terça-feira, 24 de março de 2009

Protesto contra o Friburguense Atlético Clube

Amigos, infelizmente hoje não falarei de futebol. O Fluminense venceu o Friburguense por 3 a 1 (acertei de novo o palpite, estou ficando bom nisso), com destaque para o golaço de Conca, o gol da doce e santa virada (mais uma).

Infelizmente, meu destaque do dia é negativo. Para os leitores que não me conhecem, sou natural de Nova Friburgo, onde meus pais ainda moram. Dessa forma, decidi vir à minha terra assistir ao jogo entre os meus dois amados clubes: o Fluminense e o Friburguense. Minha mãe comprou o ingresso antecipadamente para mim, de modo que cheguei à cidade e fui direto para o Estádio Eduardo Guinle, meu velho conhecido. Na época em que eu morava em Nova Friburgo, eu ia a todos os jogos do Frizão, apoiar a equipe que honrava o nome da cidade. (exceto contra o meu Fluminense, obviamente)

Cheguei com cinco minutos de bola rolando, e me deparei com uma longa fila para entrar no estádio. "Tudo bem, entrarei com alguns minutos de atraso", pensei eu. Escuto o grito de gol: 1 a 0 Friburguense. Angustiante estar tão perto e não poder nem ver o jogo. Passam-se mais quinze minutos, a confusão do lado de fora vai aumentando, e escutamos outro grito de gol: 1 a 1. Já eram 25 minutos de bola rolando, e nós do lado de fora não ouvíamos sequer uma palavra das autoridades responsáveis. Após mais tumulto, aparecem os policiais avisando que todos os portões estavam fechados, e ninguém mais entraria. Segundo eles, o estádio estava superlotado. Isso mesmo, centenas de pessoas do lado de fora, com os ingressos nas mãos, não puderam entrar. Encontrei meu primo desconsolado, com a filha pequena no colo: "o que vou dizer a ela, Paulinho?".

Pela primeira vez na vida, presenciei algo tão inusitado: pessoas que compraram o ingresso para um evento e foram impedidas de entrar nele. Pior, tudo se passava na terra onde nasci e cresci, no estádio onde aprendi a gostar de futebol. Sinto uma tristeza profunda, e vou procurar os meus direitos. Acredito que cabe um processo contra o Friburguense Atlético Clube, e se realmente couber, não hesitarei em entrar na Justiça. Com pesar no coração, porque amo o Friburguense. Porém, não podemos deixar as instituições nos tratarem dessa forma.

Peço aos advogados que lerem esse texto para me auxiliarem: cabe mesmo um processo? Não me sentiria satisfeito apenas com a devolução do valor dos ingressos. Eu, por exemplo, paguei passagem do Rio para Friburgo, gastei tempo, e me sinto moralmente ofendido. Acho que todos nós que passamos aquela humilhação merecemos uma indenização. Peço a todos os que estão na minha situação que entrem em contato comigo, através do e-mail pcfilho@gmail.com. Vamos nos mobilizar, em busca dos nossos direitos.

Por favor, mandem esse texto para os conhecidos que estiveram no Eduardo Guinle hoje. Ou melhor, que não estiveram no Eduardo Guinle hoje.

Atenciosamente,
Paulo Cezar da Costa Martins Filho

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EDIÇÃO: FOTO DE TORCEDOR DA ARQUIBANCADA: REPAREM A ARQUIBANCADA VAZIA AO FUNDO! POR QUE NÃO NOS DEIXARAM ENTRAR?

10 comentários:

  1. Obrigado pela atenção. Por favor, divulguem!

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  2. Matéria do globoesporte.com:

    http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Fluminense/0,,MUL1057101-9866,00-VIDEO+TORCEDORES+COM+INGRESSO+NAO+ENTRAM+NO+ESTADIO+EDUARDO+GUINLE.html

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  3. http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Fluminense/0,,MUL1057101-9866,00-VIDEO+TORCEDORES+COM+INGRESSO+NAO
    +ENTRAM+NO
    +ESTADIO+EDUARDO+GUINLE.html

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  4. Não sócios não podiam entrar na social hoje, certo?

    Acredito que os ingressos devem ter sido vendidos sem distinção de social e não social. E a maioria absoluta não era de sócios...

    Se isso que escrevi estiver certo, a diretoria do Friburguense cometeu um crime...

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  5. Ramón, havia dois tipos de ingressos, como sempre no Eduardo Guinle: arquibancada social e arquibancada descoberta. Meu ingresso era da descoberta.

    Mas tanto sócios como não-sócios do Friburguense podiam comprar nos 2 setores.

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  6. Tudo que posso dizer que foi uma vergonha isso que acontece!

    Uma pena eu não morar no Rio, pois se acontecesse isso comigo o mesmo eu faria!

    Boa sorte PC e a todos que passaram pelo mesmo constragimento.

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  7. Então ou eles venderam ingressos demais ou deixaram entrar um bando de gente sem ingresso (ou com ingresso da social, bem menos provável) no espaço reservado à torcida do Fluminense (não-social)...
    Um absurdo de qualquer jeito!

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  8. strider3000@hotmail.com

    meu msn...
    sou de friburgo, fiquei fora com minha filha no colo e tbm estou indignado, naum pode isso passar em branco, me add...

    vlw

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  9. Desculpe pessoal, mas vou dar uma de advogado do diabo.

    É claro que é inaceitável isso que aconteceu, prova mais uma vez que a carteirinha não resolveria problema algum do futebol. Aliás, enquanto o torcedor não for tratado com respeito, como consumidor, não haverá carteira que dê jeito.

    Mas tenho que reconhecer que o fato de terem fechado as portas do estádio foi uma atitude muito prudente. Se estava mesmo lotado, a coisa certa a se fazer era fechar as portas para evitar superlotação e um risco maior de acontecer uma tragédia.

    Mas a situação é inaceitável, e mesmo não sendo advogado tenho certeza que cabe um processo.

    Abs,
    ALan

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  10. Alan, certamente a ação tomada pelos policiais foi necessária. O setor inicialmente destinado à torcida do Fluminense estava mesmo superlotado.

    O erro foi não ter redimensionado as áreas destinadas a cada torcida. Ficou um espação vazio no lado destinado à torcida local, o que revoltou ainda mais quem ficou de fora.

    Poderíamos ter entrado. Faltou só espremer a torcida do Friburguense...

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