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Recorte do jornal "A Última Hora". |
Rio de Janeiro, 17 de julho de 1952.
Amigos, a batalha contra os campeões suíços foi nosso segundo jogo e nossa primeira vitória! Voltou o campeão carioca ao Maracanã para enfrentar o Grasshopper-Club de Zurique e viver outro drama intenso. Encontrando a mesma dificuldade que havia encontrado o Peñarol para romper o ferrôlho suíço, o Fluminense não conseguiu nada no primeiro tempo, que terminou 0 x 0. E na segunda fase, somente quando faltavam doze minutos para findar a luta, foi que marcou o gol da vitória. Já no Pacaembu, o Corinthians voltou a marcar um triunfo fácil, abatendo o Libertad, pela ampla vantagem de 6 x 0. [1]
Exaltemos o grande herói do triunfo: Mário Pedro, ou simplesmente Marinho. Seu tento foi importantíssimo, pois mantém as esperanças tricolores na Copa Rio. É bem verdade que ainda estamos atrás do Peñarol, que venceu seus dois jogos (1 a 0 no Grasshopper-Club e 3 a 1 no Sporting Lisboa). Porém, basta-nos a vitória diante dos uruguaios, na próxima batalha, para terminarmos em primeiro do grupo.
Outro personagem importante foi Castilho: a defesa do pênalti cobrado por Alfred Bickel foi épica. Não restam dúvidas: é o melhor goleiro brasileiro hoje.
O público foi um pouco decepcionante: apenas cerca de 20.000 pessoas acompanharam o match no Maracanã. Porém, há justificativa: o povo pó-de-arroz está guardando seus níqueis para o próximo confronto. O Fluminense enfrentará o campeão uruguaio Peñarol, com Ghiggia, Schiaffino e meio escrete celeste. Ainda não engolimos o Maracanazo de dois anos atrás. Domingo (20), os tricolores vivos, doentes e mortos se unirão nas arquibancadas, gerais e cadeiras do Maior do Mundo: vamos nos vingar de 1950.
PC
Ficha técnica: Fluminense 1 x 0 Grasshopper-Club
Data: 17/07/1952.
Local: Maracanã, Rio de Janeiro.
Fluminense: Castilho; Píndaro e Pinheiro; Jair, Édson e Bigode; Lino (Telê), Didi, Marinho, Orlando Pingo de Ouro (Villalobos) e Róbson. Técnico: Zezé Moreira.
Grasshopper-Club: Thomas Preiss; Willy Neukom e René Kern; Gaston Vonlanthen I, Paul Bouvard (Frosio) e Aldo Zappia; Alfred Bickel, Hans Hagen, Ivo Frosio (Werner Hüssy I), Roger Vonlanthen II (René Hüssy II) e Robert Ballaman. Técnico: Willi Treml (alemão).
Árbitro: Arnoud Galbert (França).
Público pagante: 10.998.
Público presente: 19.703.
Renda: CR$ 315.355,70.
Gol: Marinho, aos 33 minutos do segundo tempo.
Foto do livro de registros do Fluminense, na página do jogo contra o Grasshopper-Club.
Fontes de pesquisa:
[1] Anuário do Esporte Ilustrado 1953.
[2] Livro "Fluminense Football Club, Histórias, Conquistas e Glórias no Futebol" (Antonio Carlos).
[3] Pesquisas de Alexandre Magno Barreto Berwanger
[1] [2].
[4]
Wikipedia.
[5]
Flumania.
[6]
Estatísticas Fluminense.
Jogo anterior do Fluminense na Copa Rio:
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ResponderExcluirhttp://bit.ly/r4wEK
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Antes que apareça aqui alguém desmerecer a conquista da Copa Rio, dizendo que a FIFA não reconhece o título e o blá-blá-blá de sempre:
A mim, não importa o reconhecimento da FIFA. Quem estudou a história do campeonato, sabe que foi o mais importante do mundo no ano.
A FIFA não reconhece o Intercontinental disputado no Japão, e os clubes se auto-proclamam campeões mundiais.
Por respeito à própria história, o Fluminense deveria fazer o mesmo com relação à Copa Rio de 1952.
Depois desse jogo o pessoal devia estar babando bovinamente de vontade de bater no Peñarol...
ResponderExcluirsereeeemos campeõõões o/
ResponderExcluirmuito legal revisitar os jogos do flu na copa rio, tão importante pro clube e tão desvalorizada por ele mesmo!
ResponderExcluirÉ verdade, beavis.
ResponderExcluirO Tricolor parece ter vergonha de ter vencido um torneio tão importante quanto a Copa Rio e parece querer esconder esse título.
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