terça-feira, 30 de junho de 2009

Recordar é viver - ARQUIVO

Para facilidade de pesquisa dos leitores pelos textos da coluna "Recordar é viver", organizei a lista de todas as crônicas publicadas, na ordem cronológica dos acontecimentos. Manterei a lista sempre atualizada.

Aos leitores, peço que usem os comentários desse post para sugerir jogos históricos que queiram relembrar aqui.

Atemporal
Doze quilos, vinte gramas e um sonho (Copa Libertadores da América)
Estreias ruins, finais apoteóticos (Copa Libertadores da América)
Os 30 Campeonatos Cariocas do Fluminense (1906-2010)
Parabéns, Fluminense! #flu109anos (aniversário do Fluminense)
Cento e dez anos (aniversário do Fluminense)

1895

1902

1904

1907

1911

1912

1919

1920

1921

1927

1929

1930

1937

1938

1941

1943

1944
1948

1949

1950

1955

1958

1960


1964

1965

1966

1967

1968

1969

1970

1971

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1998

1999

2000

2001

2002

2004

2005

2007

2008

2009

2010

2011

2012
Estatística de aparições:
- Ajax-HOL: 1.
- Alemanha: 2.
- All Blacks (Rúgbi - Nova Zelândia): 1.
- América: 3.
- América-MEX: 1.
- Andrew Murray: 1.
- Andy Roddick: 1.
- Argentina: 2.
- Argentinos Jrs: 1.
- Arsenal-ING: 2.
- Arsenal de Sarandí-ARG: 1.
- Atlético-GO: 1.
- Atlético-MG: 6.
- Atlético-PR: 2.
- Áustria Viena-AUT: 2.
- Ayrton Senna: 6.
- Bangu: 2.
- Barcelona-ESP: 9.
- Bayern München-ALE: 5.
- Boca Juniors-ARG: 3.
- Bochum-ALE: 1.
- Botafogo: 27.
- Central-PE: 1.
- Cerro Porteño-PAR: 1.
- Chelsea-ING: 4.
- Chile: 2.
- Colo Colo-CHI: 1.
- Companhia de Gás: 1.
- Coréia do Norte: 1.
- Corinthians: 11.
- Coritiba: 2.
- Cruzeiro: 10.
- Deportivo Itália-VEN: 1.
- Dinamarca: 1.
- Emelec-EQU: 1.
- Espanha: 1.
- Estados Unidos: 3.
- Estudiantes-ARG: 1.
- Figueirense: 1.
- Flamengo: 41.
- Fluminense: 114.
- França: 3.
- Gana: 1.
- Goiás: 1.
- Grasshopper-Club-SUI: 1.
- Grêmio: 11.
- Guarani: 2.
- Gustavo Kuerten (Guga): 1.
- Haiti: 1.
- Holanda: 4.
- Hungria: 1.
- Inglaterra: 3.
- Internacional: 7.
- Internazionale Milano/ITA: 1.
- Ipatinga: 1.
- Itália: 1.
- John Isner: 1.
- Jorge Wilstermann-BOL: 1.
- Juventude: 1.
- Juventus-ITA: 1.
- LDU Quito-EQU: 4.
- Leicester City-ING: 1.
- Libertad-PAR: 2.
- Liverpool-ING: 1.
- Manchester United-ING: 4.
- Michael Russell: 1.
- Náutico: 1.
- Nicolas Mahut: 1.
- Novak Djokovic: 2.
- Olaria: 1.
- Palmeiras: 9.
- Paraguai: 1.
- Peñarol-URU: 2.
- Portugal: 1.
- Racca Rovers-NGA: 1.
- Rafael Nadal: 2.
- Real Madrid-ESP: 1.
- River Plate-ARG: 1.
- Robin Soderling: 1.
- Roger Federer: 3.
- Rosário Central-ARG: 1.
- Santa Cruz: 1.
- Santo André: 2.
- Santos: 15.
- São Paulo: 9.
- São Paulo Railway: 1.
- Seleção Brasileira: 20.
- Serrano: 1.
- Sport Recife: 2.
- Sporting Lisboa: 1.
- Springboks (Rúgbi - África do Sul): 1.
- Universidad de Chile: 2.
- Universidad Católica-CHI: 1.
- Uruguai: 4.
- Vasco: 19.
- Venezuela: 1.
- Vitória-BA: 2.
- Volta Redonda: 2.
- Watford-ING: 1.
- Tcheco-Eslováquia: 1.

PC

Jornalismo - o diploma é necessário?

