segunda-feira, 13 de abril de 2009

Não foi por falta de aviso


Amigos, já é segunda-feira, mas a revolta de domingo continua. Os idiotas da objetividade afirmam, categóricos: "é chororô". Não, amigos, não é chororô. O Fluminense atuou mal? Sim, quem viu o jogo sabe disso. Não estou querendo apagar a má atuação tricolor. A pergunta que se coloca é outra: era possível atuar bem?

O juiz-ladrão, Marcelo de Lima Henrique, minou a equipe tricolor. Aos quatorze minutos do primeiro tempo, já havíamos recebido três cartões amarelos! Ora, um time assim intimidado não pode atingir o ápice de sua performance.

Mas não foi por falta de aviso. Um amigo tricolor, o Mario, me alertou, quando soube que Marcelo havia sido o escolhido para a arbitragem do Fla-Flu: "Marcelo não é médico, mas já operou o Botafogo. Precisamos vigiar". Meu irmão Ramón não quis ir ao Maracanã, mesmo com o ingresso comprado: "Paulinho, sinceramente, desanimei depois que vi que o juiz escalado era aquele mulambo (sic)".

O único caso de juiz-ladrão confesso de que tenho notícia no Brasil é o de Edilson Pereira de Carvalho. Certa vez, ele explicou os seus métodos, após a confissão: "O jeito mais fácil de atrapalhar uma equipe é inverter as pequenas faltas. Isso irrita o jogador, e poucas pessoas percebem". O larápio de ontem aprendeu direitinho: essa foi uma das técnicas utilizadas na roubalheira.

Posso apontar ainda outros erros do árbitro. Em certo momento do jogo, o goleiro Diego, do Flamengo, manteve a bola em suas mãos por longos onze segundos, enquanto a regra permite apenas seis. Será que o juiz não sabe a regra, ou será que ele estava mal intencionado? Outra: a conivência com a cera rubro-negra no segundo tempo. Em quase todos os lances, um jogador do Flamengo caía no chão, e o juiz paralisava o jogo. Ingenuidade? Ou má intenção? Diante disso, os quatro minutos de acréscimo foram uma piada de mau gosto.

A parte disciplinar também foi um desastre. Enquanto os jogadores do Fluminense recebiam cartões por qualquer cuspe, o volante rubro-negro Airton distribuía bordoadas impune. O lateral-esquerdo Juan, autor do gol da vitória do Flamengo, abusou de se jogar no chão, tentando iludir a arbitragem, e tampouco era punido. Houve ainda as agressões a Fred e Thiago Neves, que o larápio ignorou. Para finalizar, vou citar os dois pênaltis não marcados para o Fluminense: Marquinhos derrubado, e um corte na bola com a mão.

Escrevi acima que "não foi por falta de aviso". Repito agora trechos de crônicas publicadas aqui mesmo, para comprovar o que digo:
1. "Há certo receio em relação ao árbitro escolhido pela Federação (Marcelo de Lima Henrique), pois ele prejudicou severamente o Botafogo contra o Flamengo no ano passado. Porém, todos esperam que ele seja imparcial dessa vez. Tudo para o bem do espetáculo!" (Esquenta - Flamengo x Fluminense, 11/04/2009)
2. "O Flamengo vai jogar com 13 titulares, contando com o árbitro e o bandeirinha." (Massami Ito, botafoguense, em comentário no Esquenta - Flamengo x Fluminense, horas antes do jogo).
3. "Antes disso, preciso deixar bem claro que as arbitragens tendenciosas dessa primeira semana me levam a começar a acreditar que o campeonato está sendo manipulado para que o Flamengo se sagre campeão. Aguardemos mais um pouco antes de acusações formais. Mas não posso negar que minha mente de apostador está exigindo que eu aposte alto no tri rubro-negro. E infelizmente isso não se deve a méritos em campo." (Personagem do sábado - Luiz Antônio, 31/01/2009)

O leitor ainda considera que foram poucos avisos? Então, começo a citar fontes que não o nosso próprio blog:
2. Olho nele(s)! (Pavilhão Tricolor).

É por essas e outras que eu havia prometido uma dica de investimento para hoje. Lá vai: apostem no título do Flamengo. Ainda não sei as cotações do Sportingbet, mas acredito que apostar na Taça Rio do Flamengo deve retornar em torno de 1.7, isto é, 70% de lucro certo. Vai perder essa chance? Eu apostarei 300 reais, porque é o que eu posso. Se eu tivesse mais dinheiro disponível, investiria tudo.

Encerro o texto informando o meu afastamento do Campeonato Carioca de 2009. A partir de agora, todas as crônicas sobre esse certame serão de responsabilidade do Rafael Amaro. Só volto a escrever em caso de título do Botafogo; isto é, não volto a escrever sobre o Campeonato Carioca de 2009.

PC