PC
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Aprendi a ter confiança
(por Bruno Faraj)
Dia 25/11/09, são 23:40 da noite e o juiz apita o fim do jogo, LDU 5 x 1 Fluminense. Fim de um sonho? Início de um carma? Dias de tristeza? Não! Começaria ali a maior demonstração do que é torcer para um time de futebol, ou melhor, o que é amar de verdade uma instituição.
Perder da forma como nós perdemos no jogo de ida é pra desanimar qualquer um. Isso se confirma conversando com diversos torcedores nas ruas do Rio nesses dias que antecedem o jogo decisivo. A diferença é que tais torcedores não são tricolores, mas rivais.
Quem aqui ainda não se deparou em uma conversa de bar com amigos que, vendo sua real confiança, tentaram te alertar que esse pensamento de devolver a goleada não passa de um sonho? Quem aqui não se pegou olhando pro nada e imaginando o Gum subindo sozinho e testando para fazer o 5º e decisivo gol no Maracanã lotado de fé?
O que mais anima e encoraja a quem vê ou lê alguma coisa do tipo, é que todas as pessoas com que conversei, ou vi descreverem seus sonhos, têm a total convicção da vitória, e é quase uma certeza, é totalmente real nas suas cabeças, não existe para elas outro resultado que não a goleada.
Nesses dias que antecedem o jogo, o que se fala é só sobre preparação de festas e recepção para nossos heróis, não parece que temos uma tarefa inglória pela frente.
Que comoção, todo mundo acreditando no que parece inacreditável.
Não deixemos que invejosos nos abalem, nós estamos confiantes e confiantes continuaremos até o apito final. Ganhando ou perdendo essa torcida marcará historia, mostrará ao Brasil como se torce, ou pelo menos como se entrega a um sonho. Sonhos são pra serem vividos. Tenham mais uma certeza na cabeça de vocês. Se esse nosso sonho virar realidade, seremos, pelo menos por uma noite, as pessoas mais felizes que a Terra já viu.
**********
Encerro o post com as sábias palavras de Raul Seixas:
"Um sonho que se sonha só é somente um sonho que se sonha só. Mas um sonho que se sonha junto é realidade."
domingo, 29 de novembro de 2009
O Fluminense é guerreiro
Amigos, foi mais uma bela vitória do Fluminense. O Maracanã, colorido nas três cores que traduzem tradição, recebeu 55.083 torcedores, que jogaram junto com o time em campo, durante os noventa minutos da batalha.
Muitos temiam que a derrota para a altitude interrompesse a meteórica ascensão tricolor no Campeonato Brasileiro. Estavam enganados, e descobriram isso muito cedo: com dez minutos de jogo, o Fluminense já vencia o Vitória por 2 a 0, gols de Alan e Fred.
O gol do camisa nove merece um parágrafo só para si. Foi uma pintura, que Didi assinaria sem hesitar. Fred girou e chutou, de fora da área. O goleiro Gléguer só pulou para aparecer na foto, pois a bola entrou na gaveta, inapelável.
O jogo não estava vencido, mas o Fluminense naturalmente relaxou. O Vitória passou a levar perigo, mas lá estava Rafael, nossa bastilha inexpugnável, sempre a resguardar os arcos tricolores. É bem verdade que ele contava com a ajuda de Paulo Victor, sentado nas cadeiras comuns, com o intuito de inspirar o arqueiro pó-de-arroz.
Veio o segundo tempo, e com ele os gols que confirmaram o triunfo. Após vinte e sete rodadas ocupando a zona do rebaixamento, o Fluminense finalmente sai do apavorante Z-4. Os dois tentos foram assinalados pelo meia argentino Darío Conca. O baixinho é o craque do Fluminense neste certame. Talvez seja o próprio craque de todo o campeonato. Não seria exagero. Afinal, nesta reta final, é o Fluminense que joga o melhor futebol do Brasil.
Os leitores me perguntam, com o olho rútilo e o lábio trêmulo: quem é o personagem do domingo? Amigos, ele não estava em campo, mas sim nas arquibancadas e cadeiras. O meu personagem do domingo é a torcida tricolor. Nesta semana ela foi fenomenal. Após o massacre da altitude, todos esperavam um desembarque triste no Galeão. Mas meu personagem estava lá, começando a agir. Numa recepção inédita e inesquecível, a torcida tricolor começou a vencer o jogo para o Fluminense. Foi o primeiro gol tricolor, marcado ainda na quinta-feira.
O Fluminense é guerreiro. Não só o grupo de jogadores, mas toda a torcida maravilhosa, que tem dado provas irresistíveis de amor incondicional. No Galeão, ouvi um comentário assim: "a torcida tricolor está de parabéns. O time perdeu de 5 a 1, e olha os caras aqui apoiando! Imagina se tivessem vencido!". A resposta do tricolor foi genial: "se tivéssemos vencido, não estaríamos aqui".
Quarta-feira é dia de os vivos, doentes e mortos subirem as rampas do Estádio Mario Filho. O Fluminense tem desafiado o impossível nas últimas semanas. Na quarta, teremos a chance de mostrar ao mundo que o impossível não existe quando se trata de Fluminense Football Club.
A torcida pó-de-arroz empurrará o Fluminense para a glória. Será a maior conquista de todos os tempos, passados, presentes e futuros.
PC
Esquenta - Fluminense x Vitória-BA
FLUMINENSE x VITÓRIA-BA
37ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2009
Escalações prováveis:
Fluminense: Rafael; Dalton, Diogo e Gum; Mariano, Maurício, Diguinho, Conca e Dieguinho; Alan e Fred. Técnico: Cuca.
Vitória-BA: Gléguer; Nino, Fábio Ferreira, Anderson Martins e Leandro; Vanderson, Bida, Leandro Domingues e Ramon Menezes; Neto Berola e Leandrão. Técnico: Vagner Mancini.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Jair Albano Felix (MG).
Local: Maracanã (Rio de Janeiro).
Data: domingo, 29/11/2009.
Hora: 17:00 (os portões serão abertos às 14:30).
Foram vendidas antecipadamente 38.885 entradas. Ainda há ingressos disponíveis nas bilheterias, para todos os setores. Cadeiras comuns e arquibancadas são vendidas a R$ 15,00 (meia R$ 7,00). Cadeiras especiais custam R$ 120,00 (meia R$ 60,00).
Estarão abertas as seguintes bilheterias, a partir do meio-dia:
- Bilheteria nº 5 (Avenida Maracanã) - Todos os setores (inteira e ½ entrada).
- Bilheteria nº 6 (Rua Mata Machado) - Todos os setores (somente inteira).
- Bilheteria nº 7 (Rua Mata Machado) - Todos os setores (somente inteira).
- Bilheteria nº 8 (Av. Radial Oeste) - Todos os setores (inteira e ½ entrada).
- Bilheteria nº 9 (Av. Radial Oeste) - Todos os setores (somente inteira).
Ação de solidariedade: haverá caixas espalhadas por todos os acessos ao estádio e no estacionamento da UERJ, para que os torcedores doem brinquedos e livros a crianças carentes.
Preliminar com craques do passado: Fluminense Masters x Seleção de Brasília, às 14:30.
Festa nas arquibancadas: quando o time entrar em campo, haverá um grande mosaico, feito com 120.000 balões de ar. O desenho a ser formado é segredo guardado a sete chaves. Imperdível!
Vamos, Fluminense,
com garra e com raça!
PC
sábado, 28 de novembro de 2009
História - Fluminense x Vitória-BA
Amigos, neste domingo, às 17:00, acontecerá a eletrizante penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. No Maracanã, o Fluminense recebe o Vitória da Bahia.
Até hoje, houve 39 jogos entre as duas equipes: 18 vitórias do Fluminense, 13 empates, e 8 triunfos do Vitória da Bahia. O Tricolor das Laranjeiras balançou as redes 59 vezes, contra 35 do rubro-negro baiano.
