"Os otimistas costumam ser ingênuos e os pessimistas, amargos. Sou um homem da esperança. Sonho com o dia em que o sol de Deus dará justiça para todos."
"A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio."
"É muito difícil você vencer a injustiça secular, que dilacera o Brasil em dois países distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuídos."
"Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas."
"Matar padre dá um azar danado. Sobretudo para o padre."
(em "O Auto da Compadecida", sua obra-prima)
"Jesus às vezes se disfarça de mendigo, para testar a bondade dos homens."
(em "O Auto da Compadecida")
"Disseram que eu sou inimigo do computador. Não é bem isso. O computador é que é meu inimigo. Bati o meu nome no computador: 'Ariano'. Veio 'Ariano'. Coloquei o nome do meio, 'Vilar': veio 'Vilão'. Não entendi. E fiquei indignado mesmo quando bati 'Suassuna'. Com tantos esses, o computador, no corretor ortográfico, colocou 'Assassino'. Então, em vez de ser 'Ariano Vilar Suassuna', virei 'Ariano Vilão Assassino'. Não é para virar inimigo dele?"
"Já fui chamado de 'Dom Quixote arcaico', por viver, segundo diziam, esgrimindo contra os moinhos de vento da globalização. Não me incomodo."
"No convite estava escrito que era para vir de Sport fino."
(ao justificar sua chegada a uma festa vestido de vermelho e preto, as cores do Sport Recife, clube de seu coração)
"Não sei, só sei que foi assim!"
(bordão de Chicó, o personagem contador de histórias em "O Auto da Compadecida")
"Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre."
(em "O Auto da Compadecida")
(16/06/1927 - 23/07/2014) |
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ResponderExcluir"A monarquia é mais bonita do que a república. Plasticamente, pelo ritual, pela liturgia, por tudo. Então, eu sou um escritor e um artista e eu tenho uma natural atração pela beleza, pelas coisas bonitas. Agora, por outro lado, a própria visão do povo brasileiro é uma visão mais monárquica do que republicana. Pelo seguinte: porque você veja na oralidade, nos contos orais que estão por aí. Aliás, isso é do conto oral do mundo inteiro. Eu duvido que você, na sua infância, tenha travado conhecimento com um conto oral que começa assim: era uma vez um presidente da república. Não é verdade? Sempre se diz: era uma vez um rei."