Por: Eric Costa.Estamos próximos da escrita de uma página importante da história do Fluminense. Para mero observador, tal frase pode soar exagerada. Porém, para o exército de guerreiros que atuará no templo maior do futebol na quarta-feira, a frase narra nada mais que a realidade.
Tal página possui um caráter paradoxal: apesar de ainda estar iminente a realização, já carrega consigo um valor por vezes menosprezado - o saudosismo. Saudosismo, porém, que não remete a eras longínquas ou fatos isolados. Remete a uma faixa contínua de tempo iniciada no ano de 1902, tendendo ao infinito. Tão infinita quanto os sentimentos mais puros que a cercam. Faixa na qual acontecimentos regados, quase que sempre de uma dose do imponderável, levaram até os mais insensíveis à loucura, ao êxtase e às lágrimas. Momentos em que se chega a pensar como algo tão, em tese, artificial pode criar emoções tão verdadeiras. Talvez porque o ideal pelo qual guerreamos não seja nada além de nós mesmos.
O saudosismo, porém, que possui um ponto alto. Lembranças de uma caminhada que, com seu caráter épico, uniu um povo em torno do mesmo sentimento, transformando-o em apenas uma voz, um único guerreiro: um gigante. Gigante tal que em nenhum momento desistiu e exatamente por isso veio a proporcionar a milhões o clímax de suas vidas. Uma caminhada que não se concretizou substancialmente pelo simples fato de que poderia atingir a perfeição. E a mesma não existe.
Apoiemos, tricolores! Exaltemos como nunca tudo o que sentimos por esse clube. É chegada a hora de atingirmos o ponto máximo de nossos brados de vitória. Partamos, tricolores. Partamos de maneira épica para que voltemos à trajetória da qual nunca deveríamos ter saído. E que o passo mais marcante dessa caminhada seja dado por nós: mais que a concretização de um sonho. O triunfo em uma guerra que ainda não acabou.
E aos “idiotas da objetividade” (Nelson Rodrigues) que nos atribuem a derrota como certa, eu vos digo que:
“A verdade incontestável é que ninguém ganha da forma como nós ganhamos. As vitórias dos outros são simples, quase sem graça. Algumas beiram a banalidade, ao ridículo, as nossas não. As nossas são cardíacas. As dos outros são previsíveis, esquecidas ao apito do primeiro jogo do próximo campeonato, as nossas são inesquecíveis. Por todos, por nós, pelos adversários e até pelo mais indiferente leigo. As nossas vão da extrema falta de perspectiva, do máximo sofrimento, da crueldade, ao êxtase, ao épico, ao apoteótico. Tudo junto, quase sem fronteiras entre esses opostos." (Mauro Jácome)
Saudações Tricolores!
chorei.
ResponderExcluirtô muito nervosa hoje, meu Deus.
tá no ar que eu to respirando, vibrações boas tão batendo (to limpo ahuiauiahuiaiuahuiah)
ResponderExcluiré Fluminense, cara
Que texto!!!
ResponderExcluirVai ser cardíaco de novo...