terça-feira, 21 de agosto de 2012

Por quê a torcida do Fluminense não está indo aos jogos?


Apesar da excelente campanha do Fluminense neste Campeonato Brasileiro, a torcida tricolor não tem ido aos jogos do clube como mandante. Com os dados até a 17ª rodada, a média de público do Fluminense, de 9.321 pagantes, é a 19ª dentre os 20 participantes do torneio. Justo a torcida tricolor, que desde 2007 tem se mostrado tão participativa, sumiu dos estádios cariocas. O que será que está acontecendo?

Alguns conselheiros do clube, de maneira simplista, culpam os próprios torcedores pelos públicos pequenos.   Dizem que somos acomodados, e até nos acusam de não gostar verdadeiramente do clube. Obviamente, estes conselheiros estão errados. Se um consumidor não compra determinado produto, a empresa que o vende pode tudo, menos culpar o cliente. Talvez o produto não seja muito bom. Talvez seu preço esteja acima de seu valor real. Talvez sua propaganda esteja pouco convincente.

Diversos fatores influenciam o torcedor a ir ou não ao estádio ver o seu clube jogar: a importância da partida, o nível técnico do adversário, o local do jogo, o transporte até lá e de volta, o horário do cotejo, o preço dos ingressos, as condições climáticas do dia, a venda de cerveja no estádio, alguma atração específica, entre outros. Se o Fluminense quiser melhorar seus públicos presentes, é nesses fatores que deve focar. Culpar o torcedor, além de ser um completo absurdo, não vai ajudar em nada.

A interdição do Maracanã é provavelmente o fator que mais contribui para o sumiço dos tricolores. Afinal, é o estádio ao qual todos estamos acostumados a ir, desde a década de 50. É o nosso templo, o local onde vivemos as maiores alegrias e tristezas como torcedores. É o local para onde conseguimos ir por osmose: saímos de casa e chegamos ao Maracanã automaticamente, como zumbis de apocalipse de cinema. Porém, infelizmente, o Maior do Mundo só voltará a estar disponível em 2013. Até lá, o Fluminense tem que atuar em outros campos.

Na cidade do Rio de Janeiro, as opções viáveis são Engenhão e São Januário, sendo o estádio do Botafogo naturalmente a alternativa menos pior, com maior capacidade de público e mais estrutura mesmo. Há também a opção de mandar os jogos em outros centros, que poderia ser discutida (no último sábado, o Fluminense enfrentou o Sport Recife em Volta Redonda; em outros Campeonatos Brasileiros, o Tricolor já mandou partidas em Cariacica, Juiz de Fora, Brasília, Niterói e Nova Friburgo).

No Engenhão, quase tudo joga contra a presença do torcedor. O transporte público existe, mas é precário. Nos jogos do meio de semana, o trânsito fica engarrafado nas vias que levam até o estádio, e os trens da Supervia ficam muito cheios. Além disso, há a Lei que impede a venda de cerveja, os horários ruins escolhidos pela CBF...

... e, para fechar com chave de ouro, o elevadíssimo preço do ingresso. No setor Leste Superior, o preferido da maioria dos torcedores, o Fluminense tem cobrado salgados 40 reais (nos clássicos contra Flamengo e Botafogo, o preço foi ainda maior, 60). Nada justifica essa escandalosa inflação no preço dos ingressos (há menos de 3 anos, o torcedor tricolor pagou R$ 15,00 pela arquibancada do Maracanã em um jogo decisivo da reta final do Campeonato Brasileiro).

O estádio não é o preferido do torcedor, o preço é bem maior que há pouco tempo... e ainda querem que o público continue comparecendo da mesma forma?

Os que defendem os preços cobrados pelos ingressos dizem que "há valores para todos os bolsos", já que os setores Norte e Sul, atrás dos gols, custam apenas 10 reais. O cínico argumento é instantaneamente rebatido pela foto abaixo: você pagaria para ver uma partida de futebol desta perspectiva?