Eis a lista com todos os confrontos da história:
05/04/1923 - Vitória BA 1 x 1 Fluminense - Clube Baiano de Têniz (Salvador)
01/03/1945 - Vitória BA 2 x 6 Fluminense - Avenida da Graça (Salvador)
27/02/1946 - Vitória BA 0 x 5 Fluminense - Avenida da Graça (Salvador)
07/07/1951 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Avenida da Graça (Salvador)
28/03/1956 - Vitória BA 1 x 2 Fluminense - ??? (Salvador)
05/02/1958 - Vitória BA 1 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
13/01/1959 - Vitória BA 0 x 3 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
01/02/1959 - Vitória BA 0 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
15/11/1961 - Vitória BA 0 x 1 Fluminense - Mário Pessoa (Ilhéus-BA)
01/12/1971 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
30/01/1972 - Vitória BA 1 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
01/10/1972 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
15/05/1974 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
19/02/1975 - Vitória BA 0 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
29/06/1975 - Vitória BA 2 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
26/09/1976 - Fluminense 0 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/11/1977 - Vitória BA 1 x 1 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
17/11/1979 - Fluminense 2 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/03/1980 - Vitória BA 1 x 1 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
11/03/1981 - Fluminense 1 x 2 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/03/1981 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
23/10/1986 - Fluminense 1 x 0 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/01/1987 - Vitória BA 2 x 1 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
03/12/1988 - Vitória BA 1 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
03/11/1990 - Vitória BA 1 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
19/05/1991 - Vitória BA 1 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
22/10/1995 - Fluminense 2 x 1 Vitória BA - Kléber José de Andrade (Cariacica-ES)
24/11/1996 - Fluminense 3 x 1 Vitória BA - Engenheiro Araripe (Cariacica-ES)
16/07/1997 - Fluminense 0 x 0 Vitória BA - Rua Bariri (Rio de Janeiro)
23/08/2000 - Vitória BA 2 x 4 Fluminense - Barradão (Salvador)
12/08/2001 - Fluminense 1 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/10/2002 - Vitória BA 2 x 1 Fluminense - Barradão (Salvador)
07/06/2003 - Vitória BA 2 x 1 Fluminense - Barradão (Salvador)
09/10/2003 - Fluminense 2 x 0 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
16/05/2004 - Fluminense 1 x 0 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/09/2004 - Vitória BA 2 x 3 Fluminense - Barradão (Salvador)
12/07/2008 - Fluminense 2 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/10/2008 - Vitória BA 2 x 2 Fluminense - Barradão (Salvador)
09/08/2009 - Vitória BA 2 x 2 Fluminense - Barradão (Salvador)
05/04/1923 - Vitória BA 1 x 1 Fluminense - Clube Baiano de Têniz (Salvador)
01/03/1945 - Vitória BA 2 x 6 Fluminense - Avenida da Graça (Salvador)
27/02/1946 - Vitória BA 0 x 5 Fluminense - Avenida da Graça (Salvador)
07/07/1951 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Avenida da Graça (Salvador)
28/03/1956 - Vitória BA 1 x 2 Fluminense - ??? (Salvador)
05/02/1958 - Vitória BA 1 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
13/01/1959 - Vitória BA 0 x 3 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
01/02/1959 - Vitória BA 0 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
15/11/1961 - Vitória BA 0 x 1 Fluminense - Mário Pessoa (Ilhéus-BA)
01/12/1971 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
30/01/1972 - Vitória BA 1 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
01/10/1972 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
15/05/1974 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
19/02/1975 - Vitória BA 0 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
29/06/1975 - Vitória BA 2 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
26/09/1976 - Fluminense 0 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/11/1977 - Vitória BA 1 x 1 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
17/11/1979 - Fluminense 2 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/03/1980 - Vitória BA 1 x 1 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
11/03/1981 - Fluminense 1 x 2 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/03/1981 - Vitória BA 0 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
23/10/1986 - Fluminense 1 x 0 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
28/01/1987 - Vitória BA 2 x 1 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
03/12/1988 - Vitória BA 1 x 0 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
03/11/1990 - Vitória BA 1 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
19/05/1991 - Vitória BA 1 x 2 Fluminense - Fonte Nova (Salvador)
22/10/1995 - Fluminense 2 x 1 Vitória BA - Kléber José de Andrade (Cariacica-ES)
24/11/1996 - Fluminense 3 x 1 Vitória BA - Engenheiro Araripe (Cariacica-ES)
16/07/1997 - Fluminense 0 x 0 Vitória BA - Rua Bariri (Rio de Janeiro)
23/08/2000 - Vitória BA 2 x 4 Fluminense - Barradão (Salvador)
12/08/2001 - Fluminense 1 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
02/10/2002 - Vitória BA 2 x 1 Fluminense - Barradão (Salvador)
07/06/2003 - Vitória BA 2 x 1 Fluminense - Barradão (Salvador)
09/10/2003 - Fluminense 2 x 0 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
16/05/2004 - Fluminense 1 x 0 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/09/2004 - Vitória BA 2 x 3 Fluminense - Barradão (Salvador)
12/07/2008 - Fluminense 2 x 1 Vitória BA - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/10/2008 - Vitória BA 2 x 2 Fluminense - Barradão (Salvador)
09/08/2009 - Vitória BA 2 x 2 Fluminense - Barradão (Salvador)
PC
Arbitragem - Fluminense com Ricardo Marques Ribeiro
Apitará Fluminense x Vitória o mineiro Ricardo Marques Ribeiro. Ele será auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Jair Albano Felix, também de Minas Gerais.
Até hoje, Ribeiro apitou cinco jogos do Fluminense:
30/09/2007 - Paraná 3 x 1 Fluminense - Durival de Brito (Curitiba/PR)
13/10/2007 - Fluminense 1 x 1 São Paulo - Maracanã (Rio de Janeiro)
19/07/2008 - Fluminense 1 x 0 Figueirense - Maracanã (Rio de Janeiro)
O retrospecto aponta 1 vitória tricolor, 2 empates e 2 triunfos dos adversários. O Fluminense marcou 4 gols e sofreu 6.
PC
Resultado do sorteio dos ingressos (Flu x Vitória)
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Sorteio de ingressos para Fluminense x Vitória
Promessa é promessa, e cá estou eu para cumprir mais uma. O Fluminense venceu mais duas batalhas, com as belas vitórias sobre o Atlético/PR e o Sport Recife. E o Jornalheiro aqui sorteará dois ingressos de arquibancada para o jogo Fluminense x Vitória, que acontecerá no domingo, às 17:00, no Maracanã.
As regras do sorteio são exatamente as mesmas dos últimos:
- o único lugar para se inscrever no sorteio é nos comentários destepost.
- escreva no comentário seu nome completo, e pelo menos um meio de contato (e-mail, twitter ou orkut). No caso do twitter, certifique-se de que está seguindo o perfil pcfilho.
- são válidos os comentários postados até sábado, 28/11/2009, meio-dia, horário de Brasília.
- cada comentário válido receberá um número, de acordo com a ordem de postagem.
- para comprovar que foi mesmo um sorteio, utilizarei o sitehttp://www.random.org/.
- os vencedores dos sorteios anteriores poderão participar novamente, e terão chances iguais às dos outros "concorrentes".
- a entrega do ingresso se dará no domingo, nos arredores do Maracanã, no máximo até as 16:00. Se o leitor não puder chegar com essa antecedência, é melhor não participar do sorteio.
Boa sorte!
PC
Apoio incondicional
Amigos, nós sabemos que o Fluminense foi derrotado pela LDU por 5 a 1, em Quito, na primeira partida da final da Copa Sul-Americana.
Porém, se um alienígena visitasse o Galeão às 23:00 de quinta-feira, ele teria a impressão de que o Fluminense havia conquistado mais um título em Quito.