Amigos, a crônica de hoje não é sobre esportes. De vez em quando, algum leitor sugere que eu escreva sobre outros temas. Recentemente, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, por 8 votos a 1. Bom, considero o assunto interessante, e por isso resolvi escrever sobre ele. Meu intuito é abrir o debate: não sou dono da verdade absoluta, apenas tenho a minha opinião sobre o assunto, e vou expô-la aqui. O tema não é tão fora de escopo, afinal o Jornalismo está até no nome deste espaço. (risos)

Antes de começar, cabe ressaltar que a decisão do STF não altera nada na prática, uma vez que uma liminar de 2006 já garantia aos não-diplomados o direito de exercer a profissão de jornalista. Portanto, a decisão do tribunal apenas ratifica algo que já era realidade.

Concordo com a decisão do Supremo: não considero necessário um diploma de ensino superior em Jornalismo para o exercício da profissão. Amigos, reparem que eu não estou escrevendo aqui que o curso de Jornalismo é inútil. Diversos assuntos são (ou deveriam ser) ensinados nesse curso: por exemplo, técnicas de escrita, oratória e reportagem. Acho que as pessoas podem aprender essas técnicas sem a necessidade de freqüentar a faculdade. Eu mesmo nunca assisti a uma aula de Comunicação Social, mas possuo habilidade de escrita pelo menos suficiente para escrever em um jornal. Porém, isto não quer dizer que o curso de Jornalismo não seja útil. Estudantes podem - e devem - aprender a escrever bem na universidade.

Portanto, não é a utilidade do curso de Jornalismo que está sendo negada: é a necessidade do diploma para exercer a profissão. Na minha humilde opinião, a exigência do diploma contraria o princípio da liberdade de expressão, garantido no Brasil pela famosa Constituição de 1988.

Países desenvolvidos (pelas minhas pesquisas, pelo menos Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão, Polônia, Suécia e Suíça) também permitem que não-diplomados exerçam a profissão de jornalista. Não é à toa: exigir o diploma significa impossibilitar a maior parcela da população de expor a sua opinião. Ou, em outras palavras: cercear a liberdade de expressão do povo.

Não gosto de comentar sobre algo que não vivencio de perto, mas vou fazê-lo baseado na opinião de amigos nos quais confio: os cursos superiores de jornalismo no Brasil são, em sua maioria, grandes fábricas de diplomas. Nesse aspecto, a decisão do STF será extremamente benéfica. Explico: os nossos cursos terão que ser um diferencial na formação dos profissionais, exatamente como o são nos países citados acima. Isto significa que, já no curto prazo, haverá uma melhora no ensino. Está aí mais um efeito benéfico da atitude do tribunal.

Aliás, estou muito bem acompanhado nessa opinião. Amigos, vejam o que disse Philip Meyer, professor de Jornalismo da University of North Carolina at Chapel Hill e autor dos livros Precision Journalism e The Vanishing Newspaper:

“O primeiro problema para o jornalismo de precisão no Brasil será superar um sistema muito rígido que é feito para resistir à inovação. A maior barreira que vejo, de minha perspectiva norte-americana, é a lei que exige que os jornalistas sejam formados em escolas de jornalismo. Essa lei dá às escolas um mercado garantido e as priva do incentivo de fazer melhor as coisas. Sem a lei, as escolas teriam que visivelmente adicionar valor às habilidades existentes de seus estudantes para que pudessem sobreviver. Uma escola profissional deve ser a fonte da inovação e do desenvolvimento para a profissão a que serve. Mas, com um mercado cativo, não há necessidade de que ela faça nada além de assinar certificados de conclusão”.

Com esta contundente opinião de especialista, encerro minha crônica, e abro o debate nos comentários. Lembro que todos têm voz aqui, desde que haja tratamento respeitoso. Também apreciaria comentários sobre o texto em si. Obrigado pela atenção.

PC

Golaço do dia #12 - Nilmar



Atleta: Nilmar Honorato da Silva.
Nascimento: 14/07/1984, em Bandeirantes/PR.
Clube: Internacional/RS.
Jogo: Juventude 3 x 3 Internacional (Campeonato Gaúcho de 2009).
Cronometragem: 28 minutos do primeiro tempo.
Local: Estádio Alfredo Jaconi, Caxias do Sul/RS.
Data: 28/03/2009.
Descrição: chapeuzinho e chute de primeira.

PC

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tricampeões da Copa das Confederações

Amigos, era exatamente disso que o escrete estava precisando: uma vitória suada, um triunfo épico, uma virada dramática.

Houve, durante os noventa minutos, um suspense mortal. Os Estados Unidos fizeram 1 a 0, e depois fizeram 2 a 0. Eu assisti ao jogo em um boteco, rodeado por anônimos como eu. Ainda bem que eu não estava ao lado dos cronistas esportivos da nossa imprensa. Tenho certeza que, quando saiu o segundo gol americano, eles começaram a babar bovinamente. Já estavam espumando para ter a chance de voltar a esculhambar Dunga e a Seleção.