A "privilegiada" visão do setor atrás do gol no Engenhão. Vale?

De acordo com levantamento do blog rbrito, o Fluminense teve prejuízo em seis partidas que mandou neste Campeonato Brasileiro (cinco no Engenhão - Figueirense, Internacional, Portuguesa, Bahia e Palmeiras; e uma em São Januário - São Paulo). A situação precisa mudar para o returno. E a mudança será até facilitada, porque tudo indica que o Tricolor brigará mais uma vez pelo título.

Que tal chamar a torcida tricolor de volta ao estádio, dirigentes?

Que tal adotar uma nova política de preços, acessível de verdade à grande massa tricolor?

Que tal bolar promoções do tipo "compre dois ingressos, ganhe o terceiro"?

Que tal criar campanhas de marketing inteligentes e chamativas?

Que tal lutar na CBF por horários que facilitem a vida do torcedor que quer ir ao estádio?

Se as coisas continuarem como estão, ganha força a tese de meu amigo Marcelo Savioli, que acredita que os dirigentes tricolores estão pondo em prática um bizarro projeto de elitização da plateia... Quero acreditar que não.

Sabemos bem que a torcida tricolor tem um papel decisivo nos jogos do Fluminense. Que nos deixem cumprir nossa tarefa em 2012...

PC

29 comentários:

  1. Saudades do Maraca, meu caro PC!

    Apesar de ter dado sorte ao Flu (no Engenhão já ganhamos um Carioca e um Brasileiro), a torcida ainda não se acostumou ao estádio. E isso, somado a tudo o que você disse em seu brilhante texto, principalmente horários e preços, contribuem para afastar o tercedor.

    Saudades do Maraca!

    ST

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  2. PC, simplismente abaixar o preço não vai adiantar. O clube vive a mingua, paga para jogar, se vc for um dirigente responsavel, não adianta apenas colocar um ingresso popular, tipo 5,00 10,00 e 15,00 reais. Tem que se ter um minimo de receita. É inadimissivel um time com jogadores como deco, fred, tn, vc ter um ingresso com custos popular como vc prega. Ora, quem vai pagar a conta no final do mes? Aquele discurso que um pai de familia nao pode levar seu filho, esposa porque sai muito caro....bem...os corintianos tbm tem filhos, esposas e seus jogos nao custam preços populares...e ainda assim, vimos estadio com 25/30 mil. Sim, eu acho que a torcida tem sua parcela de culpa. Tenho varios amigos tricolores, que tem ppv, tem condiçao de pagar o ingresso, mas que por preguiça, não vão..eu acabo indo sozinho. Isso de jogar tudo nas costas da diretoria chega ser engraçado, é como uma falta de argumento para nosso fracasso. Eu ja fui no setor norte/sul..e vou te falar uma coisa, é a mesma coisa de quando eu ia no maracana nas cadeiras debaixo das arquibancadas e ninguem reclamava. Bem, acho que o que mais dificulta mesmo é a localização do estadio, mas como não temos outro e até o maraca ficar pronto, temos que fazer uma força.

    atte

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  3. Mas tb tem aquela mania aonde a torcida do Flu Pc não vai com a cara do estádio e isso é fato,nem todo mundo gosta de sair de outros lugares para o Engenhão.
    Eu gosto do Engenhão,na vez que fui não vi nada demais nas reclamações que se tem bastante...mas quem sou eu pra dizer algo né?
    E também,aquele horário 9 da noite,os 4 principais times do Rio com sua torcida não vão aparecer no estádio né?Abraço
    Igor(@igorsausmikat)
    meu blog: http://igoresportes.blogspot.com.br/ e no twitter @blogdoigor05
    E vi tua dica sobre o golaço do Martinez do Náutico,bota golaço nisso hein,o golaço da rodada!

