segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Mazelas reveladas por um gol

Deley e Peter são os candidatos à presidência do Fluminense.
O pleito ocorrerá no próximo dia 23.

(por Thiago Rachid)

O gol do centroavante Hernane no Fla-Flu do último domingo (para não dizer que foi gol contra do Gum) pode mudar os rumos da eleição do Fluminense. Se antes tínhamos um candidato praticamente reeleito, essa derrota para o nosso maior adversário e os efeitos dela na luta contra o rebaixamento poderão ajudar consideravelmente o deputado-candidato.

O cenário está se tornando muito favorável para Deley. A tibieza do atual presidente, sempre vacilante e incompetente na condução do futebol do Clube - além de constantemente humilhado pelo patrocinador - foi decisiva para que chegássemos nesse ponto em que nos encontramos no Campeonato Brasileiro e pode nos conduzir até mesmo para a Segundona em 2014.

E, se de um lado temos um presidente-candidato digno de pena, de outro temos um deputado-candidato que pode lucrar muito com o nosso possível rebaixamento. Se chegarmos rebaixados ao pleito, Deley terá chances reais de vencer e ainda lucrará em 2014 com o óbvio retorno do Flu à elite justamente na época da eleição para deputado federal.

Peter e sua vacilante figura não deram conta do recado no que diz respeito ao futebol do Clube. Recebeu um time campeão e devolverá um time quase rebaixado. Não mudou o Fluminense de patamar; ao contrário, nos manteve refém de uma relação confusa, híbrida e promíscua com o patrocinador que nos leva à bizarrice de situações como a de um ano estar no céu e no outro no inferno.

A relação Flu-Unimed, de mal resolvida que é, está enfraquecendo o Fluminense. Temos que definir que relação queremos ter com o patrocinador: ou de uma empresa que pague ao clube diretamente pelo espaço publicitário que ocupa ou de uma gestora do próprio futebol tricolor. Não podemos é permanecer no meio do caminho, em uma constante indefinição.

É evidente que a relação mais saudável é aquela em que o clube recebe pelo espaço que vende, investindo como lhe convém. Porém, ficar nessa situação mal resolvida é pior do que entregar o futebol formalmente para a Unimed, pois assim teríamos ao menos quem responsabilizar e cobrar.

Peter Siemsen não conseguiu se definir e está levando o Fluminense para a Série B e entregando o clube para um grupo que já deveria ter desaparecido do Clube. Por outro lado, o Fluminense não conseguiu formar uma terceira alternativa aos dois postulantes, o que demonstra a fraqueza da própria política tricolor por simplesmente não ter uma oposição capaz e competitiva.

Essa é uma história sem inocentes. Todos os tricolores temos nossa cota de responsabilidade. A atual gestão por sua incompetência. O grupo que concorre contra o atual presidente, pois já deveria ter pendurado as chuteiras. E todos os tricolores, torcedores ou associados, incapazes de atuar ativamente para o bem da política do Fluminense.

Sim, é muito fácil ficar na arquibancada comemorando ou xingando, batendo no peito e dizendo: “eu faço a minha parte, só compro produtos licenciados”. O Fluminense precisa de muito mais do que isso. E se hoje somos um clube enfraquecido, cada um de nós pode levar no coração a certeza de que também somos culpados por tudo que acontece com o Fluminense, uns por ação e a maioria por omissão.

(meu amigo Thiago Rachid já colaborou outras vezes com este blog.)

8 comentários:

  1. Desculpe xará, transcrevo abaixo comentários de um outro blog.

    Os caras não enxergam nada.
    Impressionante!!
    --------------------------------

    4 de novembro de 2013 at 8:51 (6 horas ago)
    Já não havia margem para erro antes da patética atuação de ontem.

    Agora já era.

    Querem insistir com o Luxemburgo até o rebaixamento.

    Celso Barros vai manchar sua relação com o FFC de títulos, culminando com um rebaixamento.

    Vergonhoso.

