lembra da raiva que sentiu, afinal um time dar show de bola naquele Santos não era todos os dias, e entregar o ouro no final deve ter mesmo dado uma raiva desgraçada do negão:-)...
Vou corrigir o texto.
Por falar em corrigir, já dizia Ghandi:
Quando voce corrige um sábio, mais sábio fica o sábio.
Quando voce corrige um ignorante, voce ganha um inimigo:-)
RBN,
ResponderExcluirO seu relato do show de Pelé contra o Vasco no Maracanã foi mais uma pérola no seu blog. Apenas te ajudei a encontrar o jogo exato (16/02/1963 - Vasco 2 x 2 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo). Sempre que precisar de ajuda para identificar algum jogo, pode me pedir. Nos últimos anos, consegui juntar muita coisa sobre a história dos grandes clubes brasileiros, e é sempre um prazer ajudar. :)
Quanto aos públicos divulgados pela SUDERJ, já ouvi essa história das vaias ao anúncio de público e renda. E nas minhas pesquisas já encontrei muitos casos "polêmicos". Até mesmo o maior público da história eu não tenho certeza se foi mesmo o mal-fadado Fla-Flu de 1963 - neste, o público divulgado foi de 177.020 pagantes, com 194.603 presentes.
No Fla-Flu de 1969, apenas um número foi divulgado: 171.599 pagantes. O número oficial de presentes nunca apareceu. O relato do Canal 100 fala em 200 mil pessoas no Maracanã, o que faria este Fla-Flu ultrapassar o anterior, tido como o recorde mundial. Mas é apenas um número extra-oficial.
Quanto a Mahatma Gandhi, frase genial, à altura do mito. Como disse certa vez Albert Einstein sobre ele: "As gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra". :)