Amigos, o empate é o pior dos resultados no futebol, já dizia o Profeta décadas atrás. Nesta sexta-feira, centenas de milhões de pessoas ao redor do planeta pararam o que estavam fazendo para assistir aos jogos de abertura da Copa do Mundo da África do Sul. E o que vimos? Dois empates. Vinte e dois jogadores em cada uma das partidas, suando até a última gota, para tudo terminar sem um vencedor. Ao final das batalhas, baixou em todos nós um colossal sentimento de frustração coletiva.
No segundo jogo, França e Uruguai foram ainda mais irritantes, pois além de empatarem, o fizeram sem gols. O zero a zero é a negação do futebol. Deveria ser um placar proibido, por toda a sensação de tristeza e impotência que causa. Além do escore em branco, o futebol exibido pelos dois selecionados esteve muito abaixo do esperado para dois escretes que já levantaram a taça. Na Celeste Olímpica, o destaque positivo foi o aguerrido Forlán, apesar do incrível gol perdido. Os sete metros e quebrados da trave se escancararam diante do louro atacante uruguaio, e ele chutou a bola para longe, isolando a chance clara. Na França, não destaco ninguém positivamente. Negativo é o treinador Domenech, que - acreditem, amigos - não convoca nenhum jogador do signo de escorpião. A França já foi eliminada de Mundiais pelo Brasil (em 1958, degaulleada, 5 a 2), pela Itália, pela Alemanha. Em 2010, os franceses serão eliminados pela astrologia.
O melhor do dia foi o primeiro jogo, o da África do Sul de Nelson Mandela. O eterno líder não estava presente no estádio, devido à tragédia que se abateu sobre sua família (a morte de sua bisneta na véspera). Mas deve ter visto pela TV os Bafana Bafana de Parreira jogarem um futebol alegre, e acima de tudo digno. Os anfitriões mereceram a vitória, apesar do grande esforço dos mexicanos. Quando já venciam por 1 a 0, os sul-africanos tiveram um pênalti claríssimo ignorado pelo árbitro do Uzbequistão. Um pênalti de almanaque, que provavelmente decidiria o confronto. Logo depois, o gol do México calou as vuvuzelas. Já no apagar das luzes, o bom atacante Mphela - o mesmo que já sofrera a penalidade - quase desempatou, mas a bola Jabulani preferiu beijar o pé da trave, caprichosamente. Definitivamente, os Bafana Bafana mereciam mais que um empate hoje.
O maior espetáculo do futebol continua amanhã, com destaque para a batalha Argentina x Nigéria. A imprensa mundial só fala em Messi, que Messi faz, que Messi acontece. Mas se este escriba fosse colocar fichas nesta partida, faria suas apostas na zebra africana. Ele acha que a vitória da Nigéria já está escrita há trinta séculos, e que o jogo será apenas uma formalidade, um mero cumprimento do vaticínio.
PC
Cara, que GOLAÇO que o cabôco da África do Sul fez, hein? Pegou na veia e valeu o jogo!
ResponderExcluirST!
Argentina 2 x 0 Nigéria
ResponderExcluirHiguaín e Di Maria
O que salva a França são seus africanos...dois deles jogam muito bem e foram os destaques. Ribery jogou borra nenhuma. O Uruguai não sabe sair jogando...destaco a atuação defensiva de Loco Abreu, salvou pelo menos duas bolas de perigo.
ResponderExcluirRepito o comentário, mula que sou, botei no texto errado.
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