A respeito das constantes trocas de técnicos dos clubes cariocas, fiz há alguns meses os posts
"Tem como dar certo?", versões
Fluminense e
Vasco. Hoje, chegou a vez do Flamengo!
Voltemos a setembro de 2002: nesse mês, durante o Campeonato Brasileiro daquele ano, Evaristo de Macedo assumiu o comando do Flamengo, com o objetivo de livrar o rubro-negro do rebaixamento. Cumpriu a meta, mas não sobreviveu muito tempo no cargo: foi demitido em março de 2003, sendo substituído por Nelsinho Baptista. Menos de quatro meses depois, nova troca no comando: chegava à Gávea, em julho de 2003, Oswaldo de Oliveira. Três meses depois, Oswaldo não aguentou as pressões políticas da Gávea e pediu demissão, deixando seu irmão Waldemar Lemos no comando técnico, até o fim do ano. Não percam a conta: foram quatro treinadores em pouco mais de um ano.
Janeiro de 2004, chega à Gávea o experiente Abel Braga. Apesar da conquista do Campeonato Carioca, Abelão não resiste à perda da Copa do Brasil para o Santo André em pleno Maracanã. Já em julho, o rubro-negro tem novo treinador: Paulo César Gusmão. Cinco jogos depois, PC é demitido. Assume o comando técnico Ricardo Gomes, mas o ex-zagueiro do Fluminense dura apenas quinze jogos no cargo. No fim do ano, o tapa-buracos Andrade conduz o Flamengo nos últimos sete jogos. Assim, o rubro-negro fecha 2004 com mais quatro técnicos para a conta, totalizando oito desde setembro de 2002.
Janeiro de 2005, Júlio César Leal assume o cargo de técnico do Flamengo. Seis jogos depois, é demitido no vestiário do Maracanã, logo após sofrer uma virada para o Americano. Cuca é o nome da vez, mas cai em menos de dois meses. Para seu lugar, chega Celso Roth, que é demitido após vinte jogos. Andrade é novamente efetivado, mas dessa vez não dura até o fim do ano: Joel Santana chega para salvar o clube do rebaixamento no Brasileirão. Com 6 vitórias e 3 empates em 9 jogos, o Natalino consegue cumprir a meta. Estamos em dezembro de 2005, sem perder a conta: com mais cinco trocas de treinador, totalizamos treze desde setembro de 2002.
O Flamengo começa 2006 com o ídolo Adílio no comando. Duas derrotas são suficientes para que Valdir Espinosa seja contratado para seu lugar. O vitorioso treinador gaúcho tampouco consegue durar no cargo: ainda em março, é trocado por Waldemar Lemos (o irmão do Oswaldo). Waldemar conduz o rubro-negro à final da Copa do Brasil, mas nem assim consegue se manter no comando: é substituído por Ney Franco, técnico do Ipatinga. Com a conquista da Copa do Brasil de 2006 contra o Vasco, Ney ganhou fôlego e conseguiu uma proeza: ficou mais de um ano (!!!) no comando do Flamengo.
Com a campanha apenas razoável no Brasileirão de 2007, Ney foi trocado por Joel Santana, que conduziu uma arrancada que culminou com a conquista de uma vaga na Copa Libertadores de 2008. A boa campanha continuou em 2008, o Flamengo foi campeão carioca, e Joel foi chamado para treinar a Seleção da África do Sul. Em sua última partida, o rubro-negro é eliminado da Libertadores com uma vergonhosa derrota por 3 a 0 para o América do México, em pleno Maracanã. Caio Júnior chegou para substituir Joel, e ficou até dezembro de 2008. (atualizando a conta: dezenove treinadores entre 09/2002 e 12/2008)
Cuca volta à Gávea para a temporada de 2009, conquista o Campeonato Carioca, mas mesmo assim é demitido. Andrade reassume o time, consegue controlar o elenco cheio de atletas problemáticos e conquista o Campeonato Brasileiro após dezessete anos de espera. Na Libertadores de 2010, mesmo classificado para a segunda fase, Andrade é incrivelmente demitido. Rogério Lourenço assume como interino, é mantido no cargo, mas é eliminado da Libertadores e acaba não resistindo. Silas chega para seu lugar, e é demitido após dez jogos com apenas uma vitória. Vanderlei Luxemburgo será o 24º treinador rubro-negro em oito anos.
Tem como dar certo?
PC
Deu mais certo que a encomenda.
ResponderExcluirAssim fica difícil né PC.....
ResponderExcluirMas o problema relamente do futebol carioca esta na nossa cartolagem que de maneira geral é corrupta, ineficiente e muito, mas muito amadora para um esporte que a anos não aceita mais esse tipo de gente no comando, com isso os resultados não poderiam ser outros.
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