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Reprodução da capa do Jornal dos Sports. |
Nesta quarta-feira 19, o River Plate obteve uma vitória heróica na Copa Libertadores, atuando os noventa minutos com o meia Enzo Pérez improvisado no gol. Em meio a um surto do coronavírus, o time argentino se viu sem goleiros disponíveis para a partida contra o Independiente Santa Fe e precisou escalar Pérez na ingrata função. O épico triunfo por 2 a 1 já é um capítulo à parte na história do futebol sul-americano.
A situação me fez lembrar que o Fluminense já teve seu próprio "Enzo Pérez". Aconteceu no jogo de 19 de outubro de 1966, contra o Vasco, no Maracanã. Naquele clássico, válido pela nona rodada do Campeonato Carioca, o Tricolor abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo, com gols de Amoroso, de pênalti, aos 28, e Lula, aos 37. A situação parecia tranquila – porém, um minuto após o segundo gol, um lance mudou drasticamente a história do jogo: o goleiro tricolor Jorge Vitório foi expulso após dividir a bola com dois atletas do Vasco.
Com as substituições proibidas pelo regulamento, o Fluminense, além de ficar com dez homens, teve que improvisar Mário Tilico no gol. No lance seguinte, o Vasco marcou, com Madureira. O treinador Tim então armou uma retranca para tentar evitar que o Vasco chutasse a gol e, com uma garra monumental, os atletas tricolores conseguiram segurar a vitória, nos 52 minutos seguintes. Mário Tilico, vestido com a camisa cinza de goleiro, fez malabarismos e conseguiu impedir o gol de empate do Vasco nas vezes em que foi exigido.
Conforme os minutos escoavam e o apito final se aproximava, a torcida tricolor se divertia na arquibancada, cantando "ai, ai, ai, está chegando a hora". Chegou mesmo, e o Fluminense venceu por 2 a 1. No dia seguinte à épica vitória tricolor, o Jornal dos Sports estampou em sua capa: "Flu vence sem goleiro" - uma injustiça com Mário Tilico, diga-se.
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Mário Tilico carregado por Santana, em seu heróico dia de goleiro. |
Amaro Gomes da Costa, o Mário Tilico, foi um atacante pernambucano que jogou no Fluminense entre 1966 e 1967, com 24 gols marcados em 64 jogos. Conquistou o Torneio Pará-Guanabara e a Taça Guanabara em 1966. Seu filho Mário Tilico também atuaria no Fluminense, tendo sido o herói de outra vitória memorável – a goleada de 7 a 1 sobre o Botafogo, em 29 de abril de 1994.
PCFilho
AOS 14 ANOS JÁ COM A ASSIDUIDADE A QUE MINHA PRESENÇA SE FAZIA IMPOR ÀQUELE MARACA ACOLHEDOR COM A VIZINHANÇA NOS TEMPOS DO ABERLARD FRANÇA E DA ADEG QUE INFORMAVA POR ALTO FALANTES BEM DISTRIBUIDOS AO LONGO DA MARQUISE DO GIGANTE QUE NESSE PRÉLIO SÓ ADORMECERIA SOB A VOZ MELODIOSA DFO WALDIR AMARAL A ENCERRAR A JORNADA DO ESPECTADOR RADIANTE COM TAMANHA FAÇANHA ANTE UM VASCO À ÉPOCA E ATÉ 85 AO MENOS UM FREGUÊS DE CARDERNO...
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