terça-feira, 16 de junho de 2009

Recordar é viver - Corinthians 1, Internacional 1

São Paulo, 20 de novembro de 2005.

32.935 pessoas lotam as dependências do Pacaembu, para assistir à decisão do Campeonato Brasileiro. O sistema é de pontos corridos, mas o vencedor de hoje provavelmente será o campeão, dadas as circunstâncias do certame. O Corinthians tem três pontos de vantagem sobre o Internacional, e restarão apenas mais duas rodadas. Assim, um empate é bom resultado para a equipe paulista; aos gaúchos, resta a única opção da vitória.

O Pacaembu lotado é um verdadeiro alçapão: a torcida corintiana atua como um décimo-segundo jogador, empurrando o Timão para cima dos adversários.

O Corinthians abre o placar aos 36 minutos do primeiro tempo: Carlos Alberto cruza da direita, e a bola desvia na defesa colorada, enganando o arqueiro Clemer. Em cima da linha, o argentino Tevez completa para o gol vazio. Corinthians 1 a 0!

Aos 4 minutos da segunda etapa, veio o gol de empate do Internacional. Perdigão passou a Rafael Sobis, e este acertou um belo chute de fora da área: 1 a 1! Agora, só faltava um gol para o clube gaúcho.

Aos 28 minutos do segundo tempo, ocorre o lance fatal: o colorado Tinga invade a área, dribla o goleiro corintiano Fábio Costa, e é derrubado na área. Pênalti claro e insofismável, mas ignorado pelo árbitro Márcio Rezende de Freitas. Pior do que isso: o juiz considerou que Tinga tentou enganá-lo, atirando-se ao chão, e deu o segundo cartão amarelo ao jogador do Inter, que com isso foi expulso de campo. Um erro grave e duplo, que praticamente sepultou as chances de vitória e título do clube gaúcho.

Com um a menos, o técnico do Inter, Muricy Ramalho, foi obrigado a reorganizar a equipe. O quadro gaúcho insistiu nos contra-ataques, mas não conseguiu chegar à vitória de que tanto necessitava.

O meu personagem do domingo só pode ser o Márcio Rezende de Freitas. Um juiz que tem tamanha influência no resultado de um jogo e, pior, no resultado de todo um campeonato - ah, um árbitro com atuação tão decisiva simplesmente merece o ilustre posto.

(o Corinthians acabou mesmo confirmando o seu quarto título brasileiro nas duas rodadas seguintes.)

PC

3 comentários:

  1. É... foi ridículo, isso!!! Mas casos assim acontecem sempre, né? NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO!!! Campeonato comprado!!! Este era o campeonato que mais teria que ser cancelado!!! Foi uma verdadeira vergonha!

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  2. Foi o campeonato brasileiro mais armado de todos os tempos. Depois de descoberto o escândalo de arbitragem, a CBF mandou repetir todos os jogos comprovadamente comprados, inclusive aqueles em que a armação não funcionou, como Santos 4 x 2 Corinthians, entre outros.
    O mais ridículo da história toda foi o fato do então presidente do Corinthians (não lembro do nome) declarar que o campeonato realmente havia sido armado pro Corinthians ser campeão e a CBF não fazer nada. Depois, em juízo eu acho, o salafrário corintiano negou sua afirmação anterior. E o fim da história todo mundo conhece.
    Isso sem contar a Copa do Brasil de 2002...
    Quando chamam esse time de Flamengo de São Paulo não é à toa...

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  3. Po, mesmo comprado e tal... esse foi um dos Brasileirões que eu mais gostei. Só não me pergunte o porquê.

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