Amigos, eram decorridos quarenta e três minutos do segundo tempo: isto é, a partida estava em seus instantes derradeiros. O Fluminense precisava desesperadamente de um gol. Trinta e sete mil almas atônitas no Maracanã - e outras milhões universo afora - rezavam pelo milagre.
Rafael Sobis cobrou o escanteio do flanco esquerdo, e Gum voou em direção à bola, como se tivesse asas. A cabeçada do Guerreiro foi irretocável, e a bola entrou no ângulo do arco são-paulino. Uma pintura, amigos, uma pintura. Era o santo gol da vitória do Fluminense.
A forte chuva que desceu sobre o Rio de Janeiro não impediu a torcida de ir ao Maracanã. Como escrevi acima, fomos trinta e sete mil presentes no outrora Maior do Mundo - o maior público do Fluminense no Novo Maracanã contra times de fora.
E a torcida, como sempre, fez a diferença. O São Paulo fez 1 a 0, mas no minuto seguinte já estávamos novamente empurrando o onze tricolor rumo à vitória, na inglória luta contra o rebaixamento. Tínhamos plena consciência do papel que nos cabia: apoiar, apoiar, apoiar.
Acreditem: ainda há os tolos que duvidam que torcida ganha jogo. Vez por outra, tropeço num deles. Usam frases como "futebol se decide dentro das quatro linhas" e "torcedor não encosta na bola". E embora os seus argumentos pareçam bastante lógicos, eles estão totalmente enganados.
A Seleção venceu o poderoso escrete espanhol, campeão do mundo, por 3 a 0, em junho, no mesmo Maracanã. Um time que nunca havia sido goleado, nem em sonhos, foi atropelado e nem conseguiu anotar a placa. Como explicar? Foi a torcida, amigos, foi a torcida: fomos nós, os torcedores, que goleamos os melhores do mundo.
Na batalha Fluminense x São Paulo, aconteceu algo parecido. Aquelas trinta e sete mil vozes construíram a vitória tricolor, a cada grito. Não importou que o São Paulo saísse na frente - o Fluminense viraria o jogo de qualquer maneira. Empatou com Jean, ainda no primeiro tempo, e virou com Gum, no finalzinho, naquele gol maravilhoso que descrevi no começo.
Respiramos melhor, mas ainda corremos risco. Temos pela frente, nas próximas rodadas, o Santos em Presidente Prudente, o Atlético Mineiro no Maracanã, e o Bahia em Salvador. Precisamos de pelo menos uma vitória, e possivelmente um empate. Mais quatro pontinhos e o risco de rebaixamento estará provavelmente afastado.
Tudo que pedimos a vocês, atletas, é que joguem por nós, como jogamos por vocês.
PCFilho
Notas do onze:
Diego Cavalieri - 7,0
Igor Julião - 6,0
Gum - 9,0
Leandro Euzébio - 6,0
Digão - 6,5
Edinho - 6,0
Jean - 8,0
Wagner - 6,0
Rhayner - 5,0
(Biro Biro) - 7,0
Rafael Sobis - 7,0
(Anderson) - 6,0
Samuel - 5,0
(Marcelinho) - 5,0
Dorival Júnior - 7,0
PC,
ResponderExcluirCom as vitorias do Bahia, da Portuguesa e do Criciuma, acho que uma vitoria e um empate pode nao ser suficiente.
Acho que precisamos de uma vitoria e 2 empates, pelo menos.
Abcs
Rafael
PC,
ResponderExcluirCom as vitorias do Bahia, da Portuguesa e do Criciuma, acho que uma vitoria e um empate pode nao ser suficiente.
Acho que precisamos de uma vitoria e 2 empates, pelo menos.
Abcs
Rafael
Belo jogo. Lembrou muito uma certa vitória sobre o São Paulo no Maracanã em 2008.
ResponderExcluirO time ainda é fraco, mas ja se ve uma mudança de atitude depois da chegada do Dorival.
A tabela nos é favorável. Vamos pegar o Santos praticamente em campo neutro e já sem qualquer ambição no campeonato, o Atlético em casa e provavelmente poupando titulares para o Mundial e o difícil confronto direto com o Bahia. O Fluminense tem que entrar nos proximos dois jogos para vencer para já chegar ao confronto direto são e salvo. Como estamos falando de Fluminense, a chance de isso acontecer é praticamente nula.
Belíssima resenha meu caro! Concordo que torcida ganha jogo, não pelo número, mas sim pela atitude.
ResponderExcluirSaudações Tricolores!
GUM! GUM! GUM! GUM!
ResponderExcluirSempre o GUM!!!
Este time voltou a ter alma, a gente sabe disso quando o Gum decide!
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ResponderExcluirEste foi o jogo do ano, até agora?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSe Gum não fizesse a bola morrer no ângulo, a coisa ia ficar feia pro nosso lado!
ResponderExcluirGUM, Guerreiro!
GUM, Guerreiro!
GUM, Guerreiro!
Como é bom ver Jean jogar como Jean!
Com Dorival, o Flu volta a ser uma equipe de futebol. É claro que temos muitas limitações, mas voltamos a praticar o esporte bretão. Com raça e com essa torcida fica difícil segurar!
Vale destacar também a raça e a entrega do Sobis. O nome do Fluminense no ano. Se não fosse por ele, a série B já seria realidade.
Obrigado ao Dorival por me devolver a fé!
o fluminense sempre ganhando no apito e impressionante isso será que vocês nunca vão pagar a serie B ? o gum claramente era pra ter sido expulso porque já tinha um cartão amarelo no lance interior.
ResponderExcluirPagar a série B?
ResponderExcluirQuanto é? Celsão faz o cheque.
Qual é o seu time?
Só há um grande no futebol brasileiro que não tem "dívidas". Os incautos desavisados e alienados acreditam em tudo o que a globo fala e acabam por desconhecer as "dívidas" de seus próprios clubes. Provavelmente é esse o seu caso, Lucas.
Engole o choro.
Tem jogadores que eu quero que não saiam do Fluminense e é muito mais por suas posturas do que pelo futebol em si, já que bons futebolistas temos aos montes por aí. Segue a lista:
ResponderExcluirCavaliere, Gum, Edinho, Digão, Diguinho, Rhayner e Sobis. Esses caras não fogem a briga, são leões em campo quando precisamos deles, fora que Gum, Digão e Diguinho são remanescentes de 2009 e é sempre bom manter gente que jogou no final daquele ano no clube.
Claro, coloco Fred e Carlinhos também nesta lista, mas aí estaríamos falando do melhor centro-avante e do melhor lateral esquerdo do país.
Agora com a volta do Conca é que o terá mais alma ainda.
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