Amigos, hoje veio da Turquia uma notícia surpreendente: o Fenerbahçe, atual campeão da Süper Lig, a primeira divisão turca, fez um pedido oficial à Federação para jogar a segunda divisão na próxima temporada.
O motivo é o escândalo de manipulação de resultados que abalou o último Campeonato Turco. Segundo a Polícia de Istanbul, 19 jogos tiveram seus resultados arranjados, e mais de 30 pessoas estariam envolvidas, entre jogadores e dirigentes (o presidente do Fenerbahçe e mais quatro dirigentes do clube estão presos). A Federação Turca já havia indicado o vice-campeão Trabzonspor para a disputa da Liga dos Campeões da Europa, no lugar do Fenerbahçe; entretanto, não havia punido o clube na competição local.
A atitude do Fenerbahçe é digna de muitos aplausos. Mas não é inédita na história do futebol, pelo menos em sua essência de espírito esportivo.
No longínquo e já centenário 1909, em Portugal, o Benfica venceu seu rival Sporting por 2 a 1, através de um pênalti muito polêmico, assinalado pelo árbitro de nacionalidade inglesa. O Sporting protestou, e o Benfica solicitou à Liga a anulação do jogo. O pedido foi negado.
Em 1921, no Rio de Janeiro, o Fluminense, na época disparado o maior vencedor do Campeonato Carioca, terminou a competição no último lugar. O regulamento previa que se disputasse uma repescagem contra o vencedor da Segunda Divisão, a fim de definir qual clube jogaria a Primeira Divisão no ano seguinte. Os outros clubes propuseram que o Fluminense fosse mantido, levando-se em consideração toda a sua importância para o Campeonato. O Tricolor, no entanto, fez questão de disputar a repescagem prevista. No dia 15 de outubro, no campo neutro de General Severiano, o Fluminense venceu o Vila Isabel por 3 a 1, com dois gols de Welfare e um de Machado. Conquistou assim, no campo, o direito de permanecer na Primeira Divisão.
Em 1927, novamente o Fluminense demonstrou seu espírito esportivo. Vencedor do Torneio Início do Rio de Janeiro, descobriu posteriormente que havia realizado a substituição de dois atletas de um jogo para o outro, o que era vetado pelo regulamento. Sem que nenhum outro clube se manifestasse a respeito, o Tricolor pediu à Liga a anulação do torneio, e devolveu a taça (
detalhes aqui).
Uma pena que esses belos exemplos de esportividade sejam tão raros nos dias de hoje...
PC
Se o Flamengo fosse devolver todas as gentilezas que lhe foram concedidas ao longo da história, sentir-se-ia impedido de jogar com os peladeiros daqui da rua.
ResponderExcluirJá enviou essa matéria para o ricardo teixeira?
ResponderExcluirInteressante é que quando veem falar de virada de mesa miram logo no Fluminense e não mostram a história como ela é.
ResponderExcluirAcho que quem gosta de futebol acaba admirando atitudes como estas e da valor a rica história dos grandes clubes do mundo.
Por ai.
Hermê, a CBF (sob outra presidência, claro) teria que criar a 11ª divisão para o Flamengo e o Corínthians jogarem só eles.
ResponderExcluirOu então, desistiriam logo da CBF e criariam a LFR. (Liga de Futebol de Rua)
Seria a primeira vez que a Globo passaria futebol de rua na TV.
Imaginem:
- Lá vai Ronaldinho Gaucho - que personalidade!! Que categoria!! Aos 40 anos ainda jogando o seu melhor futebol. - Você viu, Junior, como ele impediu que a bola caísse na casa nº 34 com um simples toque na bola?
- Hein?!!?
- Junior?!?! Dormiu de novo. Mas Casão, você reparou que quando jogaram água da janela do quinto andar daquele prédio que fica em frente ao paralelepípedo que faz a trave do gol à esquerda, o Leo Moura ainda mostrou agilidade para impedir que molhasse seu penteado moicano?
- (funga-funga) Claro que ví. E você reparou que quando o cachorro da rua de trás apareceu e pegou a bola, o Willians roubou a bola e saiu jogando?
- Não é à toa que o Willians ainda é o maior ladrão de bolas das ruas.
Obs. O Futuro não é tão promissor...
Mauro Axlace.
Aqipossa.