Amigos, ainda estão vivas em minha memória as doces lembranças da recente visita à úmida caverna, onde habita o barbudo Profeta, com sua bela manta branca.
Quando o Fluminense entrou no gramado do Estádio Olímpico João Havelange, havia uma única alternativa: vencer. Qualquer outro resultado significaria a eliminação precoce da Copa Libertadores. Para ajudar na missão, lá estavam treze mil torcedores. Ou melhor, lá estavam treze mil fanáticos, que subiram as rampas dispostos a morrer pelas três cores que contam a história do futebol brasileiro.
Um momento de distração de Digão aumentou o drama do Fluminense: Vicente Sánchez abriu o placar para os mexicanos, com os arcos tricolores escancarados à sua frente.
Imediatamente, os treze mil reagiram: "vamos virar, Nense!". E os onze responderam em campo, lançando-se ao ataque. Não demorou para que Darío Conca cruzasse na medida, e Gum empatasse de cabeça. E faltou pouco para a virada, ainda na etapa inicial.
É assim, entretanto, que termina o placar do primeiro tempo: 1 a 1.
Foi difícil o começo da etapa complementar: o Tricolor parecia exausto pela correria dos primeiros quarenta e cinco minutos. Os mexicanos pareciam ter mais fôlego. Os próprios treze mil nas arquibancadas tiveram seu momento de silêncio.
Lá pelos vinte e poucos do segundo tempo, um lance mudaria os rumos do match: Vicente Sánchez avança pela esquerda e cruza: a bola faz uma curva incrível, por cima de Ricardo Berna, e cai dentro da rede tricolor. Um gol de sorte, um gol que não era para ser gol, um gol que não poderia ser gol, um gol que não deveria ser gol. América 2 a 1.
Um clube comum estaria eliminado da Copa Libertadores.
Mas o Fluminense não é um clube comum.
Instantaneamente, os treze mil das arquibancadas começaram a entoar os cânticos de incentivo. Invocamos até João de Deus, nosso santo padroeiro.
Numa jogada pela direita, começou a brilhar a estrela de Deco: um cruzamento perfeito para Araújo, que empatou novamente.
Enderson Moreira, o treinador estreante do Fluminense, havia colocado em campo exatamente Deco e Araújo. A sorte estava, definitivamente, sorrindo para o Tricolor.
Na bola isolada para a frente, Fred desviou de cabeça na direção da área. Deco se antecipou ao zagueiro e, com um toque sutil, encobriu o goleiro. Eram decorridos quarenta e dois minutos do segundo tempo. E estava concretizada a épica virada do Fluminense: estamos vivos na Copa Libertadores.
Só nos resta constatar, novamente, o óbvio: o último minuto é doce, é santo, é tricolor.
Eu dizia no começo que fui visitar o Profeta, na úmida caverna que meu amigo habita. Por cima de sua longa barba branca, ele me garantiu a vitória contra os mexicanos. Amigos, parece que o Profeta está de volta, em sua máxima forma, em seu máximo esplendor.
Épico. Épico.
ResponderExcluir--
Outra coisa, acho que as organizadas deviam sempre ficar juntas e contando juntas.
[]'s
Finalmente o profeta voltou!
ResponderExcluirCara, se eu tivesse a oportuidade, perguntaria para ele o que ele acha dos assuntos que dominaram o Fluminense nessa atrablhoada semana.
Os Ratos seria um deles.
St, grande PC!
Se não for épico, não é Fluminense!
ResponderExcluirO que foi o 3-1-3-3 de Enderson? Sublime. Esse não tem medo de arriscar! Já sou seu fã! Abel que se cuide!
Que jogo do Deco! Que jogo!
Curtinhas , fatos:
ResponderExcluirJogol mal? Sim
Mereceu ganhar? Sim
Jogou menos feio que na era Muricy? Sim (muito menos)
Foi bem escalado? Sim
O juiz atrapalhou ?
PQP
Abs
Emocionante. Parece que tudo no Flu começa com os "13 mil de sempre"
ResponderExcluirSó não foi mais épico pq o resultado não eliminou alguém!
ResponderExcluirDeco não fez nada além do que se espera de um jogador como ele, ou seja: estreou, enfim, pelo Fluminense. Já era hora.
Gostei da ousadia do Enderson. Tá certo que o Flu tinha que ganhar de qualquer forma, mas depois do jogo fiquei me perguntando: "Será que o Muriçoca faria o mesmo?" Tenho cá minhas dúvidas.
ST!
Confesso, PC, berrei, xinguei, pulei e no final... chorei de emoção.
ResponderExcluirÉpico!
Os guerreiros voltaram!
ST!!!!!!!!!!!!!
Emocionante. Digno de choro de final de campeonato.
ResponderExcluirEstamos vivos!
Ainda não sabemos se essa partida poderá ser ou não o início de uma arrancada implacável - e, claro, esperamos que sim.
ResponderExcluirContudo, independentemente do que venha pela frente, ontem foi escrita mais uma página brilhante da bíblia TRIcolor. O tipo de partida da qual não se esquece, haja o que houver.
Nós estávamos lá.
E estaremos.
Braxxxx.
Fantástico, Paulo!
ResponderExcluirSe puder ler o meu, a família tricolor agradece:
www.pontape.net/fluminense
Jogo épico,
ResponderExcluirGravatinha 3, Sobrenatural de Almeida 2.
So tenho uma coisa pra falar, o Fluminense TOCOU bola!
ResponderExcluirST
Não sou tricolor, mas o Sobrenatural de Almeida empurrou o pé de Deco para que ele anotasse o tento da vitória. Merecida, diga-se de passagem.
ResponderExcluirSaudações!!!
Mais uma vez a censura da policia.
ResponderExcluirhttp://youtu.be/V_fcCR26Fq8
Citação deste texto no AQIPOSSA
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