A delegação tricolor desembarca no terminal 2 do Tom Jobim e - surpresa! - lá está a multidão a cantar.
É de arrepiar.
Guerreiros, lutem até o fim!
PC
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
História - LDU x Times Brasileiros no Brasil
Os idiotas da objetividade chamaram o último post de parcial (LDU x Times Brasileiros em Quito). Segundo eles, a LDU não se beneficia da altitude de Quito. É um grande time, que vence suas batalhas na bola.
É mesmo?
Abaixo, o poderoso retrospecto do clube mais sujo da América, jogando em solo brasileiro.
11/08/1998 - Santos 3 x 0 LDU Quito/EQU - Vila Belmiro (Santos)
03/03/2000 - Corinthians 6 x 0 LDU Quito/EQU - Pacaembu (São Paulo)
10/03/2004 - São Paulo 1 x 0 LDU Quito/EQU - Morumbi (São Paulo)
11/05/2004 - Santos 2 x 0 LDU Quito/EQU [PK 5x3] - Vila Belmiro (Santos)
10/11/2004 - Santos 1 x 2 LDU Quito/EQU - Vila Belmiro (Santos)
06/04/2005 - Santos 3 x 1 LDU Quito/EQU - Vila Belmiro (Santos)
19/07/2006 - Internacional 2 x 0 LDU Quito/EQU - Beira-Rio (Porto Alegre)
17/04/2008 - Fluminense 1 x 0 LDU Quito/EQU - Maracanã (Rio de Janeiro)
25/06/2009 - Internacional 0 x 1 LDU Quito/EQU - Beira-Rio (Porto Alegre)
13 jogos, 2 vitórias e 11 derrotas; 5 gols feitos e 29 gols sofridos.
Aqui, na terra do futebol, se ganha na bola.
Aqui, na terra do futebol, se joga com poesia.
Aqui, na terra do futebol, se batalha com fidalguia.
Aqui, na terra do futebol, o Fluminense obterá o seu mais fantástico triunfo.
Na noite de 2 de dezembro, o sangue dos impuros banhará o gramado do Maracanã.
PC
História - LDU x Times Brasileiros em Quito
Covardia.
Crueldade.
Tortura.
16 jogos.
11 vitórias.
2 empates.
3 derrotas.
41 gols feitos.
26 gols sofridos.
É o escrete húngaro?
É o carrossel holandês?
É a seleção brasileira?
É o Santos de Pelé?
Não, é a LDU, do Equador.
06/01/1960 - LDU Quito/EQU 2 x 1 Botafogo - (Quito/EQU)
14/01/1962 - LDU Quito/EQU 3 x 6 Santos - (Quito/EQU)
14/01/1962 - LDU Quito/EQU 3 x 6 Santos - (Quito/EQU)
06/03/1997 - LDU Quito/EQU 3 x 1 Atlético MG - Casablanca (Quito/EQU)
05/08/1998 - LDU Quito/EQU 2 x 2 Santos - Casablanca (Quito/EQU)
11/04/2000 - LDU Quito/EQU 0 x 2 Corinthians - Casablanca (Quito/EQU)
04/03/2004 - LDU Quito/EQU 3 x 0 São Paulo - Casablanca (Quito/EQU)
03/11/2004 - LDU Quito/EQU 3 x 2 Santos - Casablanca (Quito/EQU)
17/03/2005 - LDU Quito/EQU 2 x 1 Santos - Casablanca (Quito/EQU)
10/05/2006 - LDU Quito/EQU 2 x 1 Internacional - Casablanca (Quito/EQU)
20/02/2008 - LDU Quito/EQU 0 x 0 Fluminense - Casablanca (Quito/EQU)
17/02/2009 - LDU Quito/EQU 3 x 2 Palmeiras - Casablanca (Quito/EQU)
29/04/2009 - LDU Quito/EQU 2 x 3 Sport Recife - Casablanca (Quito/EQU)
Malditos e malditas
Malditas sejam as lembranças dolorosas.
Maldita seja a injustiça que vivemos.
Maldito seja o jogo sujo do adversário.
Maldito seja o cansaço físico da maratona de decisões.
Maldita seja a arbitragem que fecha os olhos.
Maldito seja o regulamento sempre contrário.
Maldito seja o acaso que determinou nossa sorte.
Malditos sejam os mesquinhos que jogam sem poesia.
Malditos sejam os desleais que batalham sem fidalguia.
Malditos sejam os que batem.
Malditos sejam os que xingam.
Malditos sejam os que invejam.
Fluminense Football Club, nossa maior paixão, nós estaremos contigo.
Abraçaremos a ti, no domingo e na quarta-feira.
Até o Maracanã, onde derramaremos nossas lágrimas por ti.
PC
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
História - Fluminense x Times Equatorianos
Amigos, amanhã Fluminense e LDU começam a disputar a finalíssima da Copa Sul-Americana de 2009. As duas equipes já se enfrentaram quatro vezes na história, todas elas na disputa da Taça Libertadores da América de 2008:
20/02/2008 - LDU Quito/EQU 0 x 0 Fluminense - Casablanca (Quito/EQU)
17/04/2008 - Fluminense 1 x 0 LDU Quito/EQU - Maracanã (Rio de Janeiro)
Em 4 jogos, foram 2 vitórias do Fluminense, 1 empate e 1 vitória da LDU, com 6 gols brasileiros e 5 gols equatorianos. Apesar disso, por uma dessas injustiças do futebol, foi a LDU que ficou com a taça, após a eletrizante finalíssima da Libertadores no Maracanã. Chegou a hora da revanche!
Ao todo, contra times equatorianos, foram 12 jogos do Fluminense, com 9 vitórias tricolores, 2 empates e 1 derrota. Nós marcamos 33 gols, e sofremos 17. Confira a lista completa de confrontos:
22/04/1950 - Barcelona de Guayaquil/EQU 4 x 6 Fluminense - George Capwell (Guayaquil/EQU)
26/04/1950 - Norte América/EQU 4 x 7 Fluminense - George Capwell (Guayaquil/EQU)
29/04/1950 - Emelec/EQU 2 x 2 Fluminense - George Capwell (Guayaquil/EQU)
22/04/1956 - Barcelona de Guayaquil/EQU 1 x 5 Fluminense - George Capwell (Guayaquil/EQU)
14/07/1957 - Seleção de Pichincha/EQU 1 x 2 Fluminense - Atahualpa (Quito/EQU)
07/07/1985 - Barcelona de Guayaquil/EQU 0 x 3 Fluminense - Estádio Modelo (Guayaquil/EQU)
10/07/1985 - Seleção de Olmedo/EQU 0 x 1 Fluminense - Estádio Olímpico (Rio Bamba/EQU)
13/07/1985 - Filabanco/EQU 0 x 1 Fluminense - Los Chiritos (Milagro/EQU)
20/02/2008 - LDU Quito/EQU 0 x 0 Fluminense - Casablanca (Quito/EQU)
17/04/2008 - Fluminense 1 x 0 LDU Quito/EQU - Maracanã (Rio de Janeiro)
Vamos lutar por mais essa taça!
Vamos, Fluminense, com garra e com raça!
PC
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Arbitragem - Fluminense com Roberto Silvera
Amigos, apitará o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, em Quito, o uruguaio Roberto Silvera. Os assistentes serão Pablo Fandiño e Wálter Rial, também do Uruguai.
Silvera apitou até hoje três partidas do Fluminense Football Club:
17/04/2008 - Fluminense 1 x 0 LDU Quito/EQU - Maracanã (Rio de Janeiro)
A única vitória tricolor - que coincidência! - foi contra a LDU, em jogo válido pela primeira fase da Libertadores de 2008. Depois disso, foram dois empates: na semifinal da mesma Libertadores, contra o Boca Juniors, e na primeira fase desta Copa Sul-Americana, contra o Flamengo.
