sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ruína do Flamengo em Santiago

Amigos, o Flamengo foi a Santiago com a difícil missão de vencer a Universidad por dois gols de diferença. Dada a primeira atuação desastrosa, no Rio de Janeiro, era difícil acreditar na reação. Mas nós sabemos como é o torcedor de futebol: somos todos iguais, feito soldadinhos de chumbo. Nosso time pode estar perdendo por 4, 5, 6 gols, que ainda esperamos uma virada espetacular, uma vitória magnífica. Sonhar não custa nada, e foi o que a massa rubro-negra fez na noite desta quinta-feira.

Vale dizer que os chilenos criaram uma atmosfera de guerra. Desde o início da semana, os jornais locais zombaram do Flamengo, pisaram no Flamengo, tripudiaram do Flamengo. Repetiram à exaustão: a defesa rubro-negra é lenta, o ataque rubro-negro é gordo. Poucas vezes na história uma equipe brasileira foi tão menosprezada, tão subestimada, tão ridicularizada no exterior. O que eles não sabiam é que todo esse barulho jogaria contra a Universidad. Digo isso porque o melhor combustível para um time é a humilhação. Quanto maior a vergonha, mais eficaz o combustível. A grande humilhação confere aos homens e aos times uma dimensão nova, uma potencialidade irresistível.

Quando os chilenos humilharam o Flamengo, despertaram nele um gigante que estava adormecido. Eles não conhecem a força da história do Flamengo, não sabem que a camisa rubro-negra já venceu jogos sozinha. De modo que, quando li as manchetes berrando contra o Flamengo, baixou em mim a certeza profética de que o rubro-negro venceria em Santiago. A Universidad já estava liquidada. A partir do momento em que cravaram no Flamengo, até o cabo, todas aquelas provocações, os chilenos construíram o próprio e perigoso abismo.

Começa o jogo no Estádio Santa Laura, e o que eu previra se materializava com exatidão. O Flamengo construía ataques irresistíveis, e acuava a Universidad. Os onze atletas rubro-negros lutavam como leões famintos a caçar hienas. Os chilenos se seguravam como podiam, contando às vezes com a sorte. Mas no final do primeiro tempo o Flamengo conseguiu o primeiro gol, com Vagner Love escorando cruzamento de Adriano. Na segunda etapa, bastaria mais um tento para classificar o rubro-negro.

E o Flamengo tentou, tentou, tentou. Vestindo preto e vermelho, lá estavam onze jogadores, dispostos a ganhar ou morrer. A Universidad, por sua vez, jogava nos contra-ataques, cada vez mais perigosos. Foi em um deles que Walter Montillo assinalou um gol antológico: recebeu de Puch, driblou Juan, avançou, e encobriu o goleiro Bruno. O golaço matava o Flamengo, que voltava a precisar de dois gols.

Mas o rubro-negro não desistiu, lançou-se todo ao ataque, e logo conseguiu seu segundo gol, com Adriano, após passe de Leonardo Moura. A partir de então, e até o final, com sua raça característica, o Flamengo tentou o gol salvador, mas não conseguiu. A péssima atuação do Maracanã havia gerado uma dívida quase impossível de ser paga. A vitória por 2 a 1 foi insuficiente, e o Flamengo acabou eliminado da Copa Libertadores. (No mesmo critério absurdo do saldo qualificado, que havia classificado o rubro-negro contra o Corinthians.)

O curioso é que, horas antes, o Internacional de Porto Alegre havia conseguido a sua classificação após uma derrota para o Estudiantes, na Argentina. Que situação bizarra: o Inter perdeu e está classificado; o Flamengo venceu e está eliminado. O saldo qualificado é um critério de desempate tão fraco quanto a disputa de pênaltis e o cara-ou-coroa. Tão bom seria se as duas equipes partissem para um jogo-desempate...

Porém, a eterna desculpa do calendário impede a solução mais justa. Então, resta aos clubes seguir em frente. Inter e São Paulo pensam na Libertadores, Santos e Vitória pensam na Copa do Brasil. Os outros todos brigarão apenas pelo Campeonato Brasileiro (alguns tentarão também a Copa Sul-Americana no segundo semestre). O Flamengo precisa se reerguer da ruína rapidamente. No domingo, o rubro-negro já enfrenta o Grêmio Prudente no Maracanã, e na quarta-feira já há o Fla-Flu. Não há tempo para respirar.

