
Amigos, as competições da Conmebol são uma selva de gângsteres. Dirão que é exagero meu. Exagero, uma ova. Perdão: exagero, vírgula. Tudo é possível na Copa Sul-Americana, menos uma boa ação.
Vejamos o que aconteceu quarta-feira, no Maracanã. O Cerro Porteño sofreu o segundo gol e, eliminado no futebol, tentou vencer o Fluminense na pancadaria. Os tricolores não têm sangue de barata, e revidaram. Aliás, o revide já era merecido antes, muito antes. Desde a chuva de pedras na batalha de Assunção, para ser mais preciso.
Dirão vocês: "mas é feio!". Ora, ora, quando foi que o bonito venceu a Sul-Americana ou a Libertadores? A verdade é que, na América do Sul, só o brasileiro tem escrúpulos. Uruguaios, argentinos, paraguaios, peruanos, equatorianos e chilenos baixam o pau, fazem horrores, e nunca são punidos.
Os portenhos descem o sarrafo mesmo. Mais: quando um brasileiro vai cobrar um escanteio nos galinheiros que eles chamam de estádios, a polícia precisa protegê-lo da chuva de paus, pedras, pilhas e radinhos. Além disso, as arbitragens toleram toda sorte de ceras, catimbas, e pancadas.
O técnico Cuca está de parabéns: doutrinou o Fluminense para não levar desaforo para casa. Os lorpas e pascácios hão de perguntar: "e a esportividade?". Respondo: nos jogos sul-americanos, a esportividade é uma piada de necrotério. Dirão que, em 2008, o Fluminense foi bonzinho, e quase ganhou a Libertadores. É verdade. Mas os concorrentes fizeram o diabo, e quase perderam.
Temos que denunciar mesmo, em alto e bom som: "o futebol sul-americano é uma carnificina!". Os nossos adversários latinos bebem o nosso sangue como se groselha fosse. Precisamos gritar contra isso. Na arquibancada, a cada falta modesta que um brasileiro sofre, eu berro: "Assassinato! Assassinato!". Se todos fizermos isso, os árbitros ficarão acuados.
João Saldanha, o treinador que montou os alicerces do escrete de 1970, dizia: "Meu jogador não dará o primeiro tiro. Mas, se começarem, nós vamos acabar com a guerra". Esse é o espírito.
No Mário Filho, quarta-feira, um paraguaio se preparava para agredir Diguinho na covardia. O goleiro reserva Fernando Henrique resolveu intervir, seguindo o famoso ditado "amigo bom é aquele que chega na voadora".
A voadora de Fernando Henrique foi de uma plasticidade de personagem de vídeo game. Foi um salto lindo, um golpe espetacular. Os tricolores agradecem, os brasileiros agradecem. O juiz chileno, é claro, expulsou nosso arqueiro suplente. Minha vontade era tomar-lhe o cartão vermelho, e rasgá-lo bem na frente da autoridade.
Jogando futebol, na bola, mas sem levar desaforo para casa, sem fazer jus à fama de bonzinho. É assim que o Fluminense erguerá a Copa Sul-Americana de 2009.
PC
foda
ResponderExcluirfrist
Também sou contra a violência, mas adorei ver nosso arqueiro batendo tiro de meta com a cabeça do paraguaio!!!
ResponderExcluirParabéns pelo acervo de belos textos que não pára de crescer.
ST
foda demais
ResponderExcluir"Jogando futebol, na bola, mas sem levar desaforo para casa, sem fazer jus à fama de bonzinho."
Pela primeira vez na vida , tive vontade de ser PM para poder bater naqueles caras do Cerro , o que eles fizeram foi covardia ¬¬
ResponderExcluirExcelente texto!
ResponderExcluirDesde moleque, minha mãe que nem é tão ligada assim em futebol me dizia:
"Brasil vai jogar contra Paraguai/Arg/Uruguai ? Eles são tudo brigão e batem nos jogadores do Brasil ..."
Quando é que a CONMEBOL vai ter a diginidade de corrigir tais coisas. Péssimo exemplo para os jovensde lá.
Muito BOM. Gostei da sua visão. Parabéns PC
ResponderExcluirMuito bom, os caras disseram que o massagista tricolor que começou provocando os paraguaios, mas a briga ja tava dentro de campo quando esses paraguaios desceram a porrada no nosso time, Boa sorte Fluzão na final e parabens PC
ResponderExcluirhmmm ainda não achei nenhum video com a voadora;...
ResponderExcluirCOmo eu tinha dito anteriormente, melhor atuação de Fernando Henrique com a camisa tricolor.
ResponderExcluirE eu ainda tento entender porque o árbitro expulsaria o Diguinho, que pelas imagens vistas, foi que mais apanhou. Ainda bem que depois confirmou-se que apenas FH foi expulso, menos mal.
Não faço apologia a violência também não, longe de mim, mas se o Flu teve que ficar 30 minutos sob chuva de pedras, eles provocam na nossa casa e saem cobertos de flores?? PelamordiDeus né?!
Um dos grandes responsáveis pela confusão foi o juiz, sua atuação foi razoável, mas o aspecto disciplinar foi um fiasco...os paraguaios batiam o jogo inteiro, "El Tigre" poderia ter sido expulso umas 5 vezes, não queria saber de futebol, queria dar porrada...nem amarelo levou. Outros exemplos de impunidade não faltaram.
ResponderExcluirOlá Paulo,
ResponderExcluirSou tricolor, moro em Conceição de Macabu (90 Km de N. Friburgo), escrevo no site macaenews.com.br, gostaria que você me autorizasse a publicar sua crônica - A Voadora de Fernando Henrique - em minha coluna. Pode ser?
No mais, parabéns e obrigado.
ST
Marcelo
Assim foi a atuação de Fernando Henrique
ResponderExcluirMarcelo, é claro que pode publicar o meu texto, desde que faça referência ao meu nome e ao Jornalheiros. Obrigado pelo prestígio! :)
ResponderExcluirObrigado a todos pelos comentários!
Parabens.
ResponderExcluirexcelente blog.
excelentes texros.
Os nossos adversários latinos bebem o nosso sangue como se groselha fosse.
ResponderExcluirValeu PC.... otima cronica...
e amigo bom mesmo.. é aquele que, numa briga, chega de voadora...
ST
Mvtelles
" Se quer guerra terah e se quer paz eu quero em dobro"
ResponderExcluirMano Brown
"Meu jogador não dará o primeiro tiro. Mas, se começarem, nós vamos acabar com a guerra". FODA =)
ResponderExcluir.. seremos campeões (8).
ST !
excelente
ResponderExcluirNada a declarar.....
ResponderExcluirCertíssimo.....
UP !!!