O Atlético Mineiro garantiu, neste domingo, o título simbólico de campeão do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, com a melhor campanha da era dos pontos corridos. E seu treinador Cuca tem muito mérito nisso.
Já há algum tempo, todo time que Cuca dirige apresenta padrão de jogo, variações táticas e jogadas bem ensaiadas. No Atlético, não é diferente.
O primeiro trabalho relevante de Cuca como treinador foi no Goiás, em 2003. O clube havia terminado o primeiro turno do Brasileiro na última posição, mas Cuca comandou uma arrancada impressionante, que fez com que o clube terminasse a Campeonato em nono lugar, classificado à Copa Sul-Americana.
Em 2004, Cuca foi contratado pelo São Paulo, e chegou à semifinal da Copa Libertadores (foi eliminado pelo surpreendente Once Caldas, da Colômbia, que seria o campeão). Cuca acabou dispensado, mas o time que montou faria um belo Campeonato Brasileiro, e no ano seguinte conquistaria a Copa Libertadores (Cuca foi o responsável, por exemplo, pelas contratações de Danilo, Grafite, Josué e Mineiro).
Ainda em 2004, Cuca foi chamado para tentar salvar o Grêmio do rebaixamento, em situação já desesperadora, tarefa que não conseguiu realizar. Após passagens curtas por Flamengo, Coritiba e São Caetano em 2005, Cuca chegou ao Botafogo em 2006.
Em General Severiano, Cuca mostrou novamente que é um grande treinador. Com elencos apenas razoáveis, montou times muito bons. Em 2007, chegou a liderar o Brasileiro por 12 rodadas e era, sem dúvida, o time de futebol mais vistoso no país. Saiu do Botafogo em 2008, e teve curtas passagens por Santos e Fluminense.
Em 2009, no Flamengo, conquistou o Campeonato Carioca, mas acabou demitido pouco depois, não resistindo à eterna crise que define o rubro-negro (o time montado por ele acabaria campeão brasileiro). Em setembro, assumiu um despedaçado e caótico Fluminense, que despencava rumo à segunda divisão. Comandou uma reação espetacular, nunca antes vista na história do Campeonato Brasileiro. O Tricolor obteve
uma sequência impressionante de vitórias e escapou do rebaixamento na última rodada, ao empatar com o Coritiba. Em paralelo, foi vice-campeão da Copa Sul-Americana, perdendo a final para a altitude.
Em 2010, apesar de seus excelentes números (46 jogos, 28 vitórias, 12 empates e 6 derrotas), Cuca foi demitido pelo Fluminense, mas o time que ele montou conquistou o Campeonato Brasileiro (o próprio Muricy, treinador que o substituiu, reconhece que fez poucas mudanças). No mesmo Campeonato Brasileiro, Cuca treinou o Cruzeiro, que terminou como vice-campeão. No Campeonato Mineiro de 2011, foi campeão. Na Copa Libertadores de 2011, o Cruzeiro fez ótima campanha na primeira fase, mostrava o melhor futebol do país, mas terminou eliminado pelo Once Caldas (o mesmo time que havia eliminado o São Paulo de Cuca em 2004).
Em agosto de 2011, Cuca assumiu o Atlético Mineiro. Começou com seis derrotas seguidas, mas conseguiu ajeitar o time, que terminou em décimo-quinto lugar no Brasileirão. Em 2012, conquistou o Campeonato Mineiro de forma invicta, e agora comanda esta campanha espetacular no Campeonato Brasileiro (17 jogos, 13 vitórias, 3 empates e 1 derrota).
Nos últimos anos, Cuca teve passagens muito produtivas por Goiás, São Paulo, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Cruzeiro e Atlético Mineiro. Montou diversos times que acabaram campeões, outros tantos que jogaram muito bem. Não se negou a assumir clubes em situações bastante complicadas, e muitas vezes conseguiu solucioná-las contra todas as probabilidades.
Hoje, há poucos treinadores no cenário nacional no nível de Cuca. Ele pode não ter (ainda) a quantidade de títulos de um Muricy, de um Vanderlei, de um Felipão. Mas transforma suas equipes em máquinas de jogar bola. Taticamente, poucos times são tão bem arrumados quanto os dele. Os últimos campeões do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores (Muricy e Tite) são os outros que fazem bonito nesse aspecto. Mas mesmo na comparação a esses dois ótimos treinadores, ainda sou mais Cuca.
Será que pensam assim também na CBF? Se o poder estivesse comigo, seria ele, Cuca, o treinador da Seleção nos próximos dois anos. Dos candidatos potenciais, ele é o único que já demonstrou saber administrar as situações mais adversas. Tenho certeza que, com Cuca, o escrete voltaria a brilhar.
PC
O Cuca já merece um título de expressão nacional. Mas espero que não seja este ano. Rs.
ResponderExcluirST
100% de acordo, Leandro!
ResponderExcluirEle foi a cara e a alma do Time de Guerreiros.
ResponderExcluirCom ele, em 2010, seriamos campeões antecipadamente.
E não no sufoco que foi, com o Marrenticy.
Resumo.... o FFC trocou um treinador guerreiro e competentíssimo, por um marrento, mal-caráter.
E finalmente, restou o atual marrento sem a minima organização.
DEVERAS LASTIMÁVEL.
Cuca é melhor treinador do Brasil desde o time do chororô!
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