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  4. Caro PC,

    Acredito que a incapacidade dos cartolas elevar a ocupação dos estádios é motivada pelo sucateamento do departamento de MKT, numa entrevista o Idel falou das dificuldades do setor pelo número, 5 eu acho, reduzido de funcionários, um escárnio, este setor deveria ser o mais importante de qualquer clube, não vejo nenhum clube apresentar um plano de marketing. Já que o amadorismo deve reinar, que coloquem todos os setores do estádio com preços de custo, acho que um preço médio de 10 reais atinge uma média de 20 mil no Engenhão, suficiente para cobrir os custos da partida, o que não pode é ter prejuízo numa partida como vem ocorrendo.

    ST

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  5. Principais pontos:

    - Não ser o Maracanã (nem é tanto a localização do Engenhão, fica só a 10 minutos do Maracanã)

    - Ingressos acima do preço real do espetáculo. Com 40 reais eu vou no bar onde costuma assistir ao jogos, bebo cerveja vendo o mesmo jogo que veria no Engenhão e ainda como uma pizza, tudo isso a 1 minuto apé de casa e em Copacabana, se fosse em Campo Grande eu tomaria um senhor porre vendo o jogo e ainda sobraria dinheiro.

    - Não vender cerveja no estádio. Lembro que em 2007 e 2008 (época que ia mais frenquentemente aos jogos), eu saia da faculdade no fundão e ia direto pro Maracanã, comprava meu ingresso, bebia uma ou duas cervejas do lado de fora e entrava faltando 20 minutos, la dentro bebia mais umas latinhas vendo o jogo e voltava feliz para CAMPO GRANDE de trem (quando o jogo era tarde, nem trem tinha, eu pega o metro para Coelho Neto, de la andava até a Brasil para pegar um ônibus). Aliás, quanto chegava em Campo Grande tinha que pegar mais um ônibus, pois não morava no centro do bairro, mas mesmo assim eu ia mais ao jogos que hoje.

    Basicamente, ia ao estádio hoje é programa de índio, em jogos mais cheios tem aquela muvuca gigante do lado de fora pois o pessoal fica bebendo até o ultimo minuto para depois entrar para o jogo, o ingresso é caro e o estádio não te faz se sentir parte do jogo.

    Acho que os ingressos poderiam estar na casa dos 20 reais como forma do torcedor começar a ir com mais frequência aos jogos e aumentar os preços somente em jogos onde a procura for muito grande, mas podendo fazer pacotes onde o torcedor compre ingressos para mais de um jogo com desconte, neste caso. Exemplo, Fluminense nas rodadas finais disputando o título e a torcida indo sempre, faltando 3 jogos em casa é bem provável que estes jogos lotem, então é viável um aumento do preço por conta da demanda, assim o preço poderia aumentar para 40 ou 60 reais por jogo, mas seria interessante vender ingressos para os 3 jogos naquela modalidade compra web no cartão visa por 100 reais, assim tu sabe que este ingresso não vai pra cambista (pois para entrar tu precisa do cartão do caboclo) e garante publico/renda para 3 jogos, sendo que se ocorrer um desastre o publico do 3 jogo seria mínimo.

    Aliás, esta ideia do pacote poderia ser para casos normais também. O ingresso é 20, mas você pode comprar ingressos pros 3 próximos jogos por 50, saindo mais barato para o consumidor e garantindo renda ao clube.

    Outra coisa também importante são os clubes lutarem para volta da venda de cerveja nos estádios, deixar de vender cerveja no estádio é o mesmo que deixar de vender pipoca na cinema.

    Att,

    BMZ

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  6. "O cínico argumento é instantaneamente rebatido pela foto abaixo: você pagaria para ver uma partida de futebol desta perspectiva?"

    Perfeito! Norte e Sul do Engenhão nem binóculo resolve!

