Rio de Janeiro, 20 de março de 1960.
Amigos, a batalha deste domingo no Maracanã foi um massacre. Com certeza, essa foi uma das maiores exibições de um time do Fluminense em toda a história. Com apenas 28 minutos de jogo, o placar já era de 4 a 0, dois de Waldo, um de Telê (com passe de Waldo) e outro de Pinheiro, de pênalti. O São Paulo diminuiu, mas Waldo fez o terceiro dele e o quinto da equipe após dar um lençol no goleiro Poy. Poucos minutos antes desse lance, lindíssimo, segundo os relatos dos jornais, Waldo torcera o joelho ao tentar fazer um giro com a bola. Por isso, foi substituído no intervalo. O placar final foi de 7 a 2! Imaginem quanto seria se o apetite de leão do artilheiro continuasse no gramado! [1]
Com a vitória, a terceira em três jogos, o Fluminense é o líder isolado do Rio-São Paulo. E tem mais: Waldo é o artilheiro, com cinco gols. O quadro tricolor vai cheio de moral para o clássico contra o América, na quarta-feira.
No segundo tempo, Wilson Bauru ainda fez o sexto gol tricolor, e Escurinho o sétimo. Amigos, certos placares são injustificáveis: o 7 a 2, por exemplo. Um score tão acachapante traduz insofismavelmente a superioridade de uma equipe sobre a outra. Não deixa dúvida, não deixa pedra sobre pedra. Diante do massacre, podemos afirmar com certeza absoluta: o Fluminense é melhor que o São Paulo, em 1960.
Agora, os leitores me perguntam: e quem foi o personagem do jogo? Ora, foi Waldo Machado da Silva, só poderia ter sido Waldo Machado da Silva. O centroavante tricolor e niteroiense tem um faro de gol tão apurado, que decidiu a partida ainda no primeiro tempo, praticamente sozinho. Aos 25 anos, Waldo está no auge da carreira. Graças aos gols dele, tenho uma certeza profética: o troféu do Rio-São Paulo repousará feliz, para sempre, na Rua Álvaro Chaves.
PC
Ficha técnica: Fluminense 7 x 2 São Paulo.
Torneio Rio-São Paulo de 1960.
Fluminense: Castilho; Jair Marinho, Pinheiro e Altair; Edmilson e Clóvis; Maurinho, Paulinho (Almir), Waldo (Wilson Bauru), Telê (Jair Santana) e Escurinho. Técnico: Zezé Moreira.
São Paulo: Poy; De Sordi, Servílio e Riberto; Dino e Vítor; Peixinho, Paulo, Gino Orlando, Celsinho e Agenor. Técnico: Flávio Costa.
Árbitro: Olten Aires de Abreu.
Local: Maracanã.
Público: 19.599.
Renda: CR$ 684.567,00.
(com 6 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 22 gols feitos e 12 gols sofridos, o Fluminense sagrou-se mesmo campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1960. Waldo foi o artilheiro, com 11 gols.)
Outras fotos:
O gol de Pinheiro, cobrando pênalti, no primeiro tempo.
Wilson Bauru marca o sexto tento da goleada, no segundo tempo.
Waldo, o grande nome do jogo e do campeonato (foi o artilheiro, com 11 gols).
Fontes:
[1] Livro "Os dez mais do Fluminense", de Roberto Sander, pág. 121.
Ainda temos que aturar as sandices de alguns retardados mentais, como o boçal que escreveu o texto sobre o Fluminense no site da fifa.
ResponderExcluir"More luminaries graced the Laranjeiras over the next three decades, namely midfielder Didi, future Brazil coach Tele, and Waldo, scorer of a club-record 314 goals in 403 games. BUT IF THAT PERIOD DELIVERED MODERATE SUCCESS, the 1970s proved the most fruitful in Fluminense's history."
Sucesso moderado...Campeão da Copa Rio e bicampeão do torneio Rio-São Paulo, o mais expressivo do país à época(apesar de historicamente os clubes valorizarem mais o carioca)
Esse é o verdadeiro Fluminense, clube que não perdoa seus concorrentes sem tradição!!!
ResponderExcluirNo orkut: http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=28077&tid=5371350666621490390&na=1&nst=1
ResponderExcluirAdoro a mistura de futebol com história, mas esse jogo, particularmente, não me agradou muito... se o placar fosse invertido sim, mas desse jeito nem um pouco! hahahahaha! Um beijão e sempre que dá passo por aqui, viu?
ResponderExcluirsaudade do que eu nao vivi :/
ResponderExcluirCamila, obrigado pelo prestígio! :)
ResponderExcluirSeu blog também é muito bom, estou sempre lá "respirando futebol", mesmo que não comente. :)
Beijão,
PC
ótimas lembranças, adoro recordar o passado do futebol brasileiro. Parabéns!
ResponderExcluirwww.culturacomesporte.blogspot.com
Recordar é viver. Mas acho muito dificil isso se repetir novamente um dia. Meu pai diz que esse time era muito dificil de ser batido. TIMAÇO! Esse valdo jogava muito!
ResponderExcluirGol de Pinheiro, nosso herói que se foi ontem...
ResponderExcluirPost citado em "As maiores goleadas dos clássicos"... http://cacellain.com.br/blog/?p=28920
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