Após um ano de intensa rivalidade com seu companheiro de equipe Alain Prost, Senna, atual campeão tinha tudo para, novamente, levantar o caneco ao final da temporada. Antes disso, até, já que fazia um campeonato belíssimo.
Tão arrasador era o seu desempenho que o seu maior rival, mesmo pilotando uma McLaren igual à do brasileiro, insinuava que a equipe privilegiava o atual campeão, fornecendo-lhe melhor material. Mas os Deuses da Velocidade trataram de desfazer qualquer mal-entendido gerado pelas acusações, e acabaram prejudicando o Ayrton: duas quebras de motor (Phoenix e Itália) e uma de câmbio (França) além de ele também não completar as provas de Silverstone (errou dele mesmo) e Portugal (acidente com Mansell, que fez todas as besteiras possíveis nessa prova). Com isso, o piloto francês passou à frente no campeonato e, na penúltima prova do ano, em Suzuka, só restava uma opção ao Senna: vencer! Qualquer outro resultado dava o título ao Prost.
Veio então a fatídica corrida, e não deu outra: Senna e Prost disputavam a liderança. A sete voltas do fim, Senna tenta a ultrapassagem na chicane, e Prost não evita o toque. Afinal, se ambos abandonassem a prova, ele seria campeão. Mas Senna não queria desistir, e pediu ajuda aos comissários para voltar, já que o motor de seu carro tinha morrido.
No toque, Ayrton teve a asa dianteira quebrada, e precisou parar nos boxes para trocá-la. Ele tinha cinco voltas para tentar chegar à primeira posição, que era de Alessandro Nannini, piloto italiano da Benetton. Senna acelerou muito, voou baixo, foi lá e conseguiu a vitória, que adiava a decisão para a Austrália. Mas aí veio a má notícia: na sua volta à pista, depois da batida com Prost, Senna cortou a chicane, e por isso foi desclassificado (alguns acham que foi porque ele foi ajudado pelos fiscais, mas isso é - ou era - permitido no regulamento). Com isso, Nannini venceu a corrida, e Prost foi campeão mundial naquele ano. Tri-campeão.
Senna não só foi desclassificado, como teve sua superlicença cancelada. Eis o que ele disse sobre o incidente:
"Eu acho que o que aconteceu em 1989 foi imperdoável e eu nunca irei esquecer isso. Eu me empenho em lutar até hoje. Você sabe o que aconteceu aqui: Prost e eu batemos na chicane, quando ele virou sobre mim. Apesar disso, eu voltei à pista, ganhei, e eles decidiram contra mim, o que não foi justo. E o que aconteceu depois foi "teatro", mas eu não sei o que pensei. Se você faz isso, você será penalizado, multado e talvez perca sua licença. Essa é a forma correta de trabalhar? Não..."
Aí começaram seus desentendimentos com o presidente da FIA, Jean-Marie Balestre. Aí também sua rivalidade com Prost atingia níveis mais intensos. Esta batalha estava perdida, mas haveria outra, no mesmo cenário, mas com desfecho diferente.
rafs
Volta da pole position:
A corrida de dentro dos carros de Senna e Prost:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=4UMoRX1Uoho
http://www.youtube.com/watch?v=IMWmcJ0n2XQ
http://www.youtube.com/watch?v=ixoUf5fZg7g
http://www.youtube.com/watch?v=lXx9e3PVUNA
http://www.youtube.com/watch?v=w54125jZrz4
http://www.youtube.com/watch?v=hYiXRM5c-EQ
O Senna era muito sinistro...
ResponderExcluirApós aquela batida qualquer um teria jogado a toalha...o cara voltou e ainda ganhou a corrida!
Gênio!!!
Foi a maior injustiça da história da F1.
ResponderExcluirPunir o cara por ter cortado a chicane! Isso se faz quando o cara deliberadamente ganhou tempo com a manobra, o que não foi o caso.
Resultado: veio Suzuka 90 e ninguém pôde chiar...