O profissionalismo tem diretrizes seguras no Fluminense
(O Esporte, SP, 26/11/1941)
Dois homens dirigem o futebol
Um exemplo para os nossos clubes.
Não pretendemos ferir susceptibilidades de quem quer que seja. Não visamos nestes comentários apontar qualquer de nossas agremiações. E sabem porque? Porque todas elas deviam nortear-se pelo modo como é encarado o profissionalismo no Fluminense F.C.. E fazer a devida distinção entre o joio e o trigo. Em São Paulo, quantos clubes existem que possam se equiparar ao Fluminense? Existirá algum? Mormente no que se refere aos jogadores profissionais e aos seus deveres. E à maneira de trabalhar de todos os nossos técnicos, sempre debaixo de ordens de terceiros, na mor das vezes verdadeiros leigos na matéria? Duvidamos, francamente...
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Os trechos acima foram retirados fielmente de uma notícia de 1941, ano em que o Fluminense sagrou-se bicampeão carioca. Mais: dos últimos seis campeonatos, o tricolor havia levantado cinco. O domínio absoluto do futebol do Rio de Janeiro pertencia a Laranjeiras. Como aqui estavam os melhores times brasileiros na época, não é exagero afirmar que o Fluminense era o senhor do esporte bretão em solo tupiniquim.
A matéria ilustra como o Fluminense era o exemplo de organização e profissionalismo, até mesmo para a imprensa paulista. De acordo com o relato, simplesmente não havia clubes paulistas que pudessem se equiparar ao Tricolor.
É impressionante como, em seis décadas, os papéis se inverteram completamente. O exemplo a ser seguido não é mais o Fluminense. Muito pelo contrário, hoje o Tricolor é exatamente o exemplo do que não deve ser seguido. Se você lesse essa matéria em 2009, na Folha ou no Estadão, certamente a encararia como uma piada. Porém, para nós tricolores, a piada não tem graça nenhuma.
A leitura dessa notícia empoeirada nos traz dois sentimentos opostos. Primeiro, o de orgulho pela gloriosa história do Fluminense Football Club. Depois, a tristeza por termos mudado tanto, para tão pior.
Em 1941, o Fluminense já possuía o segredo do sucesso: profissionalismo. Que não era segredo algum. E que funcionaria até hoje, se não tivesse sido abandonado.
Que possamos ver o Tricolor ser exemplo de novo. É por isso que lutamos: as coisas como são. Ao Fluminense, o que lhe cabe.
O contraste é triste.
ResponderExcluira decadência moral é maior do que a administrativa, mas uma está diretamente ligada a outra. Portanto, a hora é de reestruturação administrativa para levantar a moral do tricolor. O vasco está fazendo isso, o flu pode fazer tb. As promessas tão decantadas de xerém pouco brilham no próprio clube. Em geral, se vão abntes de renderem os dividendos justos ao belo trabalho feito por lá, que rende muito mais frutos ao sr. Americo faria, sdabia disso? e o parreira tb leva o dele... mundo sujo e porco,mundo do futebol! grande texto, ótimo blog e parabéns! abs, leandro
ResponderExcluirO time citado, o do final da década de 30 e início da década de 40 era com certeza o melhor do mundo, possivelmente o melhor da história do Fluminense. O time do campo é reflexo do time da diretoria.
ResponderExcluirComentário no site do Pavilhão Tricolor:
ResponderExcluir1 Sexta, 16 Outubro 2009 08:21 Ian
Muito grato por ter o prazer de ler uma notícia como essa.
Parabéns pela pesquisa.
S.T.
2 Sábado, 17 Outubro 2009 17:04 Zeca Pereira
ResponderExcluirPaulo Cezar,
Parabens pela pesquisa realizada.
A decadência do Fluminense precisa ser interrompida, estamos vivendo um momento crucial.