Público e renda do Fluminense no Brasileirão - comparação com anos anteriores

Abaixo está uma ótima pesquisa realizada pelo amigo Leonardo Leite. Um estudo de público, renda e preço dos ingressos das partidas do Fluminense em Campeonatos Brasileiros, desde a adoção da fórmula de pontos corridos, em 2003.

Público total nas seis primeiras rodadas em casa, desconsiderando os clássicos:

2010 - 193.861

2006 - 93.880

2005 - 84.570

2007 - 80.877

2009 - 73.519

2008 - 69.742

2011 - 43.026

2004 - 40.879

2003 - 38.115

Preço médio do ingresso nas seis primeira rodadas em casa, desconsiderando os clássicos:

2011 - R$ 19,35

2010 - R$ 17,54

2009 - R$ 13,16

2004 - R$ 11,67

2008 - R$ 10,96

2003 - R$ 9,67

2005 - R$ 8,81

2006 - R$ 7,57

2007 - R$ 7,47

Renda nas seis primeiras rodadas em casa, desconsiderando os clássicos:

2010 - R$ 3.400.200,00

2009 - R$ 967.408,50

2011 - R$ 832.580,00

2008 - R$ 764.257,50

2005 - R$ 745.334,00

2006 - R$ 710.531,00

2007 - R$ 603.885,00

2004 - R$ 477.198,50

2003 - R$ 368.649,00

Algumas observações de minha autoria:

- o preço médio dos ingressos aumenta desde 2007, e aumenta muito acima da inflação. Vejam a progressão: 7,47 - 10,96 - 13,16 - 17,54 - 19,35. Em quatro anos, um bizarro aumento de 159%.

- os números de 2011 certamente são afetados pelo "fator Engenhão". Nos outros anos, à exceção de 2005, o Fluminense mandou seus primeiros jogos quase sempre no Maracanã, sua casa tradicional.

- no entanto, o atual fracasso de público não se deve unicamente ao "fator Engenhão". A alta correlação entre preço alto e público baixo não é mera coincidência.

- se a diretoria tricolor deseja trazer de volta a torcida, precisa modificar o único fator que está sob seu controle nessa situação: o preço do ingresso.

- conforme já visto aqui, o ingresso tricolor está entre os cinco mais caros do Campeonato. Somem a isso o desmanche do time campeão, o "fator Engenhão" e um plano de associação mal feito, e o fracasso de público era mesmo previsível.

PC