    Marcelo, francamente, seu argumento de que um time com Deco, TN e Fred não pode ter ingresso de 20 reais não dá pra engolir. "Quem paga a conta?" É a Unimed. Não some massa com volume! Essa generalização de que "a torcida do Flu é acomodada" é outra pérola! Qual é?! O cara decide torcer pro Flu, então a acomodação brota no indivíduo!?!?
    A comparação com os corinthianos é outro absurdo. Além de o Pacaembu ser muito mais bem localizado que o Engenhão, a torcida deles é muito maior que a nossa. Essa sua comparação é o mesmo que dizer que o Japão tem muito menos medalhas que a China porque não investe em esporte. Ora, todos sabemos que a China dá banho no Japão por ter população muito mais numerosa!

    Marcelo, sua frase "Tem que se ter um mínimo de receita." é outra. Ora, se estamos tendo prejuízos em série com o atual patamar de preços, a única coisa que podemos fazer é diminuir esses preços pra tentar maximizar o produto 'pagantes vezes valor do ingresso'. Ficar parado esperando melhora é a menos inteligente das alternativas.

    Não bebo, mas tenho que concordar com o Big: não vender cerveja no estádio é pedir pra torcida ficar em casa ou no bar com o PPV.

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  7. Marcelo,

    Repito: culpar o torcedor é ABSURDO, e além disso não vai levar a lugar algum.

    O Fluminense PRECISA que seus jogos deem lucro, e para isso tem que fazer alguma coisa. Não pode esperar sentado que a torcida compareça, com os mesmos incentivos que já se provaram insuficientes.

    Não me venha com esse argumento de que a receita da bilheteria é que paga os salários dos jogadores. NÃO É ASSIM EM NENHUM CLUBE DO PLANETA TERRA! Quanto menos no Fluminense, que empresta seu departamento de futebol para a Unimed, do jeito que sabemos que faz.

    A comparação com outras torcidas (como você fez com a do Corinthians) deve ser feita com MUITA cautela. A torcida corintiana está mais do que acostumada a ir ao Pacaembu, que além disso fica numa região central de São Paulo, com facílimo acesso. As condições são amplamente mais favoráveis que as do Engenhão.

    É isso. ST!
    PC

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  8. Ramón,

    Ótimo comentário. Especialmente:

    "Norte e Sul do Engenhão nem binóculo resolve!" [2]

    "Ora, se estamos tendo prejuízos em série com o atual patamar de preços, a única coisa que podemos fazer é diminuir esses preços pra tentar maximizar o produto 'pagantes vezes valor do ingresso'. Ficar parado esperando melhora é a menos inteligente das alternativas." [2]

    "Não vender cerveja no estádio é pedir pra torcida ficar em casa ou no bar com o PPV." [2]

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  9. Marcelo, ainda sobre o setor Norte/Sul do Engenhão:

    Já fui a dezenas de estádios, alguns como visitante (além de Maracanã e Engenhão, Pacaembu, Morumbi, Vila Belmiro, Brinco de Ouro, Mineirão, Parque do Sabiá, Couto Pereira, Arena da Baixada, Orlando Scarpelli, São Januário, Eduardo Guinle, Alair Corrêa, Los Larios (Xerém), Raulino de Oliveira...)

    Garanto: o Norte/Sul do Engenhão é o PIOR setor que já frequentei em qualquer estádio, só comparável às cadeiras inferiores atrás do gol no Morumbi. É impossível ver o jogo sem noção de profundidade. A foto do post mostra isso claramente.

    As cadeiras do antigo Maracanã eram MUITO melhores que Norte/Sul do Engenhão. Não dá nem pra começar a comparar.

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  10. Quem foi o parlamentar que propôs a proibição da venda de cerveja em estádios?! quem foram os outros que aprovaram?! Este caras só podem estar jogando contra, tem dedo da TV nisso, isso tem....

    TV que é burra para caralho (desculpa o palavrão, mas não encontrei outra palavra melhor), pois é muito melhor para a TV jogos de casa cheia pois este valoriza o campeonato e com esta valorização mais gente compra o PPV e verá pela TV sem precisar agira predatoriamente inibindo a ida ao estádio.

