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Foto: Nelson Perez/FFC. |
O Fluminense empatou em 1 a 1 com o Atlético Paranaense, em Curitiba, na noite desta quarta-feira. O artilheiro do Campeonato Éderson abriu o placar após falha coletiva da defesa tricolor, mas Rafael Sobis empatou com uma cobrança de falta espetacular. Durante o segundo tempo na Vila Capanema, o goleiro Diego Cavalieri salvou a noite com pelo menos três excelentes intervenções.
O torcedor pó-de-arroz, que desde 2010 está acostumado a procurar o nome do Fluminense no topo da tabela, se sente desconfortável ao vê-lo na incômoda 13ª colocação, à beira do abismo do rebaixamento. A derrocada tricolor, entretanto, era previsível. O Fluminense, além de simplesmente não ter se reforçado no início do ano, ainda desmontou o time campeão de 2012 durante a temporada. Estes absurdos equívocos gerenciais evidentemente teriam consequências negativas.
Até mesmo a habitual vaga na Copa Libertadores, hoje, é uma utopia. A dura realidade é, sim, a briga contra o rebaixamento. Neste triste ano, os 46 pontos são nosso Santo Graal. Desde que a fórmula dos pontos corridos foi adotada no Campeonato Brasileiro, o Fluminense é um dos seis únicos que nunca foram relegados à segunda divisão (junto com São Paulo, Internacional, Cruzeiro, Santos e Flamengo). E espero que continue assim, porque seria um vexame monumental ser rebaixado com uma das maiores folhas salariais do torneio.
Fora de campo, o ambiente político do clube não ajuda, muito pelo contrário. Sandro Lima pediu para sair da vice-presidência de futebol, com a divulgação pela ESPN de seu contrato com a Unimed. Qualquer pessoa que acompanhe o Fluminense com um pouco de atenção já tinha conhecimento de que Sandro Lima era remunerado pela Unimed. O presidente Peter Siemsen, ao declarar que não sabia, à moda Lula, mostra que, das duas uma: ou é de uma ingenuidade absurda, ou é mentiroso mesmo. E a crise ocorre a pouco mais de dois meses da eleição no clube.
Eleição esta que, mais uma vez, será uma disputa entre o velho e o muito velho, com alguns grupos passando de lá para acolá, e outros de acolá para lá, dando continuidade à eterna dança das cadeiras. Provavelmente, haverá duas chapas. Em ambas, a ausência de planejamento e a falta de transparência já começam no processo eleitoral: faltam dois meses e pouco para o dia da votação, e sequer sabemos quem são os candidatos, à Presidência e ao Conselho Deliberativo.
Não, não há absolutamente nenhuma perspectiva de mudança de ares. Nem mesmo a pequena multidão de novos sócios-torcedores nos traz esperanças, já que ainda não poderá votar neste pleito - e mesmo que pudesse, não poderia formar chapas para concorrer. (Percebe-se que a tão falada e prometida democratização do clube, mais uma vez, não saiu do papel.)
Voltando ao Campeonato: no sábado, às nove da noite (que horário criativo, hein, CBF?), teremos o jogo contra a Portuguesa no Maracanã. Nos cálculos para atingir a meta dos 46 pontos, a vitória é importantíssima. Quanto antes nos livrarmos do fantasma, melhor. Vivos, doentes e mortos subirão as rampas. Nos vemos lá!
PCFilho
Notas do onze:
Diego Cavalieri - 8,0.
Bruno - 5,0.
Gum - 6,0.
Anderson - 4,0.
Carlinhos - 6,0.
Edinho - 6,0.
Willian - 6,0.
(Biro Biro - 6,0).
Rafinha - 7,0.
(Felipe - 5,0).
Wagner - 5,0.
Rhayner - 6,5.
Rafael Sobis - 8,5.
(Eduardo - 6,0).
Vanderlei Luxemburgo - 5,5.
Bom dia PC,
ResponderExcluirPelo menos nos jogos contra os Atléticos MG e PR a equipe mostrou mais raça.
Willian errou td ontem...
