Belo Horizonte, 16 de dezembro de 1970.
Amigos, o Fluminense está a um empate de conquistar o Campeonato Brasileiro de 1970. Tudo por causa do excelente resultado no Mineirão: ao vencer o Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes, o Tricolor definitivamente mostrou que merece a Taça de Prata.
Falei em Tostão, e cabe dizer: que partida realizou Tostão! Fez jogadas excelentes, tendo criado os melhores ataques do Cruzeiro. Somente um jogador foi melhor que Tostão hoje: o goleiro Félix, do Fluminense. O arqueiro da Seleção tricampeã salvou gols certos, passou muita tranquilidade aos companheiros e, acima de tudo, teve sorte. Por exemplo, o chute de Galhardo contra o patrimônio, após centro de Tostão: com sorte de leiteria, Félix viu a bola caprichosamente explodir na trave. Foi uma atuação memorável, que o próprio Castilho assinaria sem hesitar.
Outro tricolor teve papel importantíssimo no triunfo: Denilson, o "Rei Zulu", que voltou a ser um dos melhores meias do Brasil. Deu proteção aos zagueiros, combatendo com garra à frente da área, e muitas vezes propiciou boas jogadas ao ataque. O capitão Denilson foi um gigante.
O que dizer de
Mickey? Simples reserva de
Flávio, entrou nesta reta final com a difícil missão de substituir o artilheiro, lesionado.
Contra o Palmeiras, fez o gol da vitória, e mais nada. Contra o Cruzeiro, fez o gol da vitória, e mais nada. Mickey é um iluminado, um predestinado: as profecias mais antigas já colocavam seu nome no posto de herói da conquista. O chute do gol, após cruzamento rasteiro de
Lula, foi fraco, mas no cantinho, sem chances para o goleiro
Raul.
No dia 20, vivos e mortos inundarão o Maracanã, e verão Denilson levantar a Taça de Prata. O Brasil será finalmente tricolor.
PC
Ficha Técnica
16/12/1970 - Cruzeiro 0 x 1 Fluminense
Quadrangular Final do Campeonato Brasileiro de 1970.
Local: Mineirão (Belo Horizonte).
Público: 25.922.
Renda: Cr$ 127.688,00.
Cruzeiro: Raul; Lauro, Brito, Fontana (Darci Meneses, 6'/2T) e Vanderlei; Piazza (Palhinha, intervalo), Zé Carlos e Dirceu Lopes; Natal, Tostão e Rodrigues. Técnico: Hilton Chaves.
Fluminense: Félix; Oliveira, Galhardo, Assis e Marco Antônio (Toninho, intervalo); Denilson e Didi; Cafuringa, Mickey (Silveira, 33'/2T), Samarone e Lula. Técnico: Paulo Amaral.
Árbitro: Sebastião Rufino.
Gol: Mickey (36'/1T).
Expulsão: Samarone (28'/2T).
Fontes de pesquisa:
- Jornal do Brasil (edição de 17/12/1970).
- Acervo do Flumemória.
Rodriguinho será o Mickey deste campeonato, anotem ai.
ResponderExcluirFora, Washington!
ResponderExcluirFora, Rodriguinho!
Muricy, por que não escalar Tartá e Equi?
Belletti é sacanagem!