Amigos, na última resenha apresentei a vocês Samarone, o papagaio que recita o hino do Fluminense. Expliquei também que o louro não fala quando lhe pedem, e sim quando menos se espera, mas então o faz com uma sabedoria e um uso da razão incomuns nos seres humanos.
Repeti a apresentação do louro por um motivo: hoje cedo ele desandou a falar sobre seu assunto favorito. (E não se enganem: Samarone adora discutir sobre a literatura de García Márquez e Vargas Llosa, mas seu assunto favorito é mesmo o Fluminense.)
Ele não se esquece de Darío Conca (convenhamos, é difícil mesmo esquecer o argentino). Entretanto, o louro focou suas críticas em outros pontos. Por exemplo, descompôs Abel Braga, vociferando contra as ausências de Martinuccio e Ciro no onze titular. Também teceu críticas ao presidente Peter Siemsen, que ainda não havia vencido um clássico sequer em sua administração. Demonstrou também tristeza pela ausência da torcida, e saudade do Maracanã. (Ainda me lembro do dia em que o levei para conhecer o Maracanã. Ele também não se esquece daquela cálida tarde dominical.)
Confesso que a conversa matinal com o louro me deixou pessimista para o clássico. Cheguei ao Engenhão sob uma atra nuvem de desânimo: pressentia a derrota tricolor. O tropeço do Fluminense me parecia uma verdade escrita desde antes do dilúvio.
Já no segundo tempo, Souza (que não é o Pelé) cobrou escanteio da esquerda, e Fred cabeceou para o gol: Fluminense 1 a 0. Por um minuto, cheguei a achar que meu pessimismo não se justificava. Só por um minuto: foi o tempo que o Botafogo levou para empatar, com Elkeson rabiscando a área tricolor, sem ser incomodado.
A virada alvinegra veio em contra-ataque puxado por Loco Abreu e finalizado por Lucas, em chute cruzado. Botafogo 2, Fluminense 1, placar final. Após as 19 rodadas do primeiro turno, o atual campeão brasileiro soma 8 vitórias, 1 empate e 10 derrotas: parece estar no certame a passeio.
O louro já me pediu para reler "O amor nos tempos do cólera". Por algum tempo, ele não quer mais se estressar com o Fluminense.
PC
Fomos um bando. Aliás, estamos um bando.
ResponderExcluirMuita coisa errada. O melhor seria pedir o boné e ir embora. Foi legal, não deu, deixa pra uma próxima. Até mais, Abel!
Ver Márcio Rosário na zaga do adversário deve ser uma alegria e tanto para qualquer um.
ResponderExcluirO primeiro gol do Botafogo foi um presente de Márcio Rosário. Uma falha bisonha, inacreditável, sei lá, haja adjetivo!
Ele é um cara esforçado, não se pode negar. Foi até um pouco comovente o close da câmera ao término da partida. Sua revolta transparecia culpa pela derrota.
Não podemos culpá-lo. Ele faz o que pode, mas sabemos de suas limitações.
Podemos culpar sim, quem indica a contratação (Abel), quem escala (Abel de novo) e quem contrata (Peter ou Celso, já nem sei mais! Em meio a tantos jogadores da unimed e do clube fica difícil saber quem é de quem!)
O Sóbis devia estar suspenso ou machucado (senão o Abel teria colocado ele no jogo). Martinuccio e Ciro entraram, na fogueira, claro! Parece que o Abel só faz alterações quando o time está perdendo. Aí começa o festival de atacantes. Hoje, ele mandou um 4-1-1-4, lembrei dos longínquos tempos de FIFA International Soccer e FIFA 95 no saudoso Mega Drive.
Poucas vezes sou favorável a troca de treinador. Mas acho que o tempo no Oriente Médio não fez bem a ele. Talvez fosse bom pra todo mundo que ele pedisse o boné (como disse o André) para rever conceitos.
ResponderExcluirDestaco a atuação de Edinho, lutou muito e fez o que sabe muito bem.
Carlinhos teve atuação ridícula, noite pra esquecer.
Tá foda gente, se não tivesse assinado o PFC da NET, eu não iria mais assistyir aos jogs, só decepção. Tô meio sem tesão de assistir, aliás, sem tesão está o nosso time. Time? Que time?
ResponderExcluirRamón, o Márcio Rosário foi um dos piores zagueiros que já vi jogar no Botafogo.
ResponderExcluirEsqueci de comentar sobre o lance do segundo gol do Bota. Repito aqui parte do comentário que fiz no blog de outro PC:
ResponderExcluirSem querer desmerecer o lance do segundo gol, mas deixar um jogador grandalhão correr o campo inteiro sem ser incomodado é demonstrativo de um grau de desarranjo tático que eu julgava (até ontem) não ser possível.
E o Fred fez gol...
ResponderExcluirPois é, Minoru...idem pra mim.
ResponderExcluirFalando ainda das causas do segundo gol do Botafogo. Por que o Márcio Rosário sobe em cobranças de escanteio? Vcs já viram o cara levar perigo na área? Na nossa todo mundo viu, mas na do adversário, alguém já viu?
Fred jogou borra, né, Big? Fez o gol porque estava desmarcado e a bola foi na cabecinha dele (no bom sentido, é claro).
E a tal proposta da Turquia? Vai ou não vai?
Uma pergunta: pq arbitragem local em clássicos no Campeonato Brasileiro?! Isso não faz sentido, estes caras já vem desgastados dos campeonatos estudais.
ResponderExcluirO centro-avante da gávea perderia um gol daqueles....rs.
ResponderExcluirBig,
ResponderExcluirTambém sou contra a escolha de arbitragem local nos jogos do Brasileirão.
No Rio Grande do Sul apitou o Grenal o "estrangeiro" Marcelo de Lima Henrique...
Um gaúcho diria que vc errou ao colocar as aspas, senhor Paulo Cezar...
ResponderExcluirTbm concordo com o Big. Não agüento as arbitragens dos membros da FERJ!
No Rio de Janeiro então é ridículo.
ResponderExcluirJá existe uma LINHAGEM de árbitros notoriamente rubro-negros. De Wright a Lima Henrique... dá até livro essa história...
Acho que seria bacana os árbitros daqui apitar em outros países da América do Sul e árbitros de fora apitando aqui. O que vocês acham sobre isso?!
ResponderExcluirBig,
ResponderExcluirEu gosto da ideia de árbitros estrangeiros aqui, sim. Os dois Fla-Flus com melhor arbitragem recentemente foram os dois pela Copa Sul-Americana de 2009, apitados exatamente por gringos.
Mas nunca dê essa sugestão a um torcedor da Portuguesa.
Quando adotaram essa ideia no Campeonato Paulista, o argentino Javier Castrilli roubou tanto a Lusa que nego até desconfiou que o Corinthians possuía origens portenhas...
Adoraria ver árbitros estrangeiros apitando os jogos daqui. Ia acabar com a frescura dos cai-cais Brasil afora: Neymar, Herrera, Juan, etc.
ResponderExcluirMas ninguém me respondeu: por que o Márcio Rosário sobe nas cobranças de escanteio? Será que é porque ele leva menos perigo (pra gente) lá no ataque do que na defesa?
Ele não é de todo ruim.
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