quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Europa é azul-grená

Amigos, desde semana passada o Barcelona é o campeão europeu. A melhor temporada da história do Barça foi coroada com o troféu da Liga dos Campeões. A vitória na finalíssima em Roma - 2 a 0 sobre o Manchester United - não deixa dúvidas: a equipe catalã é mesmo a melhor da Europa. Pela terceira vez na história, o Camp Nou vibra efusivamente com a suprema glória continental.

Citei a vitória na finalíssima, mas não foi apenas isso. Não, não se conquista uma taça em um único dia. Um título é todo sangue, todo suor e todo lágrimas de um campeonato inteiro. Ainda me lembro dos comentários no início da campanha avassaladora, quando o Barcelona vencia todos os adversários de goleada. "Esse time não vai longe!", "Está goleando agora para perder no playoff!". O torcedor é um bicho esquisito: quando vence sempre de pouco, o time está mal, e quando vence sempre de banho, o time está mal também.

Relembremos a gloriosa campanha, começando na primeira fase. Contra o Sporting de Lisboa, dois massacres: 3 x 1 na Espanha e 5 x 2 em Portugal. Contra o Shakhtar Donetsk, vitória na Ucrânia (2 x 1) e derrota na Espanha (3 x 2, único revés em toda a Liga). Contra o Basel, outro massacre: 5 x 0 na Suíça. No Camp Nou, empate em 1 x 1. Nas oitavas-de-final, o adversário foi o multi-campeão francês Olympique de Lyon. A primeira batalha, na napoleônica França, terminou 1 x 1. O Camp Nou recebeu o jogo de volta, e testemunhou outra furiosa goleada: 5 x 2.

Nas quartas-de-final, o oponente foi o poderoso Bayern de Munique. O primeiro jogo, no Camp Nou, foi uma exibição perfeita, irretocável: 4 x 0. No jogo de volta, em Munique, bastou administrar o resultado: 1 x 1. A semifinal foi o confronto mais difícil. Empates de 0 x 0 no Camp Nou, e 1 x 1 no Stamford Bridge, com o gol salvador de Andrés Iniesta vindo no minuto derradeiro. "Sorte", criticam os idiotas da objetividade, com uma ponta de inveja indisfarçável. Respondo: "sorte mesmo". Engana-se quem pensa que se pode ser campeão europeu sem sorte. Nelson Rodrigues já dizia: "sem sorte, não se consegue nem atravessar a rua", ou então "o sujeito precisa de sorte até para chupar um chica-bon, sob pena de acabar engasgando com o palitinho". Para se conquistar o título supremo do continente, o Barça precisou molhar muito a camisa, claro. Mas também precisou de sorte, como todo campeão. O gol de Iniesta foi apenas isso: a demonstração de que a sorte também abençoava a equipe da Catalunha.

E quem é o personagem da conquista? Eu poderia citar Eto'o, Messi, Henry, Iniesta, Xavi, Abidal, Daniel Alves, e todos os outros jogadores. Poderia também escolher o técnico Josep Guardiola, que é novo mas demonstra a experiência de um veterano. Mas não posso indicar apenas um nome, não seria justo. Todos, do goleiro ao ponta-esquerda (esse time tem pontas!!!), atuaram com um ímpeto, uma vontade e uma garra inexcedíveis. O Barcelona conseguiu aliar técnica a suor, tática a estratégia, torcida a time. O personagem da minha crônica é todo o Barcelona, só pode ser todo o Barcelona.

Em agosto começará uma nova temporada. No Camp Nou, todos já começam a pensar no bi.

PC

4 comentários:

  1. Discordo apenas em um ponto. A vitória sobre o Manchester deixa claro que o Barça é o melhor do MUNDO!!!
    Essas copas toyota e pseudo-mundiais da FIFA não me iludem. O Barça pode perder no fim do ano, não faz diferença. É o melhor do mundo!
    Essa honraria, que foi do Flu no primeiro semestre do ano passado, agora é do Barça.
    Basta olhar pra essa Libertadores, não há time digno de ser campeão da América, quanto mais de ser o melhor do mundo.

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  2. Sempre AZUL!!!!!
    AZUL sempre!!!!!

    Vitória merecida

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  3. Admiro o Guardiola por ser um cara ousado. Contra tudo e contra todos, levou tudo que podia em 1 ano.

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