O brazuca-alemão Cacau deixou o dele!
Amigos, quando liguei a TV para assistir à batalha Alemanha x Austrália, imaginava que veria mais uma daquelas burocráticas vitórias alemãs, na base do jogo aéreo e das bolas paradas. Afinal, a Alemanha joga sempre assim. No entanto, o que vi foi uma equipe com toque de bola envolvente, jogadas de ultrapassagem, movimentação, tabelinhas, velocidade... Peraí, estou mesmo falando sobre a Alemanha? Sim, sim. Confesso que parecia o Brasil ou a Holanda, mas era de fato a Alemanha, camisas brancas, calções pretos, a águia e as três estrelas no peito.
Dirão alguns que o adversário era a fraca Austrália. Verdade, o time dos cangurus provavelmente é uma baba mesmo. Ainda não dá para afirmar que a Alemanha jogará bonito contra grandes equipes. Mas o fato é que, contra os australianos, jogou. O domínio da partida foi total, mais posse de bola, mais chutes a gol. A Austrália estava perdida, atordoada. Foi um verdadeiro nocaute, daqueles de apagar o oponente.
Examinemos o primeiro gol: aos oito minutos, o meia Özil dá passe em profundidade para Müller (esses dois jogaram demais). Müller cruza, a bola passa por Klose, e Podolski manda um torpedo a mais de 150 quilômetros por hora. O goleiro da Austrália, coitado, só conseguiu encostar de leve na bola. Jabulani na rede, Alemanha 1 a 0.
Em 2006, um amigo meu dizia: todos os gols do Klose são iguais, alguém cruza para a marca do pênalti, e ele cabeceia para o gol. Aos 26 minutos, Lahm cruzou para a marca do pênalti: Alemanha 2 a 0. Se Klose marcar mais três gols, se igualará ao lendário Gerd Müller, o alemão que mais fez gols em Copas do Mundo. Se marcar mais quatro, se igualará a Ronaldo. Se marcar mais cinco, será o maior artilheiro de todos os Mundiais.
Aos vinte e três do segundo tempo, após mais uma jogada trabalhadinha, bola de pé em pé, Müller driblou bonito e chutou rasteiro no canto: Alemanha 3 a 0. Para quem não viu o jogo, eu juro, estou mesmo escrevendo sobre a seleção alemã!
Dois minutinhos depois, o brasileiro Cacau, que acabara de entrar, recebe passe açucarado de Özil, e só tem o trabalho de mandar a Jabulani para as escancaradas redes da meta australiana. Depois disso, foi só esperar o apito final para confirmar o placar: Alemanha 4, Austrália 0.
Özil, Müller, Podolski, Klose, Lahm, Schweinsteiger, Cacau... mais a tradição e a força da camisa da Alemanha (sete finais de Copas no currículo, todas após a II Guerra)... mais uma pitada de jogo bonito... Se você não considerava a Alemanha uma candidata ao caneco, pode rever os seus conceitos. Hoje nós vimos a estréia do Carrossel Alemão. Os germânicos vão dar trabalho na África do Sul.
PC
PS: sobre os outros jogos do dia, um frangaço do goleiro argelino decidiu a batalha Argélia x Eslovênia. E o zagueiro sérvio que resolveu jogar vôlei dentro da área deu a vitória para Gana. Vale notar que o triunfo ganês foi a primeira vitória de uma seleção africana no Mundial.
Comentários no orkut
ResponderExcluirPensei que a Alemanha não fosse vir bem devido aos diversos cortes, principalmente do Ballack, capitão da equipe. Mais que bom que fui surpreendido! É a melhor seleção até aqui... Esse OZil é craque! Melhor que o Ballack!!
ResponderExcluirHá males que vem para o bem...Ozil é uma grata surpresa... Quando vi ele jogando foi impossível não pensar no Ganso...
ResponderExcluirDiogo Barros
Esse Ozil é craque, turco, mas craque.
ResponderExcluirPodolski é bom também, polonês, mas bom jogador.
Klose é matador, polonês, de novo.
Thomas Müller é bom jogador, alemão mesmo.
Os cagões devem estar numa senhora entressafra de craques pra importar tanto.
Alô alô, dona FIFA. Não tá na hora de impor limite às naturalizações?
Se os clubes têm limite pra jogadores estrangeiros...muito mais razão há pra limitar também para as seleções.
Ramon, o Özil não é turco e Klose tem dupla nacionalidade por ser de família alemã. Os ùnicos naturalizados são o Podolski e o Cacau mesmo.
ResponderExcluir