(capa da revista argentina El Gráfico: Orlando com a camisa do Boca Juniors)
Amigos, ontem faleceu Orlando Peçanha de Carvalho, um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro. O niteroiense possuía muita força física, mas isso não o impedia de ser habilidoso. Orlando sabia sair jogando com a bola nos pés, como poucos defensores na história. Além disso, seu futebol era marcado por uma incrível capacidade de antecipação. Um amigo mais velho, que teve a sorte de ver Orlando jogar, me conta que seu estilo de jogo era muito semelhante ao do jovem Thiago Silva, do Milan e da Seleção Brasileira.
Os primeiros anos de Orlando no futebol foram no Vasco da Gama, onde jogou de 1955 a 1960. Jogava ao lado de Bellini, tanto no clube da Colina quanto na Seleção Brasileira. Nesse período, Orlando conquistou três títulos importantes: os Campeonatos Cariocas de 1956 e 1958, pelo Vasco, e a Copa do Mundo de 1958, na Suécia, pela Seleção.
De 1960 a 1964, Orlando jogou no Boca Juniors, da Argentina. Conquistou dois campeonatos nacionais no período, em 1962 e 1964, e foi vice-campeão da Libertadores em 1963. A passagem de Orlando por Buenos Aires impediu sua convocação para a Seleção da Copa de 1962, pois não eram chamados jogadores que atuavam no exterior.
Em 1965, Orlando voltou ao Brasil, para atuar no Santos. No alvinegro praiano, atuando ao lado de Pelé e companhia, conquistou dois Campeonatos Paulistas (1965 e 1967) e uma Taça Brasil (1965). As boas atuações de Orlando no Santos renderam seu retorno à Seleção Brasileira, para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.
Em 30 jogos pelo escrete verde-amarelo, Orlando sofreu apenas uma derrota: 3 a 1 para Portugal, na Copa de 1966. Em 1970, Orlando encerrou a carreira, no mesmo Vasco onde sua carreira começou.
Que Orlando descanse em paz, pois seus feitos com as camisas de Vasco, Santos e Seleção Brasileira ecoarão pela eternidade.
PC
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