Volta Redonda, 25 de setembro de 2005.
Amigos, o Fluminense de 2005 é o time que se recusa a perder. Quem esteve hoje no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, é testemunha. Que vitória, que vitória!
Vejam vocês que, no primeiro tempo, o Santos fez 1 a 0, com Luiz Alberto cabeceando após cruzamento de Paulo César. E depois o Santos fez 2 a 0, com Ávalos cabeceando após cruzamento de Ricardinho.
Abel Braga, o treinador pó-de-arroz, não teve dúvidas: mandou o time todo à frente, ainda antes do intervalo. E nisso fez bem, afinal poderia não haver tempo para a reação apenas no segundo tempo. Arouca arriscou de fora da área, e marcou, com um providencial desvio na defesa: Santos 2 a 1.
O Fluminense era todo ataque: após chute de Juan, bate-e-rebate na área, e Leandro chuta incrivelmente para fora. Porém, a pressão não resultou no empate: fomos mesmo em desvantagem para o intervalo.
Veio o segundo tempo, e continuou o ímpeto do Fluminense. Juan e Beto levavam perigo nas jogadas velozes, e Petkovic nas bolas paradas. O gol de empate parecia questão de tempo. E era mesmo: aos 23 minutos, o meia sérvio fez grande jogada, e acertou um balaço de fora da área: que golaço! Uma linda pintura, digna de posar ao lado da Mona Lisa, no Louvre de Paris!
Entretanto, a reação tricolor esfriou: um certo nervosismo se abatia sobre a equipe pó-de-arroz. O Santos se aproveitou e, aos 35, fez 3 a 2. Kléber (o santista) chutou cruzado, Kléber (o tricolor) espalmou, e Basílio marcou no rebote. Balde de água fria na torcida verde, branca e grená.
Parecia que todo o esforço do Fluminense tinha sido em vão. Mas Leandro provou o contrário. Ninguém sabe se ele quis cruzar ou se ele quis chutar: o importante é a bola na rede, em outro golaço tricolor, por cobertura: 3 a 3! Batalha eletrizante em Volta Redonda!
Abelão estava prestes a infartar na beira do campo. Eu estava prestes a infartar em casa. Tuta invade a área, dribla o goleiro, e faz o gol da virada, mas o bandeirinha anula, alegando impedimento. Assim não há coração tricolor que agüente...
Então, foi a vez de Basílio aparecer na cara do gol, e cabecear encobrindo Kléber. Gol do Santos? Não, pois o outro bandeirinha também marcou o impedimento do atacante santista. Haja coração...
Aos 49 minutos do segundo tempo, quando todos já esperavam o empate, acontece o incrível e suave milagre: Tuta dá o passe perfeito, e Gabriel faz o gol da vitória! O tento do triunfo veio no instante derradeiro: o doce, santo e tricolor último minuto. Isso porque o Fluminense não desiste. É como eu escrevi no começo: o Fluminense de 2005 é o time que se recusa a perder.
PC
Melhores momentos:
Cacete... gol do LUIZ ALBERTO, após cruzamento do PAULO CÉSAR! hahahahaha
ResponderExcluirEu me lembro vagamente desse jogo. O time de 2005 era bom. Um dos melhores Fluminenses que já vi. Pena que foi também um dos maiores amarelões, ao conseguir não se classificar para a Libertadores mesmo precisando de 1 ou 2 pontos nos 6 últimos jogos. Um ano mais tarde, Abelão era campeão da Libertadores com o Inter.
ResponderExcluirO Fluminense de 2009 é o time que se recusa a vencer...
ResponderExcluirUm dos jogos mais maneiros que eu já fui...
ResponderExcluirMeu pai sempre tinha mania de sair mais cedo dos jogos por causa do tumulto e tal. E nesse dia então, ele já tava p***, quando o Santos fez 3a2 ele levantou pra ir embora. Mas na hora que a gente chegou na rampa eu falei que ia esperar o jogo acabar. E o Flu empatou e virou.
Depois desse dia, a gente nunca mais saiu de um jogo do Flu antes do fim da partida.
Carol, é isso aí. O último minuto é tricolor. Esse jogo mostrou isso.
ResponderExcluirFluminense x São Paulo em 2008 mostrou isso.
Fluminense x Argentinos Juniors esse ano mostrou isso!
O Fla-Flu de 1995 mostrou isso!
TRICOLOR NUNCA DESISTE!