Flamengo 2 x 3 Fluminense

Foto: Bruno Haddad/Fluminense FC.

Amigos, quem foi ao Maracanã neste domingo 31 para ver o Fla-Flu não se arrependeu. A expectativa para o clássico não era das melhores, com os tropeços recentes dos dois clubes. Ainda assim, Fla-Flu é Fla-Flu, e o prélio atraiu 28 mil pessoas ao estádio, grande maioria de rubro-negros. E a assistência viu um jogo emocionante, movimentado do início ao fim.

Apesar da inferioridade numérica nas arquibancadas do Maracanã, o Fluminense começou melhor, e logo aos sete minutos teve a chance de abrir o placar, com o pênalti de Pará em Vinícius. Com a categoria que lhe é característica, Fred venceu Paulo Victor e converteu a cobrança, fazendo 1 a 0.

Aos 32, Renato cruzou da direita para Fred, e Pará marcou gol-contra ao tentar cortar. O Fluminense abria 2 a 0 ainda no primeiro tempo, para a alegria dos tricolores presentes. Quatro minutos depois, no entanto, o Flamengo mostraria que ainda estava vivo: Pablo Armero executou cruzamento primoroso do flanco esquerdo e Alecsandro marcou de cabeça, inapelável.

O segundo tempo mal havia começado quando Vinícius lançou Gérson no ataque do Fluminense. O menino, dezoito anos recém-completados, demonstrou sua condição de craque, ao desmontar a defesa rubro-negra e rolar para Fred marcar mais um, isolando-se na artilharia histórica do Brasileirão de pontos corridos (fórmula adotada desde 2003). Fluminense 3 a 1, e a vitória tricolor parecia bem encaminhada.

No entanto, o árbitro Sandro Meira Ricci resolveu estragar o espetáculo. Do nada, por uma falta comum, ordinária mesmo, expulsou o lateral-esquerdo tricolor Giovanni, e transformou o restante do jogo em um treino de ataque contra defesa - o ataque do Flamengo com onze contra a defesa do Fluminense com dez.

O Flamengo só conseguiu aproveitar a vantagem numérica em campo aos 41 minutos do segundo tempo, quando Marcelo Cirino cruzou e Eduardo da Silva descontou de cabeça. No entanto, nos minutos finais, o onze rubro-negro, sob o comando técnico do ex-tricolor Cristóvão Borges, não teve forças para continuar a reação. E o jogo terminou mesmo Fluminense 3, Flamengo 2, como na lendária noite de 25 de junho de 1995.

O Fluminense volta a campo para enfrentar o Coritiba, novamente no Maracanã, às 16:00 da quinta-feira 4, dia de Corpus Christi. Nos vemos lá!

PCFilho

NOTAS DO ONZE:

Diego Cavalieri: Não teve culpa nos gols do Flamengo. 6,5

Renato: Falhou no primeiro gol do Fla, mas havia cruzado para o segundo do Flu. 6,5

Gum: Falhou em alguns momentos, mas encharcou a camisa de suor. 7,0

Antônio Carlos: Também mostrou muita luta e entrega. 7,0

Giovanni: Vinha bem até ser injustamente expulso. 6,5

Edson: Corre como um leão faminto. 7,5

Jean: Cumpriu suas funções com eficiência. 7,0

Wagner: Correu muito, e ajudou tanto no ataque quanto na defesa. 7,5

Vinícius: Ótima atuação, lançou Gérson no lance do terceiro gol. 8,0

(Wellington Silva): Mesmo improvisado do outro lado do campo, foi muito bem ajudando na defesa. 7,5

Gérson: Teve atuação de gala, até sair machucado. O melhor em campo. DEZ

(Pierre): Entrou para recompor o sistema defensivo, e cumpriu sua função. 6,5.

Fred: Cobrou o pênalti com categoria e completou a jogada de Gérson com calma. 9,0

(Marlone): Entrou no fim. 6,0

T. Enderson Moreira: O time parece estar evoluindo. Recuou exageradamente, mas não podemos culpá-lo por isso, após o crime hediondo do árbitro. 6,5

Árbitro Sandro Meira Ricci: Exagerou ao expulsar Giovanni, e com isso estragou o espetáculo, obrigando o Fluminense a recuar demasiadamente. ZERO