Em nenhum dos jogos, houve interferência clara da arbitragem no resultado.
PC
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Euforia e angústia
Amigos, a expectativa pela decisão da Copa Sul-Americana é enorme. O Rio de Janeiro já respira os dois grandes jogos que estão por vir. Nesta quarta-feira, a altitude de Quito receberá a primeira batalha. Na outra quarta-feira, a magia do Maracanã proclamará o campeão continental.
Não há como comentar essa finalíssima sem falar da decisão da Libertadores do ano passado. Na ocasião, Fluminense e LDU fizeram dois jogos espetaculares. Foi uma das poucas vezes em que vi duas equipes modernas jogarem verdadeiramente no ataque, o tempo todo. O Fluminense merecia a taça, pela campanha épica e pela reação espetacular, mas quem levou foi a LDU, nos pênaltis. Porém, quis o destino que a oportunidade da revanche surgisse em pouco tempo: exatamente 17 meses depois.
Nos últimos dias, a pergunta que mais escuto é: "o Fluminense é favorito?". Por sua história e pelo simples fato de ser brasileiro, é. Pela altitude e pelo possível desgaste causado por um mês de batalhas decisivas, não é. Mas tudo isso pouco importa: favoritismo não ganha jogo, favoritismo não entra em campo. O Brasil era favorito em 50, e perdeu. A Hungria era favorita em 54, e perdeu. A Holanda era favorita em 74, e perdeu. O São Paulo era favorito em 94, e perdeu. O Fluminense era favorito em 2008, e perdeu. Ao longo da história do futebol, outros favoritos perderam, e outros mais ganharam.
A torcida equatoriana está eufórica, afinal a LDU vive o melhor momento de sua história, e vem colecionando campeonatos. Os 7 a 0 sobre os uruguaios do River Plate deixaram os torcedores em êxtase. Porém, há qualquer coisa de suicida nessa alegria prévia. Sempre que vai estourar uma catástrofe, o ser humano cai num otimismo obtuso, pétreo e córneo. Foi assim em Hiroshima, na manhã dominical da bomba. Não havia nenhum presságio, nenhuma tensão, nada que turvasse a doce ternura da cidade. Pastores, senhoras, crianças e babás tinham a mesma inconsciência de bodinhos de charrete. Até aparecer o clarão hediondo, e devastar tudo.
Já em Álvaro Chaves, a atmosfera é de uma tensão irresistível. O fantasma do rebaixamento ainda ronda a sede tricolor. O medo de perder outro título para a LDU toma conta de cada pó-de-arroz, vivo ou morto. Todo o Fluminense sente, na carne e na alma, uma angústia reveladora.
Resumindo, é o seguinte. Com os sete gols de semana passada, a LDU vive a euforia que precede as grandes catástrofes. Já o Fluminense vive a angústia que precede os grandes triunfos. É por isso que o profeta tem certeza: a Copa Sul-Americana de 2009 envelhecerá em Laranjeiras, para todo o sempre. Vamos ganhar essa taça, na garra e na raça. Amém.
PC
domingo, 22 de novembro de 2009
O Fluminense só depende de si
Amigos, a antepenúltima rodada deste Campeonato Brasileiro foi muito benéfica para o Fluminense. Ainda no sábado, o empate do Atlético Paranaense com o Cruzeiro ajudou o Tricolor. A partir daquele instante, o Fluminense passou a depender apenas de seus próprios resultados para fugir do inferno.
Veio o domingo, e o jogo na Ilha do Retiro. Mais uma final de Copa do Mundo para o Fluminense. Dirão alguns: "mas o Sport Recife já caiu, é cachorro morto". Respondo: são esses os jogos mais perigosos.
Mas o Fluminense foi inteligente, e conseguiu mais uma doce vitória: a oitava nos últimos oito jogos. Uma arrancada espetacular, que prova a grandeza do quadro de Álvaro Chaves. Poucas vezes vi uma equipe emendar uma sequência tão impactante.
O primeiro gol em Recife nasceu de um escanteio. Darío Conca cobrou curto, Maurício cruzou, e um desvio na zaga matou o arqueiro adversário: Fluminense 1 a 0.
Já o segundo tento foi num rápido contra-ataque, puxado por Conca. O argentino tabelou com Fred, que só empurrou para as redes. O centroavante mais aguardado que um Moisés vem fazendo a diferença: são onze gols em doze jogos. Trata-se de um aproveitamento digno de Pelé.
E ainda houve o terceiro gol, de Conca, em chute da entrada da área. Por ter participado dos três gols, o argentino é o meu personagem do domingo. Convenhamos: o craque já merecia o ilustre posto há algumas rodadas.
Enquanto o Fluminense vencia em Recife, o Coritiba perdia em Santos. Com isso, o Coxa é mais um clube na briga para fugir do inferno. Melhor: é mais um time que o Fluminense pode ultrapassar com as próprias pernas, sem depender de tropeços alheios.
Houve também a vitória do Botafogo sobre o São Paulo, 3 a 2, em grande tarde de Jobson no Engenhão. O quadro de General Severiano também só depende de si mesmo na fuga da degola. O próximo jogo, contra o Atlético Paranaense, em Curitiba, é importantíssimo para as pretensões alvinegras.
Na parte de cima da tabela, os clubes tropeçam, tropeçam e tropeçam. O Palmeiras só faz empatar e perder. O São Paulo perdeu para o Botafogo, conforme já escrevi. Quando se esperava que o Flamengo pusesse a mão na taça, vem o empate contra o Goiás no Maracanã lotado. O troféu está sem dono. E por isso mesmo as duas rodadas derradeiras serão eletrizantes.
A partir de agora até quarta-feira à noite, só penso na Copa Sul-Americana, que está sorrindo com a encantadora possibilidade de envelhecer na rua Álvaro Chaves. Vamos lutar por mais essa taça. Vamos, Fluminense, com garra e com raça!
PC
Recordar é viver - São Paulo 3, Botafogo 2
São Paulo, 26 de abril de 1981.
Quase cem mil torcedores lotam as dependências do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. São Paulo e Botafogo decidem uma vaga na final do Campeonato Brasileiro de 1981. A vantagem do empate é do alvinegro carioca, que venceu a partida de ida no Maracanã.
Em um dos certames mais disputados da história do futebol brasileiro, times de alto nível técnico ficaram para trás. O Flamengo de Zico, Leandro e Júnior; o Corinthians de Zé Maria, Wladimir e Sócrates; o Fluminense de Paulo Victor, Edinho, Deley e Cláudio Adão; o Atlético Mineiro de Luisinho, Toninho Cerezo, Éder e Reinaldo: exemplos de verdadeiros escretes, precocemente eliminados.
Na semifinal, chegaram Botafogo e São Paulo, duas equipes com menos técnica que outras, mas que se destacavam pela obediência tática. No Botafogo do técnico Paulinho de Almeida, a principal arma era o contra-ataque mortal.
Isso ficou bem claro logo no começo da batalha no Morumbi. Como precisava vencer, o São Paulo tomou a iniciativa do jogo, lançando-se todo para o ataque. No primeiro contra-ataque do Botafogo, aos 10 minutos, tabela bonita entre Jérson e Marcelo, e acontece o gol de Jérson: Botafogo 1 a 0.
Aos 19 minutos, vem o segundo contra-ataque: Perivaldo arranca em velocidade pelo flanco direito e cruza. O craque Mendonça emenda de primeira: golaço, Botafogo 2 a 0, em pleno Morumbi. É impressionante como Perivaldo e Mendonça jogaram bem neste campeonato. Perivaldo é o melhor lateral-direito do certame, até os paralelepípedos sabem disso. Já Mendonça é a Estrela Solitária, carrega o time com sua habilidade extraordinária. Foram duas atuações memoráveis de Mendonça que eliminaram o Flamengo nas quartas-de-final.