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    4 de novembro de 2013 at 11:35 (3 horas ago)
    Celso Barros vai se manchar ? Qu isso , rapaz.
    O Celso Barros é o nome mais importante dos últimos 50 anos da história do clube. Não fosse ele , o Fluminense já tinha virado um América.
    A Unimed patrocinou o Flu de 99 a 2003 e e é parceira desde 2004.
    Em dez anos , o Fluminense ganhou mais títulos nacionais do que em toda a sua história.
    Tudo isso graças UNICAMENTE ao $$ que ele injetou.
    Lembra que na virada de 2004 para 2005 , quando o Romário saiu , ele quase foi para o Vasco ?
    Pois é…
    Qual seria o tamanho do Fluminense hoje se isso tivesse acontecido
    Veja 2013. Sem os milhões da parceria , como vamos ?
    Não é a Unimed que atrasa salários
    Não é a Unimed quem não paga os impostos
    Não é a Unimed quem não paga o prêmio do brasileirão…

    Celso Barros , meus eternos agradecimentos

    Responder

    4 de novembro de 2013 at 12:26 (3 horas ago)
    SALVE O CELSO BARROS, ESSE SIM UM VERDADEIRO TRICOLOR. SALVE A UNIMED.

    Responder

    4 de novembro de 2013 at 14:42 (19 minutos ago)
    Insistem em dar pandada em quem coloca dinheiro no Clube ! Meu Deus do ceu !

    ==========================

    Depois disso...

    ao CB só resta fazer o seguinte pronunciamento aos seus súditos:

    “Après moi, le déluge”

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  2. P.P.P.,

    Essa discussão sobre o que é ou não é o Celso Barros é impossível de ser concluída porque o papel dele não está definido dentro do clube. Do jeito que está, ele sempre terá os méritos pela vitória e será isento nas derrotas ou vice-versa, dependendo de quem fala. E em ambos os casos os defensores de cada tese terão suas razões.

    Que papel queremos que a Unimed desempenhe no Clube? Gestora ou cliente? É preciso definir.

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  3. São cegos mesmo. Não percebem o óbvio. O problema não é não ter o dinheiro da Unimed. O problema é o desinvestimento repentino deixando o time em cacos, desentrosado, no meio do campeonato mais difícil do mundo e sem tempo de reorganizar o elenco.

    Sem a grana da Unimed, passaremos por crise imediatamente após a saída e chegaremos a um estado de equilíbrio com times razoáveis sem o brilho dos tempos áureos da parceria e sem o horror dos tempos de torneira fechada. Algo como o Botafogo. Um time pra ficar em sexto, oitavo ano após ano.

    O Fluminense poderia ter se estruturado na bonança. Não o fez. Condenou-se, portanto, a virar um Botafogo.

    De fato, o Celso foi responsável direto pelos títulos Brasileiros e da Copa do Brasil. Mas o rebaixamento desse ano também tem que ir pra conta dele.

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  4. Não sei se ficou claro, mas chamo de cegos os indivíduos citados pelo PPP.

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  5. não existe opção viável hj no clube. Infelizmente o Deley se transformou, ao meu ver, cria do sistema politico corrupto que impera no brasil varonil. com b minusculo mesmo. Não está a serviço do flu. esta a serviço proprio. quem duvida?

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  6. Deley está a serviço próprio, e não do Fluminense? Talvez.

    Mas o que dizer de Peter e sua turma? Esses com certeza estão a serviço próprio, conforme demonstram os fatos dos últimos 3 anos.

    O problema não é o Deley em si, não é o Peter em si. O problema é o sistema, que perpetua o amadorismo do clube, aprofunda a dependência da Unimed, e inviabiliza o clube a médio e longo prazos.

    A dívida está batendo em 450 milhões de reais. É muita coisa, é a receita total do Fluminense em 3 anos (bons).

    Mas o Fluminense está nessa porque quer. Os sócios optaram pela continuação do modelo criado por David Fischel e Celso Barros, e continuado por Roberto Horcades e Peter Siemsen.

    Thiago Rachid escreveu bem: " Todos os tricolores temos nossa cota de responsabilidade. A atual gestão por sua incompetência. O grupo que concorre contra o atual presidente, pois já deveria ter pendurado as chuteiras. E todos os tricolores, torcedores ou associados, incapazes de atuar ativamente para o bem da política do Fluminense. "

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  7. Além disso, quando votaram as emendas ao estatuto para colocar o Sócio Futebol e mais uma série de mudanças estatutárias como o aumento no tempo pro sócio ser elegível acabaram por congelar a política do clube e agora temos mais do mesmo dos dois lados.

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