Bruno poderia ser cabeça de área, como no inicio de carreira, já que não sabe onde é a linha de fundo.... Ontem Julião era pra ter jogado em cima daquele lateral esquerdo do Atlético.
Com relação à política, e o PavTri ? Foi desfeito? Tinha esperanças que pudessem mudar ou tentar mudar as coisas...
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ResponderExcluirDevagar com o andor, caro PC.
ResponderExcluirO desmanche foi realmente uma prova de incompetência, mas já era esperado, pelo menos por mim.
Afinal o que sabe fazer o Rodrigo Caetano a não ser dilapidar o patrimônio dos clubes? O Vasco foi o exemplo mais recente, mas existem outros.
Quanto ao Sandro, ele já era remunerado desde a catastrófica gestão do Horcades e nunca ninguém falou nada.
Quanto ao vazamento dos termos do contrato, achei muito estranho que depois de quinze anos de confidencialidade ela viesse a público pouco depois do procurador flamenguista ter exigido que o clube apresentasse o contrato à Receita.
A atitude desse senhor ao tratar de fechar acordo com o Flamengo rapidinho, ainda que a dívida de seu clube seja bem maior que a do Flu, é uma mostra de como "autoridades" usam e abusam do poder público de acordo com suas conveniências.
Não estou afirmando que o vazamento tenha partido dele, mas que sua ação deletéria precipitou a coisa toda é bem provável.
Quanto ao Peter, ruim com ele, pior sem ele. Ou você prefere a volta daquela corja que reinou desde a década de 90 e utilizou o clube em benefício próprio?
Por favor não entre na pilha da Flapress, que agora parece que está criando filial em São Paulo.
Quanto ao time, mesmo dilapidado ainda pode dar a volta por cima. Basta mostrar o empenho dos últimos jogos.
Afinal, considerando a grande chance de Botafogo, Grêmio ou Atlético Paranaense ganharem a Copa do Brasil, a Libertadores estará apenas a sete pontos e com muitos cavalos paraguaios a nossa frente.
Por que não sonhar?
Abraços e saudações tricolores
Raphael Moreira,
ResponderExcluirAinda vou escrever um texto especificamente sobre o PavTri, em breve. O principal problema é que somos poucos, e somos jovens, que precisamos resolver nossas vidas antes de mudar o Fluminense. Nós tentamos, e tentamos muito. Você deve ser testemunha de nossos esforços. Agradeço de coração sua preocupação e sua pergunta.
Caro Helio R. L.,
ResponderExcluirVocê escreveu o seguinte em seu comentário: "Quanto ao Peter, ruim com ele, pior sem ele. Ou você prefere a volta daquela corja que reinou desde a década de 90 e utilizou o clube em benefício próprio?".
Você sabe que tenho enorme respeito por você, mas discordo muito desta sua frase.
E digo isto porque Peter é parte integrante da corja. Sempre foi, apesar de tentarem esconder isto. Foi eleitor, conselheiro e vice-presidente jurídico na gestão de David Fischel. Foi eleitor e conselheiro na primeira gestão de Roberto Horcades.
A própria presença de Sandro Lima, Ricardo Martins e outros - que faziam parte da gestão Horcades - mostram como a atual gestão é mera continuação das anteriores.
E sim, ainda há muita gente, aliada ao Peter, "usando o clube em benefício próprio" hoje em dia. Gente despreparada, regiamente remunerada, que só está empregada no clube porque apoiou Peter durante a campanha. O departamento de marketing inteiro, essa piada que é o departamento de marketing, é composta inteiramente por integrantes da Flusócio, principal grupo que apoiou Peter. Estima-se que, só com salários de correligionários de campanha do Peter, o Fluminense gasta, por baixo, 200 mil reais por mês.
O Fluminense precisa de uma faxina geral, uma renovação absoluta em sua política. Espero que, quando a torcida enxergar isto, ainda dê tempo de salvar o clube.
Abraços, ST!
PC
Ok PC
ResponderExcluirJá não é a primeira vez que pergunto sobre o PavTri.
Hoje moro em Natal, me mudei há 4 anos.
Quando o PavTri for retomar a luta, conte comigo!
Abs