Amigos, quando descobri que o técnico
Domenech não convocava jogadores de determinado signo,
fiz aqui o vaticínio: "os franceses serão eliminados pela astrologia". Não deu outra: um empate com o Uruguai, uma derrota para o México, e a França está a um milímetro da desclassificação da Copa do Mundo de 2010. A eliminação era mera questão de tempo. Futebol é arte, futebol é ciência, futebol é sorte. Futebol é muita coisa, mas não é astrologia.
O sujeito deveria ser internado no Pinel: não convoca, por alguma cisma misteriosa, jogadores do signo de escorpião, porque estes seriam desagregadores, fariam mal ao grupo. É o caso do meio-campista Robert Pires, que conta 79 aparições pelo selecionado francês, entre 1996 e 2004. Foi quando Domenech assumiu. Desde então, Pires nunca mais foi chamado.
Vocês já imaginaram um time com Zubizarreta, Rodolfo, Papin, Figo, Maradona, Van Basten, Gerd Müller, Garrincha e Pelé? Obviamente, seria um esquadrão quase imbatível. O que todos têm em comum? Nasceram no período do calendário correspondente ao signo de escorpião (não me perguntem quando é). Seriam todos eles ignorados por Domenech. Nem para Pelé ele abriria uma exceção. No máximo, talvez, o deixasse eternamente no banco de reservas, como faz com Reveillère (o único escorpião em seu plantel).
Nesta quinta-feira, sem Pires, a França de Domenech tombou diante do México, em Polokwane. Os mexicanos, que na primeira rodada não conseguiram vencer a África do Sul, deitaram e rolaram para cima dos Azuis. O placar de 2 a 0 poderia ter sido maior. No primeiro gol, o veloz Javier Hernández aproveitou-se da "linha burra", e dominou a bola sozinho com o goleiro Lloris. O drible no arqueiro foi o requinte de crueldade, antes do golpe final desferido. O segundo tento foi de pênalti, do lendário veterano asteca Cuauhtémoc Blanco. México quase classificado, França quase eliminada.
Ainda na quarta-feira, a anfitriã África do Sul perdera para o Uruguai, por 3 a 0, em grande dia de Forlán. Uruguaios quase classificados, sul-africanos quase eliminados. Vejam que situação: México e Uruguai se enfrentam na última rodada, e um empate classifica ambos. A torcida local não ficará nada satisfeita se o jogo de comadres de fato acontecer. Afinal, o empate eliminaria a própria África do Sul, qualquer que seja o resultado dos Bafana Bafana diante da França.
Mas zebra mesmo na quarta-feira foi a derrota da Espanha para a Suíça.
Em 18 jogos contra os suíços, os espanhóis haviam vencido 15 e empatado 3. Além disso, a Fúria estava invicta há muito tempo, e tem perdido muito pouco. Mas o famoso ferrolho da Suíça funcionou, e
Xavi e companhia simplesmente não conseguiam criar oportunidades. Já o suíço
Gelson Fernandes mandou a Jabulani para as redes, na única chance que teve, em jogada de muita garra. Suíça 1, Espanha 0.
No grupo B, a Argentina confirmou o favoritismo ao bater a Coréia do Sul por 4 a 1, com três gols de Higuaín. No outro jogo do grupo, a Nigéria abriu o placar, mas ficou com dez jogadores, e deixou a Grécia virar a partida. A Argentina está praticamente classificada, e a outra vaga está em aberto.
Amanhã, temos a segunda partida da sensação da primeira rodada, a envolvente Alemanha, contra a Sérvia. Conseguirão os alemães repetir a encantadora atuação da estréia contra a Austrália?
PC
Nada rende como o dia a dia do futebol...
ResponderExcluirNão sei se a astrologia tirou a França da Copa, mas seu adorador o fez...
Citação no Solteiros contra casados.
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