    Antes de vir um virgem falar "mimimi, cerveja no estádio gera briga e violência, bla bla bla", eu já repondo... Ô comédia, já viu bêbado brigando?! Então... e tem outro, todo mundo que frequenta estádios sabe que o menor do problemas com violência seriam bêbados brigando e que a violência nos estádios só será combatida com a aplicação da lei existente para prender os meliantes que se disfarçam de torcedor.

    Aliás, uma coisa que não entendo é que as leis vigentes em território nacional não valem em estádios de futebol. Até onde eu sei, agredir ou tentar matar alguém é crime em todo território nacional, se você se associar para fazer estes atos ainda vai responder por formação de quadrilha, mas se você fizer isso dentro de estádios ou com a motivação futebol pode ficar tranquilo que não vai dar em nada, é como se fosse um atenuante.

    Att,

    BMZ

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  11. PC,

    eu também fiz essa consideração sobre essa rodada. No geral, independentemente do time, a média de público é muito baixa... Sua explicação sobre os problemas ai no Rio é um fato, mas fica a pergunta, e nos outros centros???

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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  12. Caro PC. Acredito que sua análise esteja equivocada ao colocar como um dos fatores do baixo público nos jogos do Fluminense o preço cobrado.

    Inicialmente acho importante destacar que qq comparação com o maracanã é inadequada para esta questão, pelas razões que você mesmo ponderou no seu texto, e até mesmo a diferenciação do custo do jogo.

    Logo, citar o jogo do Fluminense X Atlético em 2009, em uma situação toda especial e no maracanã, acredito que não seja parâmetro para esta análise.

    Dito isso é importante compararmos os preços cobrados pelos ingressos nos jogos do Fluminense em 2010 e agora.

    Em 2010 o preço dos ingressos no Engenhão para jogos do Fluminense no campeonato brasileiro era os seguintes: (http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2010/09/ingressos-para-fluminense-x-atletico-mg-estao-venda.html)

    Norte: R$ 30,00
    Sul: R$ 30,00
    Leste Inferior: R$ 60,00
    Leste Superior: R$ 40,00

    Ou seja, os preços era superiores aos cobrados hoje.

    Não devemos ignorar outro fator importante que agrava a diferença do valor dos ingressos de 2010 e hoje. De 2010 para cá houve uma defasagem financeira, logo, R$ 40 reais hoje possui valor menor do que possuía R$ 40,00 reais em 2010, o que aumenta a discrepância dos valores cobrados à época e agora.

    Assim, se constata que em 2010 se cobrava pelo mesmo produto, no mesmo local, em horários semelhantes, com o time em situação parecida, valores pelo ingresso bem superiores aos cobrados hoje.

    Mesmo com preços mais altos e os demais fatores semelhantes aos atuais, em 2010 tivemos uma média de pública no Engenhão (mesmo não contabilizando o público dos jogos finais de grande apelo) de cerca de 14,5 mil pessoas (http://www.portalaz.com.br/noticia/esporte_nacional/196935_sem_o_maracana_publico_do_flu_cai_pela_metade.html) público bem superior a nossa média atual.

    Isso deixa claro que o fator preço, ao menos hoje, não contribui para o baixo público nos jogos do Fluminense.

    Isso ainda é confirmado em jogos promocionais quando se baixa bastante o preço dos ingressos e o público, raríssimas vezes, correspondem à altura, como foi no carioca deste ano e em diversas outras oportunidades.

    Por fim, para se analisar se algo é caro devemos considerar o preço de mercado, e realizando esta análise comparativa se constata que o preço do ingresso cobrado pelo Fluminense está na média dos demais.

    Abraço.

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  13. Mas vale lembra que em 2010 vinhamos de 3 anos de médias bem altas e de grande participação de publico, aquele ano pegou um pouco do impulso dos anos anteriores somados a boa campanha.

