Amigos, o mês de janeiro de 2016 morreu sem conhecer uma vitória do Fluminense: na Florida Cup, nos Estados Unidos, empatamos com o Shakhtar Donetsk (1 a 1) e perdemos para o Internacional (1 a 0); na estreia da Primeira Liga, perdemos para o Atlético Paranaense (1 a 0); e na estreia do Campeonato Carioca, perdemos para o Volta Redonda (3 a 1). Os únicos gols marcados foram presentes caídos dos céus: contra o clube da Ucrânia, só aconteceu devido a uma falha ridícula do zagueiro adversário; contra o Voltaço, oriundo de um pênalti no finalzinho, com o oponente todo recuado e a derrota já sacramentada. Em suma: em quase quatrocentos minutos de futebol, o Fluminense não marcou sequer um gol que fosse criação concreta de seus atletas.
A performance pobre do Fluminense no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2015 já havia sido muito preocupante: foi o pior desempenho do Tricolor em um turno, desde que a fórmula dos pontos corridos passou a ser adotada, em 2003. Foi também o pior returno dentre os 20 participantes do Campeonato Brasileiro, e só não culminou no rebaixamento por causa da boa campanha no primeiro turno (que o Fluminense encerrara, acreditem, na quarta colocação).
O péssimo aproveitamento, ainda que em parte tenha sido causado por erros grosseiros das arbitragens contra o Fluminense no ano passado, evidencia a necessidade de melhorias no elenco tricolor. Entrar no próximo Campeonato Brasileiro com um elenco pouco modificado ocasionará um desastre difícil de reparar.
Nos últimos seis meses, contam-se nos dedos de uma mão as ocasiões em que vimos o Fluminense jogando como se espera do Fluminense, com garra e com organização. De cabeça, me lembro dos duelos contra o Palmeiras pela semifinal da Copa do Brasil, e da vitória sobre o Vasco no Campeonato Brasileiro. E só.
Eduardo Baptista, que assumiu o comando técnico quando a canoa começava a furar, ano passado, não conseguiu consertá-la. Seu desempenho é um dos piores da história da clube: em 20 jogos, foram 5 vitórias, 4 empates e 11 derrotas. A ser mantida esta performance em um Campeonato Brasileiro, o resultado provável é um rebaixamento sem luta. Entretanto, sinceramente não sei se Baptista é, de fato, o problema. Afinal, ele não será o primeiro demitido por não fazer esse elenco do Fluminense render.
Janeiro foi um inferno para os tricolores. Além das quatro péssimas atuações do time, vimos o ídolo Fred repetir seus piores momentos, agredindo um adversário de maneira injustificável, saindo de campo merecidamente expulso. E até na Copa São Paulo de Juniores, o Fluminense conseguiu nos sacanear, sendo eliminado pelo modestíssimo Primavera de Indaiatuba. Dose de mamute, amigos, dose de mamute.
Esse ano não será fácil.
PCFilho