Nesta semana, Internacional e Fluminense se encontrarão num duelo de gigantes pela Copa Libertadores da América. Em suas fases eliminatórias, a competição já produziu confrontos memoráveis entre clubes brasileiros, ao longo de sua história.
Em 1963, o Santos de
Pelé encarou o Botafogo de
Garrincha na fase semifinal. Após um empate por 1 a 1 no Pacaembu, o Santos obteve uma extraordinária
vitória por 4 a 0 em pleno Maracanã, com direito a três gols do Rei.
Em 1973, no jogo-desempate da fase de grupos, o Botafogo bateu o Palmeiras por 2 a 1 no Maracanã, e garantiu uma vaga na fase semifinal, quando foi eliminado pelo Colo-Colo.
Em 1977, Cruzeiro e Internacional estavam no mesmo grupo na fase semifinal. O clube mineiro se deu melhor, após vencer no Beira-Rio (1 a 0) e empatar no Mineirão (0 a 0).
Em 1981, Flamengo e Atlético Mineiro terminaram empatados na fase de grupos, e tinham tudo para fazer um grande jogo-desempate, no Serra Dourada, valendo uma vaga na fase semifinal. A partida, no entanto, foi marcada pela polêmica arbitragem de José Roberto Wright, que expulsou 3 jogadores do clube mineiro ainda no primeiro tempo. O Atlético acabou se retirando de campo, e o Flamengo conseguiu a vaga na justiça desportiva.
Em 1984, Flamengo e Grêmio estavam no mesmo grupo na fase semifinal. Em Porto Alegre, o Grêmio goleou por 5 a 1. No Rio de Janeiro, o Flamengo venceu por 3 a 1. Foi realizado um jogo-desempate em São Paulo, no qual o dramático 0 a 0 persistiu durante o tempo regulamentar e a prorrogação. Como tinha melhor saldo de gols, o Grêmio classificou-se à finalíssima.
Em 1989, Internacional e Bahia se enfrentaram nas quartas-de-final. No Beira-Rio, vitória colorada por 1 a 0, gol de Diego Aguirre. Na Fonte Nova, o empate em 0 a 0 garantiu a classificação do Internacional.
Em 1992, o São Paulo eliminou o Criciúma nas quartas-de-final, com uma vitória (1 a 0) e um empate (1 a 1). O clube paulista acabaria conquistando a Copa Libertadores.
Em 1993, na campanha de seu bicampeonato, o São Paulo eliminou o Flamengo nas quartas-de-final: 1 a 1 no Maracanã e
2 a 0 no Morumbi.
Em 1994, no caminho para tentar o tricampeonato, o São Paulo encarou o Palmeiras nas oitavas-de-final: empate em 0 a 0, e vitória são-paulina por 2 a 1. Mas o sonho do tri acabaria semanas depois, nas mãos de Chilavert.
Em 1995, Grêmio e Palmeiras fizeram um duelo memorável nas quartas-de-final. Após vencer por 5 a 0 em Porto Alegre, o Grêmio parecia ter assegurado a classificação. Mas em São Paulo o Palmeiras quase conseguiu reverter a situação: fez 5 a 1. Foi por pouco!
Em 1996, nas oitavas-de-final, o Grêmio eliminou o Botafogo (1 a 1 no Rio, 2 a 0 em Porto Alegre). A seguir, nas quartas-de-final, o Grêmio eliminou o Corinthians: vitória por 3 a 0 em São Paulo, e derrota por 1 a 0 em Porto Alegre.
Na vitoriosa campanha de 1998, o Vasco teve que eliminar dois adversários brasileiros: o Cruzeiro (2 a 1 no Rio, 0 a 0 em Minas) e o Grêmio (1 a 1 em Porto Alegre, 1 a 0 no Rio).
Em 1999, após eliminar o Vasco nas oitavas-de-final, o Palmeiras se encontrou com o rival Corinthians nas quartas-de-final. O Palmeiras venceu a ida por 2 a 0, e o Corinthians venceu a volta por 2 a 0. Na definição por pênaltis, Dinei chutou para fora, Marcos defendeu a cobrança de Vampeta, e o Palmeiras venceu por 4 a 2.
No ano seguinte, após eliminar o Atlético Mineiro, o Corinthians teve novamente o Palmeiras no seu caminho, desta vez na semifinal. Após duas partidas eletrizantes (Corinthians 4 x 3, e Palmeiras 3 x 2), a definição foi de novo para a disputa de pênaltis. Marcos novamente foi o herói palmeirense, ao defender a cobrança de Marcelinho.
Em 2001, o Palmeiras eliminou o São Caetano nas oitavas-de-final, e o Cruzeiro nas quartas-de-final, ambos na disputa de pênaltis.
Em 2005, o São Paulo eliminou o rival Palmeiras com duas vitórias (1 a 0, e 2 a 0), e o Atlético Paranaense eliminou o Santos com duas vitórias (3 a 2 em Curitiba, e 2 a 0 em Santos). Os dois clubes se encontrariam na finalíssima: impedido de atuar em seu próprio estádio, o Atlético Paranaense só conseguiu empatar no Beira-Rio (1 a 1). No Morumbi, o São Paulo venceu por 4 a 0 e sagrou-se campeão.
Em 2006, o Internacional sagrou-se campeão na final contra o São Paulo, após vencer no Morumbi por 2 a 1 (com dois gols de Rafael Sobis) e empatar no Beira-Rio em 2 a 2 (gols de Fernandão e Tinga).
Em 2007, Grêmio e Santos duelaram nas semifinais, com triunfo gaúcho no critério do saldo qualificado (vitória por 2 a 0 em Porto Alegre, derrota por 3 a 1 em Santos).
Em 2008, Fluminense e São Paulo protagonizaram o duelo mais emocionante da história da Copa Libertadores. No Morumbi, a vitória foi da equipe paulista, por 1 a 0. Uma semana depois, no Maracanã lotado, o
Fluminense venceu por 3 a 1, garantindo a classificação apenas aos 47 minutos do segundo tempo, com aquele santo gol de
Washington.
Em 2009, Sport Recife e Palmeiras duelaram nas oitavas-de-final: cada clube venceu uma partida por 1 a 0, e o Palmeiras se classificou na definição por pênaltis. Nas quartas-de-final, o Cruzeiro eliminou o São Paulo com duas vitórias (2 a 1, e 2 a 0). Na semifinal, o Cruzeiro eliminou o Grêmio (3 a 1, e 2 a 2).
Nas oitavas-de-final de 2010, Corinthians e Flamengo fizeram um confronto bastante tenso. No Maracanã, o Flamengo venceu por 1 a 0; no Pacaembu, o
Corinthians venceu por 2 a 1. A classificação foi do clube carioca, no critério do saldo qualificado.
Nas quartas-de-final de 2010, Cruzeiro e São Paulo se enfrentaram. Em pleno Mineirão,
o São Paulo venceu o primeiro jogo por 2 a 0. No Morumbi, uma nova vitória por 2 a 0 classificou o São Paulo à semifinal, quando o adversário foi o Internacional, numa reedição do duelo de 4 anos antes. No Beira-Rio, o Internacional venceu por 1 a 0. No Morumbi, o São Paulo venceu por 2 a 1. No critério do saldo qualificado, o Internacional classificou-se para a decisão.
Quarta-feira, no Beira-Rio, Internacional e Fluminense começam a escrever o próximo capítulo desta história de duelos tupiniquins.
PC