O São Paulo não possui uma equipe ruim, longe disso. No gol, está Waldir Peres, o arqueiro titular da Seleção Brasileira. Na defesa, há Oscar, também do escrete, e Darío Pereyra, que só não joga pela Seleção porque nasceu no Uruguai. Na lateral-esquerda, a qualidade de um Marinho Chagas, também selecionável, e conhecido dos botafoguenses. No meio-campo, o habilidosíssimo Renato, campeão brasileiro pelo Guarani em 1978.
Aos 45 minutos, Serginho Chulapa caiu na área, e o árbitro Bráulio Zanotto marcou o pênalti para o São Paulo. Reza o famoso ditado: "pênalti que não é, não entra". Mas esse entrou: o próprio Serginho cobrou rasteiro, no canto direito do goleiro Paulo Sérgio. Era o gol que dava esperanças aos corações são-paulinos.
No intervalo, que durou intermináveis 28 minutos, o técnico Carlos Alberto Silva faz uma substituição ousada: tira Heriberto para pôr Éverton. Ele estava certo: o São Paulo precisava de dois gols. Ou então estaria eliminado do Campeonato Brasileiro.
Vem o segundo tempo e, aos 21 minutos, o alvinegro Rocha afasta mal, para a entrada da área. Éverton acerta um chutaço de primeira, indefensável: 2 a 2. Explosão de alegria nas arquibancadas do Morumbi, mas a vaga ainda era do Botafogo.
Aos 33 minutos, acontece a jogada que ficaria marcada para sempre nos corações são-paulinos. Darío Pereyra ajeita de cabeça para dentro da área, Serginho tenta dominar e não consegue. Éverton é o herói: de bico, ele empurra a pelota para as redes. Era o segundo gol de Éverton, que saíra do banco de reservas para a glória. Era a virada histórica. Era a classificação do São Paulo à final do Campeonato Brasileiro.
PC
Ficha técnica: São Paulo 3 x 2 Botafogo.
Semifinal do Campeonato Brasileiro de 1981.
Local: Morumbi (São Paulo).
Data: 26/04/1981.
São Paulo: Waldir Peres; Getúlio, Oscar, Darío Pereyra e Marinho Chagas; Almir, Heriberto (Éverton) e Renato (Assis); Paulo César, Serginho Chulapa e Zé Sérgio. Técnico: Carlos Alberto Silva.
Botafogo: Paulo Sérgio; Perivaldo, Gaúcho, Zé Eduardo e Gaúcho Lima; Rocha, Ademir Lobo e Mendonça (Gilmar); Ziza (Édson), Marcelo e Jérson. Técnico: Paulinho de Almeida.
Árbitro: Bráulio Zanotto.
Público: 98.650.
Gols: Jérson aos 10'/1T, Mendonça aos 19'/1T, Serginho Chulapa (PK) aos 45'/1T, Éverton aos 21'/2T e aos 33'/2T.
Fontes de pesquisa:
[1] SPFCpédia.
[2] Futpédia.
[3] Futebola RJ.
[4] Programa "Jogos para Sempre", do Sportv (vídeo abaixo).
Resumo do "Jogos para Sempre":
sábado, 21 de novembro de 2009
História - Fluminense x Sport Recife
Na história do confronto entre Fluminense e Sport Recife, houve 54 jogos, com 22 vitórias do Fluminense, 15 empates e 17 vitórias do Sport Recife. Nestes jogos, o Fluminense assinalou 71 gols, contra 55 do Sport Recife.
Os maiores artilheiros do confronto são Fred (Fluminense, 5 gols), Magno Alves (Fluminense, 4), Lucca (Fluminense, 3), Cícero (Fluminense, 3) e Leomar (Sport Recife, 3).
Confiram a lista completa de jogos entre o Leão Pernambucano e o Tricolor das Laranjeiras:
16/07/1947 - Sport Recife 1 x 2 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
11/10/1955 - Sport Recife 1 x 0 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
30/01/1958 - Sport Recife 1 x 2 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
31/05/1959 - Sport Recife 0 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
25/01/1961 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
21/04/1963 - Sport Recife 3 x 2 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
03/10/1971 - Sport Recife 0 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
06/10/1973 - Fluminense 1 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
08/11/1975 - Fluminense 3 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/07/1978 - Sport Recife 1 x 0 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
01/04/1979 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
12/04/1980 - Fluminense 2 x 1 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
20/04/1980 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Arruda (Recife)
15/02/1981 - Fluminense 0 x 1 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
24/01/1982 - Fluminense 1 x 2 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/02/1982 - Sport Recife 0 x 0 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
25/09/1986 - Fluminense 0 x 1 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
07/12/1988 - Sport Recife 2 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
24/09/1989 - Fluminense 2 x 0 Sport Recife - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
12/05/1991 - Fluminense 3 x 0 Sport Recife - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
10/05/1992 - Fluminense 1 x 1 Sport Recife - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
24/11/1992 - Fluminense 2 x 1 Sport Recife - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
01/12/1992 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
25/09/1993 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
11/11/1993 - Fluminense 0 x 0 Sport Recife - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
23/11/1994 - Fluminense 1 x 0 Sport Recife - Caio Martins (Niterói)
20/09/1995 - Fluminense 2 x 0 Sport Recife - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
14/09/1996 - Sport Recife 6 x 0 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
21/09/1997 - Fluminense 0 x 3 Sport Recife - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
30/09/2000 - Sport Recife 3 x 2 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
01/08/2001 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
24/04/2003 - Fluminense 0 x 1 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
01/05/2003 - Sport Recife 2 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
10/06/2007 - Fluminense 3 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
06/09/2007 - Sport Recife 0 x 2 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
25/05/2008 - Sport Recife 2 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
22/11/2009 - Sport Recife 0 x 3 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
18/08/2012 - Fluminense 1 x 0 Sport Recife - Raulino de Oliveira (Volta Redonda)
25/11/2012 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
24/08/2014 - Fluminense 4 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/11/2014 - Sport Recife 2 x 2 Fluminense - Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata)
07/06/2015 - Fluminense 0 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/09/2015 - Sport Recife 1 x 0 Fluminense - Arena Pernambuco (Sâo Lourenço da Mata)
19/06/2016 - Sport Recife 2 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
01/10/2016 - Fluminense 3 x 1 Sport Recife - Giulite Coutinho (Mesquita)
18/08/2012 - Fluminense 1 x 0 Sport Recife - Raulino de Oliveira (Volta Redonda)
25/11/2012 - Sport Recife 1 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
24/08/2014 - Fluminense 4 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
23/11/2014 - Sport Recife 2 x 2 Fluminense - Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata)
07/06/2015 - Fluminense 0 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
13/09/2015 - Sport Recife 1 x 0 Fluminense - Arena Pernambuco (Sâo Lourenço da Mata)
19/06/2016 - Sport Recife 2 x 1 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
01/10/2016 - Fluminense 3 x 1 Sport Recife - Giulite Coutinho (Mesquita)
02/08/2017 - Sport Recife 2 x 2 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
25/11/2017 - Fluminense 1 x 2 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
22/07/2018 - Sport Recife 1 x 2 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife)
11/11/2018 - Fluminense 0 x 0 Sport Recife - Maracanã (Rio de Janeiro)
20/09/2020 - Sport Recife 1 x 0 Fluminense - Ilha do Retiro (Recife) (*)
16/01/2021 - Fluminense 1 x 0 Sport Recife - Engenhão (Rio de Janeiro) (*)
(*) estes jogos foram disputados sem presença de público, devido à pandemia do coronavírus.
PCFilho
Arbitragem - Fluminense com Wilson Luiz Seneme
Amigos, apitará Sport Recife x Fluminense, na Ilha do Retiro, o árbitro paulista Wilson Luiz Seneme.