Mas veio o segundo tempo e trouxe com ele a virada, a doce e santa virada. Luís Fabiano, de novo ele, foi o grande nome. Seu primeiro gol foi uma obra de arte. Se fosse um filme, ganharia o Oscar. Se fosse um quadro, estaria exposto no Museu do Louvre. O chutaço de canhota é futebol, e por isso está eternamente gravado nas nossas retinas. O segundo gol não foi apenas a cabeçada do Luís Fabiano. Fomos 180 milhões a cabecear aquela bola junto com ele. Convenhamos que, contra toda a multidão tupiniquim, o goleiro Howard nada pôde fazer.

O terceiro e decisivo gol foi, e só poderia ter sido, do capitão Lúcio. O zagueiro subiu na área e desferiu a cabeçada fatal: outro golaço autêntico. Brasil 3 a 2. Conforme escrevi aqui outro dia, Lúcio está conseguindo aliar sua tradicional garra a uma surpreendente técnica. Outro dia, ele deu uma de ponta-esquerda, e saiu driblando joões, feito Garrincha. É por isso que eu digo: o Lúcio mereceu, mais do que todos, marcar o tento do título.

Ainda tivemos que jogar contra o juiz, amigos. O larápio nos garfou o gol de Kaká como bandido rouba doce de criancinha. Mas isso não importa mais, afinal somos os tricampeões da Copa das Confederações. Os leitores mais antigos são testemunhas de que sempre apoiei o trabalho de Dunga. E o tricampeonato mostra que a Seleção está mesmo no caminho certo.

Daqui a um ano, voltaremos à África do Sul. E então 180 milhões de corações brasileiros empurrarão o escrete para a glória do hexacampeonato mundial.

PC

Capa do livro do Pitanga

Acima está, em primeira mão, a bonita capa do livro "Fluminense meu Eterno Amor", do grande Marcelo Pitanga, que será lançado amanhã, em Niterói.

Se o leitor quiser saber mais detalhes sobre o livro e o autor, basta ler a crônica Amor pelo Fluminense.

Repito abaixo as informações sobre os três eventos de lançamento:
- terça-feira, 30/06, 19:00, Devassa de Niterói (Praia de São Francisco, 185 - Niterói - RJ).
- sexta-feira, 03/07, 16:00, Rua Min. Otávio Kelly, 221 - Salão de Festas - Icaraí - Niterói - RJ.
- segunda-feira, 06/07, 16:00, Restaurante The Food's - Rio Design (Av. Afrânio de Melo Franco - Leblon - Rio de Janeiro - RJ).

Imperdível!

Saudações Tricolores!
PC

Golaço do dia #11 - Romário


Atleta: Romário de Souza Faria.
Nascimento: 29/01/1966, Rio de Janeiro/RJ.
Clube: Barcelona (Espanha).
Jogo: Barcelona 5 x 3 Atlético de Madrid (Campeonato Espanhol).
Local: Camp Nou (Barcelona, Espanha).
Data: 12/03/1994.
Assistência: Josep Guardiola.
Cronometragem: 12 minutos do primeiro tempo.
Comentário: um dos mais belos de seus 1002 gols. Chute por cobertura, categoria inexcedível, finalização milimetricamente precisa. Verdadeira obra de arte. No jogo, ele fez mais dois gols.

Agradecimentos aos leitores Pedro Henrique Silva e Tadeu Nagashima Ferreira, que ajudaram a identificar as informações sobre o gol.

PC

Os personagens do Fla-Flu

Amigos, costumo iniciar as crônicas de empates com o tradicional discurso de que o empate é na verdade a derrota mútua das duas equipes. E pior ainda que o empate em si é o zero a zero: o placar virgem é a derrota até do público, que deveria receber o dinheiro de volta. Pois bem, o Fla-Flu de ontem terminou 0 x 0.

Mas, apesar do resultado melancólico, que afunda Fluminense e Flamengo na tabela de classificação, o jogo foi muito bom. Os 43 mil presentes assistiram a uma batalha cheia de alternativas. Tanto Flu quanto Fla - mais o Tricolor que o Rubro-Negro - tiveram muitas chances claras de gol. Todas desperdiçadas, o placar de zero a zero não me deixa mentir.