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  14. Caro Ramon, parece que a Unimed paga as contas do aluguel do engenhão e todas suas despesas. Eu realmente desconhecia, desculpe. A comparação com o corinthias é outro absurdo...pode ser, eles tem umas 10 x mais torcida, mas nem sempre jogam no pacaembu. Ter a liberação de bebida como fator que diminui a frequencia da torcida...só pode ser piada. Bem, como não temos a obrigatoriedade de concordar sempre, graças a deus. Essa é a minha opiniao.

    abraços

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  15. Saudades do Maraca! [3]

    Sempre achei que deveriam demolir TODO Maraca e construir um novo. Mas uma observação do Bigmontz me fez pensar uma coisa. A observação: "... e o estádio não te faz se sentir parte do jogo." Pensei: será que o Maraca, após a reforma, será o mesmo? O torcedor será 'parte do jogo' ou será um 'novo Engenhão'? Fica aí a pergunta.

    Sobre os ingressos, lá fora (sei que é outra realidade), os torcedores compram pacotes, carnês para todo o campeonato. São caros e talvez a torcida que vá ao estádio assista ao jogo mais participe menos, é mais fria, vai ver o espetáculo mais do que torcer. Mas aqui poderíamos pensar na hipótese do Big, pacotes fechados para 3 ou 5 jogos, com desconto. Seria uma alternativa.

    Sobre a cerveja, era realmente um toque a mais, embora eu esteja mais bebendo e quando bebia (sempre pouco) achava muito quente a cerveja do Maraca. Mas para quem gosta, não deixa de ser um atrativo a mais.

    É tema para muitos debates. Mas algo precisa ser feito.

    ST

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  16. "Compre um ingresso, leve outro!"
    É perfeito! Além de ter meio estádio pagante, é um INVESTIMENTO para o título.

    Lembro que até 2010 (e acho q até hoje), o Fluminense não perdeu jogos como mandante com mais de 30.000 pessoas (tirando os clássicos, claro). Ou seja, com 30.000 pessoas, você garante, estatísticamente, pelo menos um ponto, e provavelmente três. É um INVESTIMENTO no título.

    Se com os valores atuais já há prejuízo, que seja um prejuízo com investimento, e não um prejuízo com 9mil pessoas.

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  17. Em quanto é isso, em são paulo...

    http://papodehomem.com.br/jamais-leve-um-livro-ao-estadio-de-futebol/

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  18. "Isso deixa claro que o fator preço, ao menos hoje, não contribui para o baixo público nos jogos do Fluminense."

    Não deixa não, "Fora Tote"! Além do fator citado pelo Big do impulso de bons públicos anteriores, é bom que fique claro que havia toda uma geração (da qual eu faço parte) que nunca havia visto o Flu ser campeão brasileiro (algo que acontece agora, em maior escala ainda, com o Galo). Isso faz muita diferença, o inédito é sempre mais valorizado. Fora que sua frase que destaquei, por si só, é um completo absurdo.

    O fator preço SEMPRE contribui para a quantidade comprada de determinado produto. Não tente negar isto. Tal negação é uma afronta à racionalidade. O mais barato sempre vai vender mais que o mais caro de mesma qualidade.

    Marcelo, pouca coisa do que eu disse é questão de opinião.

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  19. "O fator preço SEMPRE contribui para a quantidade comprada de determinado produto. Não tente negar isto. Tal negação é uma afronta à racionalidade. O mais barato sempre vai vender mais que o mais caro de mesma qualidade." [2]

    Bigmontz, em São Paulo a revista dos policiais na entrada do estádio é mesmo insuportável. Em 2010, em Campinas, por mais que eu demonstrasse que minha mochila só tinha dois livros, um agasalho e uma carteira, fui obrigado a correr até o hotel onde o Fluminense estava hospedado e implorar para guardarem lá. O que realmente importa, eles não combatem: aquela confusão que encaramos na saída do jogo contra o São Paulo em Barueri prova isso.