No ano passado, ele apitou o curioso jogo Figueirense 0 x 1 Fluminense, que começou no dia 30/10 e só terminou no dia 05/11. Na data original, houve um blecaute que obrigou Seneme a interromper a partida, quando o Fluminense já vencia por 1 a 0, gol de Arouca. Na semana seguinte, o jogo foi continuado, mesmo sob um forte temporal em Florianópolis.
Esse ano, Seneme já teve uma arbitragem muito contestada em um jogo do Fluminense. Foi o confronto do turno contra o Náutico, no Estádio dos Aflitos. Na ocasião, Seneme expulsou o tricolor Luiz Alberto sem motivo algum, o que obrigou Parreira a substituir Fred para recompor a defesa, com Cássio. Além disso, o árbitro paulista foi conivente com a violência dos jogadores do Náutico, que distribuíam bordoadas, sem punição. Para coroar a atuação, Seneme deixou de marcar pênalti claro em Alan. Aos 49 do segundo tempo, o Náutico acabou empatando a partida, em uma cobrança de pênalti. Por causa da atuação destacada, Seneme foi o meu personagem daquele domingo.
Ao todo, o Fluminense já disputou 16 jogos sob o apito de Seneme. O retrospecto não é nada animador, pois foram apenas 3 vitórias tricolores. Houve também 8 empates e 5 derrotas, com 16 gols-pró e 21 gols-contra.
Confira a relação completa de jogos do Flu apitados por Seneme:
06/02/2003 - Fluminense BA 1 x 1 Fluminense - Jóia da Princesa (Feira de Santana/BA)
24/05/2003 - Atlético MG 3 x 0 Fluminense - Independência (Belo Horizonte/MG)
17/03/2004 - Juventude 2 x 2 Fluminense - Alfredo Jaconi (Caxias do Sul/RS)
29/05/2004 - Fluminense 1 x 1 Criciúma - Maracanã (Rio de Janeiro)
01/05/2005 - Paysandu 1 x 2 Fluminense - Mangueirão (Belém/PA)
11/05/2006 - Fluminense 0 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/06/2006 - Fluminense 2 x 3 Internacional - Maracanã (Rio de Janeiro)
03/09/2006 - Fluminense 1 x 1 Vasco - Maracanã (Rio de Janeiro)
09/05/2007 - Atlético PR 0 x 1 Fluminense - Arena da Baixada (Curitiba/PR)
30/05/2007 - Fluminense 1 x 1 Figueirense - Maracanã (Rio de Janeiro)
01/08/2007 - Náutico 0 x 0 Fluminense - Aflitos (Recife/PE)
26/07/2008 - Fluminense 1 x 3 Cruzeiro - Maracanã (Rio de Janeiro)
PC
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
A voadora de Fernando Henrique
Amigos, as competições da Conmebol são uma selva de gângsteres. Dirão que é exagero meu. Exagero, uma ova. Perdão: exagero, vírgula. Tudo é possível na Copa Sul-Americana, menos uma boa ação.
Vejamos o que aconteceu quarta-feira, no Maracanã. O Cerro Porteño sofreu o segundo gol e, eliminado no futebol, tentou vencer o Fluminense na pancadaria. Os tricolores não têm sangue de barata, e revidaram. Aliás, o revide já era merecido antes, muito antes. Desde a chuva de pedras na batalha de Assunção, para ser mais preciso.
Dirão vocês: "mas é feio!". Ora, ora, quando foi que o bonito venceu a Sul-Americana ou a Libertadores? A verdade é que, na América do Sul, só o brasileiro tem escrúpulos. Uruguaios, argentinos, paraguaios, peruanos, equatorianos e chilenos baixam o pau, fazem horrores, e nunca são punidos.
Os portenhos descem o sarrafo mesmo. Mais: quando um brasileiro vai cobrar um escanteio nos galinheiros que eles chamam de estádios, a polícia precisa protegê-lo da chuva de paus, pedras, pilhas e radinhos. Além disso, as arbitragens toleram toda sorte de ceras, catimbas, e pancadas.
O técnico Cuca está de parabéns: doutrinou o Fluminense para não levar desaforo para casa. Os lorpas e pascácios hão de perguntar: "e a esportividade?". Respondo: nos jogos sul-americanos, a esportividade é uma piada de necrotério. Dirão que, em 2008, o Fluminense foi bonzinho, e quase ganhou a Libertadores. É verdade. Mas os concorrentes fizeram o diabo, e quase perderam.
Temos que denunciar mesmo, em alto e bom som: "o futebol sul-americano é uma carnificina!". Os nossos adversários latinos bebem o nosso sangue como se groselha fosse. Precisamos gritar contra isso. Na arquibancada, a cada falta modesta que um brasileiro sofre, eu berro: "Assassinato! Assassinato!". Se todos fizermos isso, os árbitros ficarão acuados.
João Saldanha, o treinador que montou os alicerces do escrete de 1970, dizia: "Meu jogador não dará o primeiro tiro. Mas, se começarem, nós vamos acabar com a guerra". Esse é o espírito.
No Mário Filho, quarta-feira, um paraguaio se preparava para agredir Diguinho na covardia. O goleiro reserva Fernando Henrique resolveu intervir, seguindo o famoso ditado "amigo bom é aquele que chega na voadora".
A voadora de Fernando Henrique foi de uma plasticidade de personagem de vídeo game. Foi um salto lindo, um golpe espetacular. Os tricolores agradecem, os brasileiros agradecem. O juiz chileno, é claro, expulsou nosso arqueiro suplente. Minha vontade era tomar-lhe o cartão vermelho, e rasgá-lo bem na frente da autoridade.
Jogando futebol, na bola, mas sem levar desaforo para casa, sem fazer jus à fama de bonzinho. É assim que o Fluminense erguerá a Copa Sul-Americana de 2009.
PC
Golaço do dia #155 - Gum
Autor: Wellington Pereira Rodrigues (Gum).
Nascimento: 04/01/1986, em Lins/SP.
Local: Maracanã.
Data: 18/11/2009.
Aos 47 minutos do segundo tempo, o santo gol da classificação tricolor à finalíssima!
As imagens são do magnífico Edu Rocha, o cinegrafista oficial das arquibancadas tricolores.
PC
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AVISO IMPORTANTE AOS LEITORES
Devido a um problema que foge ao meu controle, a seção "Golaço do Dia" deixará de ser diária, passando a ser postada apenas esporadicamente. A principal causa do problema é a constante reclamação de empresas de mídia por direitos autorais dos vídeos dos gols. Peço desculpas aos leitores, e espero que os outros posts do Jornalheiros mantenham a sua audiência.
PC
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
O Gol Mil
(por Nelson Rodrigues, n'O Globo de 21/11/1969)
Amigos, a cidade tem 5 milhões de habitantes, talvez mais. Pois esses 5 milhões deviam estar presentes, anteontem, no Estádio Mário Filho para ver o milésimo gol de Pelé.
Dirão os idiotas da objetividade que o ex-Maracanã comporta, no máximo, 250 mil pessoas. Mas os que não pudessem entrar ficariam do lado de fora, atracados ao radinho de pilha e chupando laranjas. O que acho incrível e, sobretudo, indesculpável é que alguém, vivo ou morto, pudesse ficar indiferente à mais linda festa do futebol brasileiro em todos os tempos. Sim, os vivos deviam sair de suas casas e os mortos de suas tumbas. Viva a mulher bonita, que não faltou. Só as feias não apareceram.