PC


12 comentários:

  1. huahuahuahuahuahua huahuahuahuha

    não consigo parar de rir!!!! O castigo demorou, mas não falhou!!!!!

    Eu teria um desgosto profundo se faltasse o FRAMENGU no mundo!!! Muito obrigado mulambos, só vcs para me divertir....agradeço de coração.

    e libertadores sem wright só no playstation tion tion...

    huahuahuahuahuhauhauha

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  2. E digo mais: auhahaahahaauhauhauhauauaua

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  3. Vocês já viram o filme O Livro de Eli-minado? Parece que Adriano faz o papel principal... (não vou rir, juro...)

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  4. Tres comentários

    Primeiro, nem li o que a Bel disse mais concordei com tudo, não tem como não concordar. (eu li sim)

    Segundo, o Flamengo sempre é eliminado na Libertadores por conta do jogo em casa, logo a torcida do Flamengo mais atrapalha do que ajuda nesta competição

    Terceiro, huahauhauahau Eliminados huahauhuahua tomaram feio huahauhauah

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  5. "Poucas vezes na história uma equipe brasileira foi tão menosprezada, tão subestimada, tão ridicularizada no exterior."

    É esse, afinal, o respeito internacional do 'timaço' da Chatuba. Se tivesse sido pior, teria sido melhor. Por conta de todas as ações de desrespeito e de ridicularização que os dirigentes, jogadores, jornalistas e torcedores cathartiformes têm feito aos seus adversários.

    Não vou rir com a eliminação, vou falar sério: desejo que sejam eliminados de todas as competições em que entrem, sempre.

    E note-se que não desejo isso aos 'meus' adversários Fluminense e Vasco da Gama nem aos demais clubes do Brasileirão. Só aos cathartiformes.

    Abraços Gloriosos!

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  6. Todo ano a mesma história: o jogo de ida, a violenta torcida adversária, a altitude etc.

    Some-se a isso uma imprensa mussolínica, capaz de criar feitos homéricos de jogadores medíocres, uma ou outra dose de sorte e, ponto. Lá está o "campeão moral do mundo".

    Chega a ser vergonhoso como os jornais cariocas trataram o tema hoje: "Valeu, Mengão"; "Caímos de pé". Cair de pé, o Fluminense já caiu várias vezes, inclusive em finais de Libertadores. Teria sido mais digno reconhecer que não conseguiram vencer um time que jogou acuado o tempo todo, que mal trocava três passes na intermediária.

    Ano passado, o Flu fez muito bonito contra La U, mas a imprensa fingiu que nao aconteceu nada...

    O resultado aí está.

    Empenho minha total solidariedade com todos os que gargalharam com mais uma derrota dos Trapalhões. Mais uma vez, ruiu o Império da Empáfia.

    Grande braxxxxxxxxx

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  7. Caro PC,

    Sem essa de "critério absurdo de saldo qualificado". Todos conhecem o regulamento antes do início das competições. Absurdo é mudar o critério na final.

    Veja bem, se o saldo qualificadotivesse dido mantido na final de 2008, o crápula do juiz argentino não poderia ter beneficiado o goleiro da LDU na disputa de penaltis e o Fluminense teria sido o campeão.

    O que o Flamengo sentiu falta mesmo foi do apito amigo que sempre o ajuda nas competições nacionais.

    Quanto a levantar a cabeça, xô urubu!

    Abraços e saudações tricolores.

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  8. E vc ainda ganhou uns trocados com isso. GENIAL.

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  9. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
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    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
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    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

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  10. Minoru, hahahaha pois é. O Flamengo ganhou, mas não levou.

    Minha conta levou. rsrs!!!

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  11. PC,
    Confesso que também achei que o urubú levaria, depois de tantas humilhações... mas não posso deixar de dizer que ADOREI!!!
    Quer saber? É bem-feito pra eles!!! É bom pra aprenderem que pimenta nos olhos dos outros é refresco... É bom para baixarem a guarda! (E o pior é que nem assim eles baixam... aff...)
    Bjo!

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