Amigos, vocês já se perguntaram qual é o maior nome da história do futebol brasileiro? Sem dúvida, é uma questão difícil. De Charles Miller e Oscar Cox a Neymar e Ganso, tivemos dezenas, centenas, milhares de heróis do esporte bretão. Há, porém, um nome que precisa ser lembrado, talvez acima de todos os outros: Telê, o mineiro de Itabirito, o Fio de Esperança.
Os mais jovens, como eu, só puderam acompanhar a vitoriosa carreira de treinador. Mas o sucesso de Telê começou antes, muito antes, em 1950. Quando aquele rapaz franzino, cinqüenta e poucos quilos, chegou a Laranjeiras, ninguém poderia imaginar, mas estava começando a trajetória de um ídolo, um exemplo.
De 1950 a 1961, Telê molhou a camisa tricolor em mais de 550 oportunidades (somente Castilho e Pinheiro defenderam mais vezes o Fluminense), e marcou 160 gols (é o quarto maior artilheiro da história do Fluminense).
O primeiro título de Telê teve sua fundamental participação. Foi o
Campeonato Carioca de 1951, decidido com dois gols dele, na final contra o Bangu. Meses depois, o Fio de Esperança seria titular do Fluminense na
Copa Rio, o campeonato mundial de clubes, maior conquista da história do Tricolor.
Em 1957, a seqüência de títulos era retomada, com a conquista do Torneio Rio-São Paulo. Em 1959, mais um Campeonato Carioca e, em 1960, outro
Torneio Rio-São Paulo. Poucos anos depois, Telê encerrava a carreira de jogador, no Vasco. Mas aquele fim era só um começo.
Em 1969, lá estava Telê Santana novamente no Fluminense, agora como treinador. E novamente vitorioso, com o
Campeonato Carioca erguido. Aquele time, montado por ele, seria campeão brasileiro no ano seguinte, sob o comando de
Paulo Amaral.
A partir daí, Telê passou a comandar os mais diversos clubes pelo Brasil. Com um detalhe: sempre levantando taças. Em 1971, foi
campeão brasileiro com o Atlético Mineiro. Em 1977, foi
campeão gaúcho com o Grêmio, interrompendo uma seqüência de oito títulos do Internacional.
Em 1980, chegou ao comando da Seleção Brasileira. Em uma época já dominada pelo futebol-força e pela correria, privilegiou o talento, montando um dos escretes mais ofensivos e encantadores de todos os tempos. O sonho do tetra parou nos pés de Rossi em 82, e nas mãos de Bats em 86. Pior: mesmo após tantas vitórias no futebol, a imprensa acusava Telê de ser perdedor. (o retrospecto de Telê na Seleção foi de 37 vitórias, 10 empates e 5 derrotas)
Claro, a imprensa estava errada. E Telê provou isto da melhor forma possível: levantando mais taças. Dirigindo o São Paulo, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1991, as Copas Libertadores de 1992 e
1993, e as Copas Intercontinentais de 1992 e 1993.
Até hoje, Telê Santana da Silva é o único treinador a ter conquistado os quatro principais Estaduais do país (RJ, SP, MG e RS). É considerado ídolo pelas torcidas de Fluminense, São Paulo, Atlético e Grêmio. Mas, acima de tudo, é um ídolo de toda a nação brasileira.
Há exatos quatro anos, o herói sucumbia à cruel imposição da natureza humana. O futebol brasileiro ficava órfão de seu grande nome. Morria Telê, sem haver um substituto para Telê.
Nunca haverá. Mas pouco importa: a obra do mestre é eterna. O futebol brasileiro é maior por causa de Telê Santana da Silva. E por isso somos infinitamente gratos ao Fio de Esperança.
PC
Telê foi um dos grandes nomes da história do futebol. Ídolo eterno do Tricolor.
ResponderExcluirA imprensa adora identificá-lo apenas com o São Paulo, o que é um erro grave.
A imprensa quase sempre esta errada.
ResponderExcluirTelê, uma bela história de amor ao Tricolor!!!
ResponderExcluirE nós estamos sempre com aquele 'FIO DE ESPERANÇA' de um grande título!!!
Ótimo, PC!
Leandro
Fio de Esperança,quem dera hoje em dia alguem do Flu tivesse 1/10 da dedicação e de entrega dele.
ResponderExcluirgrande mestre Telê
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