Pelo Flamengo, a melhor oportunidade foi de Adriano, no minuto derradeiro do confronto. Bom, quem lê as minhas crônicas sabe que o último minuto é doce, santo, e acima de tudo tricolor. Estava escrito há seis mil anos que aquele chute do Imperador não arrombaria a meta de Ricardo Berna. Sim, amigos, já estava escrito. É o destino. Nada, absolutamente nada, poderia mudar a trajetória daquela bola. Nem mesmo o próprio Sobrenatural de Almeida em pessoa poderia fazer aquele chute estufar as redes tricolores. Amém.

O Fluminense foi muito envolvente no primeiro tempo. Com marcação cerrada, e toque de bola rápido, dominou, cercou e acuou o Flamengo. Conca, Thiago Neves e Fred apareceram algumas vezes em boas condições de marcar o gol, mas acabaram por desperdiçar todas as oportunidades. As cobranças de falta - aliás, como batem os times de Cuca! - ou pararam na barreira, ou não acertaram a meta rubro-negra.

Os leitores devem estar se perguntando ansiosos: e o personagem do Fla-Flu? Pensei em catá-lo entre os 22 jogadores, ou entre os reservas, ou no trio de arbitragem (que teve atuação lamentável, invertendo faltas, escanteios e até mesmo laterais). Porém, o jogo foi zero a zero, de modo que ninguém em campo mereceu a ilustre indicação.

Lembrei agora que ainda houve outro momento de perigo rubro-negro: a cobrança de falta de Bruno, que passou muito perto do gol. Pela primeira vez num jogo tenso e dramático, vi o Bruno ir lá na frente bater uma falta. Parabéns ao arqueiro rubro-negro pela coragem. Porém, esse lance mostrou um absurdo do clássico: os gandulas, personagens geralmente esquecidos, desimportantes, quase inúteis, viraram os heróis do Flamengo. Explico: a meta de Bruno estava vazia, abandonada, escancarada para os atacantes tricolores. E o que fizeram os gandulas? Esconderam todas as bolas, para que o Fluminense não pudesse recomeçar o jogo com Bruno fora do gol.

Pronto, achei os personagens do Fla-Flu: são eles, os gandulas. Ontem, eles conseguiram sair do anonimato e da mediocridade de sua reles função. Tiveram participação vital no Fla-Flu, pois impediram a vitória tricolor. Não sei os nomes de nenhum deles, e provavelmente nunca saberei. Mas são eles, os gandulas, os ilustres personagens do Fla-Flu.

PC

Melhores momentos:

domingo, 28 de junho de 2009

Golaço do dia #10 - Best



Atleta: George Best.
Nascimento: 22/05/1946, em Belfast (Irlanda do Norte).
Falecimento: 25/11/2005, em Londres (Inglaterra).
Clube: San Jose Earthquakes (EUA).
Ano: 1981.
Jogo: ???.
Curiosidades:
- Best é considerado por muitos o maior jogador britânico de todos os tempos. Uma pena que tenha sido derrotado pelo vício em bebida.
- o genial atacante não chegou a disputar uma Copa do Mundo. Em 1966, esteve perto, mas um empate contra a inexpressiva Albânia eliminou a Irlanda do Norte na última rodada das eliminatórias.
- após uma exibição sensacional pela Liga dos Campeões de 1966 (Manchester United 5 x 1 Benfica, no Estádio da Luz, com três gols dele), George Best foi apelidado de "O Quinto Beatle".
- mesmo sem ser centroavante, Best foi o artilheiro do Manchester United por seis temporadas seguidas.
- George Best é famoso também por suas frases de efeito. Algumas delas:
-- "A dor é temporária; a glória é eterna."
-- "I used to go missing quite a lot... Miss Canada, Miss United Kingdom, Miss World." (não pude traduzir para não tirar a graça do trocadilho)
-- "Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros. O resto eu desperdicei."
-- "Em 1969, abandonei as mulheres e o álcool. Foram os 20 piores minutos da minha vida."
-- "Odeio táticas, elas me aborrecem. O que me importa são meus dribles, chego a sonhar com eles."
-- "Se eu tivesse nascido feio, você nunca teria ouvido falar de Pelé."
-- "Intervalo!" (respondendo à pergunta "Qual o menor tempo da sua vida transcorrido entre fazer sexo e o começo de um jogo?").
-- "David Beckham não chuta com a esquerda, não sabe cabecear, não sabe driblar e não marca muitos gols; fora isso, ele é bom."
-- "Eu daria todo o champagne que bebi na vida para jogar uma grande partida européia ao lado do Eric Cantona em Old Trafford."
-- "Este foi o último brinde de minha vida." (ao receber, no leito em que morreria, uma carta assinada "Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé").
-- "Não morra como eu." (mensagem abaixo de fotografia sua em estado terminal, que ele permitiu tirar, no quarto de hospital em que morreria cinco dias depois)

PC (com contribuição do amigo Tadeu N. Ferreira)