quarta-feira, 29 de julho de 2009

Recordar é viver - Fluminense 1, Palmeiras 0

Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 1970.

Amigos, começou o quadrangular final do Campeonato Brasileiro, e começou muito bem: Fluminense 1 x 0 Palmeiras! Com o empate no clássico do Mineirão (Cruzeiro 1 x 1 Atlético), o Fluminense já assume a liderança. E a Taça de Prata começa a sorrir, com a encantadora possibilidade de envelhecer eternamente na Rua Álvaro Chaves.

E foi uma grande vitória do Fluminense. Primeiro, aconteceu a tempestade de bandeiras e de pó-de-arroz. Mais de 50 mil tricolores coloriam as arquibancadas, cadeiras e gerais de verde, branco e grená. O Maracanã estava simplesmente deslumbrante.

E o que dizer da escalação tricolor, anunciada pelos alto-falantes? Amigos, é de fazer estremecer qualquer adversário. Já começa com Félix, o goleiro do escrete que assombrou o mundo em junho, no México. Desde o tri, Félix ganhou muito respeito. Quem o acusava de frangueiro, não mais o faz. E o que dizer da linha à frente do arqueiro? Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio! Um colossal arrepio toma conta de mim ao ouvir esses quatro nomes. Reparem na presença de Marco Antônio na lateral-esquerda: ali está outro herói do tri, a apavorar os adversários.

Vejamos nossos dois homens do meio-campo: Denílson e Didi. Ano passado, Denílson voltou a ser o "Rei Zulu", um dos melhores jogadores brasileiros de defesa. Já Didi tem nome de craque, e hoje parecia inspirado mesmo pelo eterno Waldyr Pereira, tamanha a elegância com que se portava em campo.

A escalação pó-de-arroz termina com um ataque avassalador: Cafuringa, Mickey, Samarone e Lula! Cafuringa é um ponta-direita e tanto. Acusam-no de não marcar gols, mas ele usa os seus dribles para destruir as defesas rivais, abrindo o caminho para os gols dos companheiros. Sobre Mickey eu falo daqui a pouco. Sobre Samarone, basta dizer seu apelido: "Pelé branco". Não é necessário continuar descrevendo o craque. O pernambucano Lula na ponta-esquerda, com sua capacidade goleadora, também assusta qualquer defesa.

Deixei Mickey para o final, e há um glorioso motivo para isso: ele é o meu personagem do domingo. Foi dele o gol que garantiu a doce e santa vitória que nos catapulta para a liderança. Domingo que vem, seremos campeões brasileiros, diante do Atlético no Maracanã. E Adalberto Kretzer, o Mickey, será novamente o nosso grande herói. Está escrito há seis mil anos que a Taça de Prata de 1970 é nossa. Faltam dois jogos para o título.

PC

3 comentários:

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  2. É amigo...na atual situação o lance mesmo é recordar né...a situação tá "braba"

    bjs

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  3. O time do campo é reflexo do time que administra o clube.
    Parabéns e obrigado aos nossos competentes dirigentes de outrora pelas glórias do passado.

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