Jong Tae Se chora durante o hino...
A batalha do escrete contra a Coréia do Norte começou com a emocionante cena de Jong Tae Se aos prantos durante a execução do hino da nação asiática. Aquele choro incontido é a melhor definição de Copa do Mundo que se pode obter. Ao observar as lágrimas pela televisão, eu mesmo quase derramei as minhas próprias lágrimas. Momento memorável.
Quando começou a partida, brasileiros de amarelo, norte-coreanos de vermelho, vimos os asiáticos com a postura esperada, na defesa. E vimos a Seleção com uma imensa dificuldade de criação. Kaká, ainda sem ritmo, lembra o Raí de 1994. E sem Kaká, amigos, o poder de decisão do escrete diminui de forma colossal.
O primeiro tempo foi bastante sonolento. As tentativas de ataque da Seleção eram muito inócuas. Faltava o apoio dos laterais, faltava a movimentação dos atacantes. A defesa, pouco ameaçada, mal pode ser avaliada. Se o goleiro Júlio César tivesse levado um gibi para o campo, poderia ter sentado no gramado para ler os quadrinhos. O placar dos primeiros 45 minutos não poderia ser outro que não o zero-a-zero. O escore de um jogo no qual um time se recusa a atacar, e o outro não consegue fazê-lo.
Na segunda etapa, o escrete conseguiu seus dois gols. O primeiro foi puro fruto do talento individual de Maicon. O lateral fez a ultrapassagem no momento certo, recebeu o passe de Elano, e foi genial na finalização, enganando o goleiro, tal qual Ghiggia fez com Barbosa na tragédia de 1950. O gol de Maicon aliviou as pressões, e a partir daí o jogo fluiu melhor. O segundo tento da Seleção nasceu de excelente passe diagonal de Robinho para Elano, que só teve o trabalho de desviar do goleiro na conclusão.
Cabe destacar a atuação de Michel Bastos no segundo tempo. O lateral-esquerdo demonstrou grande vontade, e com bons dribles ajudou a desmontar a retranca da Coréia do Norte. Para o mais novo titular do escrete, a personalidade demonstrada por Michel Bastos surpreende. Elano também foi bem, afinal participou dos dois gols, antes de sair para a entrada de Daniel Alves.
A defesa, pouco incomodada durante o jogo, ainda nos brindou com uma bizarra falha coletiva no finalzinho, possibilitando o gol de honra da Coréia do Norte. Até mesmo Júlio César colaborou, saltando antes da hora. No final das contas, foi bom, para mostrar que todos estão sujeitos a falhas, todos, sem exceção. Até mesmo Pelé, em toda a sua realeza, falhava.
O escrete precisa melhorar muito para enfrentar Costa do Marfim e Portugal, que são adversários bem mais qualificados que os norte-coreanos. Definitivamente, a primeira fase não será tranquila como eu esperava. Mas talvez seja melhor assim.
PC
Atuações:
ÓTIMAS: -.
BOAS: Robinho, Maicon, Elano e Michel Bastos.
RAZOÁVEIS: Júlio César, Juan, Lúcio, Felipe Melo, Gilberto Silva, Nilmar, Daniel Alves, Ramires.
RUINS: Kaká, Luís Fabiano.
PÉSSIMOS: -.
Eu sempre achei este grupo enjoado, ainda mais por ter um time tão fraco quando o norte coreano junto com 3 seleções fortes, este grupo pode ser decidido no saldo de gols, neste critério o Brasil está mal por conta do resultado de hoje.
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Basta vencer Costa do Marfim ou Portugal. Acredito que as atuações contra essas equipes serão melhores, não por alguma evolução do Brasil, mas pela postura mais ofensiva desses adversários.
ResponderExcluirMantenho minha opinião de que Maicon é limitado, levou muita sorte no lance do gol (finalizou sem olhar a meta), que foi um presente do Elano, que teve mais méritos na jogada. Não me conformo de ver Daniel Alves, um cracaço, no banco com Maicon ocupando seu lugar.
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