Não sei se sabem que o sublime crioulo fascina a mulher bonita. As mais lindas garotas estavam lá. Mas falei em festa do futebol e, realmente, foi muito mais do que isso. Era uma festa nacional, a festa do povo, a festa do homem. Na fila dos elevadores, o meu primeiro olhar descobriu a grã-fina das narinas de cadáver. Vocês entendem? Ela continua não sabendo quem é a bola. Mas o que a magnetizava era Pelé como homem, mito e herói. Bem sabemos que futebol é um esforço coletivo. São os times que ganham, perdem ou empatam. Mas no caso de Pelé, foi um só. Só ele marcou os mil gols. Nunca se viu nada parecido no mundo. É uma glória maravilhosamente individual, maravilhosamente solitária. Some-se a isto os gols que ele deu na bandeja, gols dos quais ele foi o co-autor, ou melhor, foi mais autor do que o autor. Um passe genial vale como um gol.
Muitos lamentam que tenha sido de pênalti. Meu Deus do céu, e daí? Na sua penetração fulminante, tinha batido toda a defesa adversária. Ia entrar com bola e tudo. E sofreu o pênalti. Não foi um companheiro, mas ele próprio quem foi derrubado. Não queria cobrar. Mas seus companheiros fizeram uma greve linda contra o pênalti. Ninguém tocaria na bola. E, então, 100 mil pessoas, na gigantesca cadência coral, começaram a exigir: — “Pelé, Pelé, Pelé!”. Uma das que mais se esganiçavam era a grã-fina das narinas de cadáver. Uma louríssima suspirou, arrebatada: — “Com esse eu me casava!”.
Mas vejam como o grande acontecimento tem a paisagem própria. Como já escrevi, Austerlitz não podia ser disputada num galinheiro. Foi isso que eu disse, quando o Santos jogou no campo do Esporte Clube Bahia. É óbvio que, depois do Estádio Mário Filho, todos os campos pequenos se tornaram galinheiros irremediáveis. O Pacaembu, por exemplo, é um galinheiro. O campo do Botafogo, do Fluminense, do Parque Antártica, e centenas, milhares de outros campos obsoletos, são outros tantos galinheiros. É aqui e, repito, é no Estádio Mário Filho que Pelé teve os seus grandes dias e as suas grandes noites. O próprio crioulo sabe que é muito mais amado aqui do que em São Paulo.
Quando a bola foi colocada na marca do pênalti, criou-se um suspense colossal no estádio. O meu colega e amigo Villas-Bôas Corrêa, que não tem nada de passional, estava comovido da cabeça aos sapatos. A louríssima, por mim citada, sentia-se cada vez mais noiva de Pelé. O marido, ao lado, parecia concordar com o noivado e dar-lhe sua aprovação entusiástica. Eu não sei como dizer. Mas estávamos todos crispados de uma emoção, um certo tipo de emoção, como não conhecíamos.
Ao que íamos assistir já era História e já era Lenda. Imaginem alguém que fosse testemunha de Waterloo, ou da morte de César, ou sei lá. No ex-Maracanã, fez-se um silêncio ensurdecedor que toda a cidade ouviu. No instante do chute, a coxa de Pelé tornou-se plástica, elástica, vital, como a anca de cavalo. Mas havia alguém contracenando com ele no quinto ato da batalha. Era o formidável goleiro argentino Andrada. Em qualquer hipótese, ele ia se tornar uma figura histórica: — defendendo ou não. E quando Pelé estourou as redes, o Estádio Mário Filho voou pelos ares. Desde Pero Vaz de Caminha, nenhum brasileiro recebera apoteose tamanha. De repente, como patrícios do guerreiro, cada um de nós sentiu-se um pouco co-autor do feito. Pelé voou, arremessou-se dentro do gol. Agarrou e beijou a bola. E chorava, o divino crioulo. Cem mil pessoas, de pé, aplaudiam como na ópera. Depois, assistimos à volta olímpica. Pelé com a camisa do Vasco, Naquele momento éramos todos brasileiros como nunca, apaixonadamente brasileiros.
Golaço do dia #154 - Pelé
Atleta: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.
Nascimento: 23/10/1940, em Três Corações/MG.
Jogo: Vasco 1 x 2 Santos (Campeonato Brasileiro de 1969).
Data: 19/11/1969 (há exatamente 40 anos).
Local: Maracanã, Rio de Janeiro.
Quarta-feira à noite: escorre gente pelas paredes do Estádio Mário Filho. Há um jogo do Campeonato Brasileiro, é verdade, entre Santos e Vasco. Mas há muito mais do que isso: é a grande noite do milésimo gol de Pelé.
Aos 17 minutos do primeiro tempo, Benetti abre o placar para o Vasco. Aos 10 do segundo tempo, um gol contra de Renê iguala o marcador. Aos 34 da etapa final, Pelé se choca com o zagueiro cruzmaltino Fernando, e o árbitro pernambucano Manoel Amaro de Lima marca o pênalti. Das arquibancadas, vem o urro contínuo da plebe: "Pelé! Pelé! Pelé!". Todos querem ver o milésimo gol.
No jogo anterior do Santos, um beque adversário salvou o milésimo em cima da linha. E foi estrondosamente vaiado por sua própria torcida, vejam só. Repito: todos querem ver o milésimo gol.
A bola na marca de cal. Pelé a três passos dela. Andrada sobre a linha do gol. Manoel com o apito na boca. Cem mil nas arquibancadas, gerais e cadeiras. Noventa milhões voltados para o Maracanã, que naquele momento era a Meca do futebol brasileiro.
Pelé tem medo de errar, receia falhar bem na hora em que o mundo parou para observá-lo. Faz o sinal da cruz, e parte para a bola. A tradicional paradinha, e o chute. O arqueiro argentino não pula: voa sobre a bola, à sua esquerda. E encosta nela. Mas ela passa. E estufa a rede sagrada do Maracanã. É o milésimo gol de Pelé, consumado.
"Naquele dia eu enfrentei o mundo. Em campo, não dava para escutar nem a respiração dos torcedores. Até a torcida do Vasco torceu contra mim", desabafou Andrada.
23 horas e 23 minutos. Pelé corre para os arcos, pega a bola na mão, e a beija carinhosamente. A multidão de repórteres invade o campo, e escuta: "dedico este gol às criancinhas do Brasil". O goleiro Aguinaldo, do Santos, corre do meio-campo até a área, dribla os trepidantes, e carrega Pelé sobre seus ombros.
Era a noite de consagração do melhor jogador de futebol que o mundo já conheceu. Só poderia acontecer mesmo no Maracanã.
PC
Ficha técnica: Vasco da Gama (RJ) 1 x 2 Santos (SP).
Campeonato Brasileiro de 1969.
Data: 19/11/1969.
Local: Estádio do Maracanã.
Árbitro: Manoel Amaro de Lima.
Gols: Benetti aos 17'/1T; Renê (contra) aos 10'/2T e Pelé (pênalti) aos 35'/2T.
VASCO DA GAMA: Andrada; Fidélis, Moacir, Fernando e Eberval; Bougleaux, Renê, Acelino (Raimundinho) e Adílson; Benetti e Danilo Menezes (Silvinho).
SANTOS: Aguinaldo; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Djalma Dias (Joel Camargo) e Rildo; Clodoaldo, Lima, Manoel Maria e Edu; Pelé (Jair Bala) e Abel.
Sangue, suor e lágrimas
Amigos, o Fluminense está na finalíssima. No dia dois de dezembro, a América novamente voltará os seus olhos para o Estádio Mário Filho. Desta vez, tenho certeza, o triunfo será das três cores que traduzem tradição.
A vitória contra o Cerro Porteño merece um troféu à parte. Explico: não foi uma vitória qualquer. Não. Foi uma vitória obtida com sangue, suor e lágrimas. Repito: sangue, suor e lágrimas.
Os jogos contra os times da América do Sul são verdadeiras batalhas. Nós brasileiros temos que vencer na bola, e temos que aguentar a pancadaria. Como batem os adversários. Por vezes, tenho a sensação de que um zagueirão portenho sacará um revólver e atirará no atleta tupiniquim, ali mesmo no gramado.