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  20. Zoucas, realmente o Fluminense perdeu pouquíssimos jogos recentes com mais de 30 mil pessoas no estádio (Maracanã ou Engenhão). A torcida tricolor faz uma grande diferença quando está no estádio.

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  21. "FORA TOTE!",

    Sabe qual foi o público deste Fluminense x Atlético MG que você citou, em 2010, com preços superiores aos atuais?

    6.197 presentes (4.260 pagantes).

    Eu era um deles. Fui sozinho, porque convidei vários amigos, e todos recusaram com a mesma justificativa: "tá muito caro".

    Um mês depois, houve um Fluminense x Grêmio no Engenhão. A diretoria diminuiu os preços para Norte e Sul: R$ 20,00, Leste Superior: R$ 20,00 e Leste Inferior: R$ 30,00. Sabe qual foi o público?

    15.397 presentes (13.592 pagantes).

    Os dois jogos aconteceram no meio da semana, às 21h.

    Tem certeza que minha análise sobre os preços está equivocada?

    Saudações Tricolores,
    PC

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  22. PS: fonte do valor dos ingressos aqui: http://www.canalfluminense.com.br/ler.php?id=8199&INGRESSOS+PARA+FLUMINENSE+X+GREMIO+PARTIDA+SERA+REALIZADA+NO+DIA+28+DE+OUTUBRO+AS+21H+NO+ENGENHAO

    fonte dos públicos presente e pagante aqui: http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/matflu2010.htm

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  23. A torcida do Fluminense está apenas sendo...a torcida do Fluminense.

    Nossa torcida é movida à drama. Sem drama, sem público. Ora, o Fluminense não para de ganhar, e sem sustos.

    Pega o livro do Sander sobre o BR70, tem públicos ridículos lá também, e nenhum dos fatores comentados no texto existiam. Mas NA FINAL...tinham mais de 100 mil torcedores.

    É histórico, a torcida do Flu só vai "na boa". Espere só o Flu tomar a liderança e o fim do certame se aproximar. Nasce o drama, ressurge a torcida. Claro que todos os fatores citados no texto contribuem, obviamente. Mas para mim a principal causa é a monotonia de nossa campanha vitoriosa.

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  24. Ops...não sei porque está indo com "unknown" - quem comentou fui eu, @felipeocoelho.

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  25. Este comentário foi removido pelo autor.

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  26. Amigo,eu deixei de frequentar estadios por essa lei absurda da cerveja.

    O horario tambem é terrivel,pois o torcedor chega de madrugada em casa,tendo que trabalhar no outro dia.

    Mas,esses motivos,me levam a crer que gosto de comodidade,e no geral analiso que a torcida do flu é assim,acomodada.

    Os dados são vergonhosos,e se com a volta do maracanã,a torcida voltar tambem,so prova que a teoria é verdadeira.

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  27. Para mim,se a torcida tricolor reotrnar aos estadios,com o retorno do maracanã,so corrobora as insinuações de que é uma torcida acomodada.

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  28. O Fluminense está tentando vender bananas a 10 reais a unidade. Os macaquinhos viciados (como eu) compram mesmo assim. Mas um macaquinho um pouco mais "racional" pensa bem e desiste. É simples assim.

    Enquanto o discurso for o de culpar o cliente, o Fluminense continuará com esses públicos ridículos.

    Já prevejo ano que vem, com o clube cobrando 70 pratas por jogo normal no Novo Maracanã. E já adianto: o público continuará fraco.

    Entendam: a culpa NUNCA, NUNCA, NUNCA é do cliente.

    Que o Fluminense acorde enquanto é tempo. Daqui a pouco, se é que já não aconteceu, o povo perderá o hábito de ir ao estádio. E aí pra trazer de volta é um parto...

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