Há pouco terminou a semifinal do ATP de Madrid: Rafael Nadal e Novak Djokovic realizaram uma das melhores partidas da história do tênis profissional. Anuncio o resultado: vitória de Nadal por 2 sets a 1: 3-6, 7-6 (7-5) e 7-6 (11-9). Anunciei vitória de Nadal, mas poderia ter anunciado vitória de Djokovic. Na batalha de 4 horas e 2 minutos, os dois tenistas provaram que se equivalem. O empate seria o resultado mais justo. Não há justiça em decretar um vencedor, ou melhor, não há justiça em decretar um perdedor. Ambos mereceram vencer, mas o esporte das raquetes não quer saber de empate: ele sempre escolhe um vencedor.
E o escolhido pelos deuses da bolinha foi o espanhol. Jogando em casa, Nadal começou mal. Ele não parecia concentrado no primeiro set, e o tenista sérvio se aproveitou para vencer por 6 a 3. Djokovic teve, no segundo set, a oportunidade de vencer o confronto, pois Nadal parecia exausto física e mentalmente. O cansaço físico, depois descobriríamos, na verdade não existia. O cansaço mental, esse sim, estava lá presente. Mas o espanhol é do tipo de atleta que não desiste nunca. Com muita raça, se superou para levar o set ao tie-break, e então mostrou sua incrível variedade de jogadas: 7-5, e estava empatada a partida.
No início do terceiro set, Djokovic quebra o saque de Nadal! Os apressados logo imaginaram, "é o fim de Nadal". Porém, o espanhol joga melhor ainda quando está sob pressão. Devolveu a quebra no serviço seguinte do sérvio, e assim a igualdade no placar persistiu. Com o 6 a 6 no set decisivo, partiram os dois tenistas para o último tie-break. Se havia dúvidas sobre a equivalência dos dois brilhantes tenistas, elas acabaram nos sensacionais pontos que se seguiram.
Djokovic teve três match points durante o tie-break. Isso significa que, em três jogadas, Rafael Nadal simplesmente não podia errar. E, amigos, ele não errou. Djokovic também salvou um match point de Nadal. Porém, na segunda chance o espanhol não desperdiçou, e deu números finais ao confronto.
Quando vejo Rafael Nadal em quadra, sou acometido por uma sensação indescritível. Acho que era o que os mais velhos sentiam ao ver Pelé nos campos de futebol. Nossos olhos estão observando o maior tenista de todos os tempos. E o melhor de tudo é ver que ele tem rivais à altura: Novak Djokovic e Roger Federer são, eles também, grandes gênios da história do esporte.
Falando no suíço, na outra semifinal ele venceu Juan Martin Del Potro. Amanhã, teremos a grande final em Madrid: Rafael Nadal x Roger Federer. O duelo reunirá dois craques, verdadeiros ases da técnica. Além disso, eles jogam com um ímpeto e uma garra inexcedíveis, encharcando suas camisas com o grosso suor do esforço extremo. "As vitórias se pagam com cansaço", disse o espanhol hoje. Quando Nadal e Federer entrarem na quadra central amanhã, acontecerá o seguinte: eles darão sangue, suor e lágrimas pelo triunfo. Será, como sempre, a final mais dramática de todos os tempos.
PC
Nadal é foda! Mas torço pelo Federer. Del Potro sempre vai, vai, vai e acaba fondo hauihauahuihauiha
ResponderExcluirhttp://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=28077&tid=5336438110127920342
ResponderExcluirNão vejo um jogo de tênis há muito tempo, mas pelo que ouço parece-me que o atual 01 é o Nadal, seguido de perto por Djokovic e Federer.
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