Vejam o que fizeram com o Gum. Numa covardia gratuita, deram-lhe uma cotovelada na cabeça. E lá estava o nosso beque estirado no chão, sangrando. Dizia eu no começo que o Fluminense obteve a vitória com sangue, suor e lágrimas. Já expliquei o sangue.
Antes disso, o Cerro Porteño abrira o placar, em bate-rebate na área. O placar de 1 a 0 levaria a batalha para a injustiça e a crueldade da disputa de pênaltis. O Fluminense sentia o cansaço das seguidas decisões, e tinha dificuldades para penetrar a defesa paraguaia. Quando conseguia, lá estava Barreto, a muralha, defendendo até pensamento.
Na ausência de recursos técnicos, os paraguaios seguiam descendo o sarrafo. Os estrangeiros batiam, e os brasileiros apanhavam. E também o argentino Conca sofria com as pancadas desleais. A pancadaria foi tamanha que dois guerreiros tricolores, Maicon e Digão, precisaram sair do jogo, machucados.
Já o Fluminense lançou-se todo para o ataque. Quanta felicidade senti ao ver nosso time de garotos molhando o manto tricolor de um suor épico. Sangue, suor e lágrimas. As camisas encharcadas provam o suor.
O cronômetro se aproximava dos quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Eu, na arquibancada, já calculava como seria a disputa de pênaltis. Subiu a placa com três minutos de acréscimo. Eles provariam que eu estava errado.
O profeta me avisou, como se necessário fosse: "o último minuto é doce, o último minuto é santo". Meu irmão Ramón completou: "o último minuto é tricolor". Ele não estava comigo, mas eu ouvi sua voz. Um desses milagres que o Fluminense consuma.
Conca levanta na área. A defesa paraguaia tenta afastar e não consegue. E então surge o meu personagem da quarta-feira: Gum gira e chuta.
Gol.
Ao meu lado, na arquibancada, o profeta chora. Eu disse sangue, suor e lágrimas. Estão explicadas as lágrimas.
No desespero, o Cerro Porteño ainda tenta um ataque derradeiro. E sofre um contra-ataque fatal: gol de Alan. Fluminense 2, Cerro Porteño 1. E então começou o combate dentro de campo. Inconformados com a derrota, os componentes da delegação paraguaia partem para cima dos brasileiros, que finalmente revidam. O goleiro reserva Fernando Henrique deu uma voadora espetacular num paraguaio que tentava agredir outro tricolor. Um amigo meu afirmou, com os olhos rútilos e o lábio trêmulo: "essa voadora merece uma crônica". Vou pensar no assunto.
Terminada a carnificina, podemos finalmente comemorar. Fluminense Football Club, você se recusa a perder. Fluminense Football Club, você joga o melhor futebol do Brasil em 2009. Fluminense Football Club, conquiste a América. Os torcedores vivos, doentes e mortos estarão no Maracanã a te empurrar. Será a nossa mais bela vitória.
PC
Ficha técnica: Fluminense 2 x 1 Cerro Porteño/PAR
Semifinal da Copa Sul-Americana de 2009.
Estádio: Maracanã.
Data: 18/11/2009.
Árbitro: Carlos Chandía (CHI).
Auxiliares: Lorenzo Acuña (CHI) e Sergio Román (CHI).
FLUMINENSE: Rafael; Gum, Dalton e Digão (Carlos Eduardo); Mariano, Diogo, Conca, Diguinho e Marquinho (Adeílson); Maicon (Alan) e Fred. Técnico: Cuca.
CERRO PORTEÑO: Barreto; Irrazabal, Herner (Piris), Torren e Cardozo; Cáceres, Villarreal, Britez e Recalde (Ortiz); Nanni e Ramirez (Nuñes). Técnico: Pedro Troglio.
Gols: Cáceres, aos 6 minutos do primeiro tempo; Gum aos 47, e Alan aos 49 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Torren e Nuñes (Cerro), Adeílson e Alan (Flu).
Cartão vermelho: Fernando Henrique (Flu).
(agradecimento especial ao Marco pela arte da figura)
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
História - Fluminense x Times Paraguaios
Até hoje, o Fluminense enfrentou o Cerro Porteño, do Paraguai, em três partidas:
14/06/1964 - Cerro Porteño/PAR 2 x 2 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
28/03/1984 - Cerro Porteño/PAR 0 x 1 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
Portanto, em 3 jogos, vencemos 2 e empatamos 1, com 4 gols feitos e 2 gols sofridos.
O amistoso de 1984 marcou a estréia de Romerito. Nesta partida, em que o Cerro Porteño jogou reforçado por jogadores do Sol de América, o gol da vitória foi marcado exatamente por Romerito. O jogo de semana passada foi a partida de ida das semifinais da Copa Sul-Americana.
Contra clubes paraguaios em geral, foram até hoje 17 jogos, com 10 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. Os números apontam também 39 gols-pró e 25 gols-contra.
Veja a lista completa:
01/05/1952 - Fluminense 3 x 5 Paraguai - São Januário (Rio de Janeiro)
27/01/1953 - Fluminense 2 x 1 Presidente Hayes/PAR - Centenário (Montevideo/URU)
28/01/1954 - Fluminense 8 x 1 Sportivo Luqueño/PAR - Centenário (Montevideo/URU)
26/03/1955 - Nacional/PAR 3 x 2 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
27/03/1955 - Nacional/PAR 2 x 4 Fluminense - Defensores de Chaco (Asunción/PAR)
09/02/1963 - Paraguai 2 x 4 Fluminense - Defensores del Chavo (Asunción/PAR)
12/06/1964 - Libertad/PAR 1 x 1 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
14/06/1964 - Cerro Porteño/PAR 2 x 2 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
11/07/1965 - Fluminense 3 x 2 Paraguai - Maracanã (Rio de Janeiro)
05/07/1967 - Fluminense 1 x 0 Libertad/PAR - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
28/03/1984 - Cerro Porteño/PAR 0 x 1 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
03/05/1985 - Paraguai 0 x 0 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
19/09/1996 - Guarany/PAR 3 x 1 Fluminense - Manoel Ferrera (Asunción/PAR)
02/10/1996 - Fluminense 2 x 2 Guarany/PAR - Laranjeiras (Rio de Janeiro)
19/03/2008 - Libertad/PAR 1 x 2 Fluminense - Defensores del Chaco (Asunción/PAR)
02/04/2008 - Fluminense 2 x 0 Libertad/PAR - Maracanã (Rio de Janeiro)
PC
Golaço do dia #153 - Kaká
Atleta: Ricardo Izecson dos Santos Leite (Kaká).
Nascimento: 22/04/1982, em Brasília/DF.
Jogo: Peru 1 x 1 Brasil (eliminatórias da Copa do Mundo de 2010).
Data: 18/11/2007 (há exatamente dois anos).
Local: Estádio Monumental (Lima, no Peru).
PC
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Arbitragem - Fluminense com Carlos Chandía
Amigos, apitará Fluminense x Cerro Porteño, amanhã, no Maracanã, o chileno Carlos Chandía. Os seus auxiliares serão Lorenzo Acuña e Sergio Román, ambos também nascidos no Chile.
Até hoje, Chandía apitou dois jogos do Fluminense, uma derrota e um empate:
Vale destacar que ambas as arbitragens foram irretocáveis. Após o Fla-Flu que ele apitou esse ano, este blogueiro assim escreveu:
"Antes de começar, abro um parêntese para elogiar a impecável arbitragem do chileno Carlos Chandía. Acertou no lance do pênalti, acertou nas expulsões dos rubro-negros, acertou na anulação do gol do Fluminense, e acertou também ao dar seis minutos de acréscimo no segundo tempo, punindo assim a cera do Fluminense. Nota dez para ele, e fecha o parêntese."
Esperamos que Chandía tenha mais uma boa atuação na semifinal da Copa Sul-Americana.
PC
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