Sobre o árbitro de Botafogo x Flamengo

Atendendo a pedidos, faço aqui breve histórico do árbitro Luís Antônio Silva dos Santos, que apitará a segunda semifinal da Taça Guanabara, entre Botafogo e Flamengo, na quarta-feira. Analisarei principalmente suas atuações em grandes jogos.

Em 2003, ele apitou Vasco 1 x 0 Fluminense, jogo válido pelo returno do Campeonato Brasileiro. Sua atuação foi considerada boa.

Em 2004, Luís Antônio apitou a semifinal da Taça Guanabara: Flamengo 2 x 0 Vasco. Sua atuação foi boa. O momento de maior tensão foi a troca de empurrões entre o vascaíno Morais e o rubro-negro Jônatas, mas ambos foram corretamente expulsos.

Ainda em 2004, Luís Antônio foi o árbitro da final da Taça Guanabara, entre Fluminense e Flamengo. O Flamengo venceu por 3 a 2, e a atuação do juiz foi excelente, sem interferência no resultado.

Ainda em 2004, o Índio, como é conhecido, apitou Vasco 4 x 0 Fluminense, pela Taça Rio. Sua atuação mais uma vez foi boa, sem influência no resultado da partida.

Ainda em 2004, Luís Antônio apitou a primeira partida da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Vasco. A vitória rubro-negra por 2 a 1 também não foi influenciada pela atuação do árbitro.

Ainda em 2004 (parece que nesse ano alguém gostava muito dele na Federação!), o Índio foi o juiz de Vasco 4 x 0 Botafogo, jogo válido pelo turno do Campeonato Brasileiro.

Em 2005, o Índio apitou Botafogo 1 x 1 Vasco, jogo válido pela primeira fase da Taça Guanabara. Mais uma vez, não houve muitas reclamações a respeito de sua atuação. A final da Taça Guanabara de 2005 também foi apitada por Luís Antônio: Volta Redonda 0 x 0 Americano (Voltaço 3 x 2 nos pênaltis).

Ainda em 2005, Luís Antônio apitou a final da Taça Rio, entre Fluminense e Flamengo. O Fluminense venceu por 4 a 1, no dia seguinte à morte do Papa João Paulo II, tão identificado com a torcida tricolor. A atuação de Luís Antônio mais uma vez foi boa, sem maiores influências no resultado da partida.

Em 2006, mais uma semifinal de Taça Guanabara no currículo do Índio: Botafogo 2 x 1 Americano, mais uma atuação considerada correta.

Em 2008, o Índio apitou a semifinal da Taça Guanabara, Botafogo 2 x 0 Fluminense. Neste clássico, ele teve sua atuação comprometida por um erro grave. Quando o jogo ainda estava empatado, anulou gol legal do tricolor Washington. No restante da partida, foi bem, exceto pela tolerância com a cera do Botafogo. Expulsou corretamente o alvinegro Triguinho e o tricolor Thiago Silva, e ainda assinalou corretamente pênalti do tricolor Ygor no alvinegro Túlio.

Ainda em 2008, Luís Antônio apitou a finalíssima do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Botafogo. A vitória rubro-negra, de virada, por 3 a 1, não foi influenciada pela atuação do juiz.

Já em 2009, houve muita polêmica em mais um Botafogo x Flamengo apitado pelo Índio: a final da Taça Rio. A vitória rubro-negra, por 1 a 0, foi manchada por diversas interpretações equivocadas do árbitro. O capitão rubro-negro Fábio Luciano distribuiu bordoadas durante os noventa minutos, sem a devida punição. O lateral flamenguista Juan conseguiu cavar diversas faltas, enganando Luís Antônio ao se atirar. No lance do gol rubro-negro, aos 17 minutos do segundo tempo, houve falta clara no alvinegro Léo Silva, ignorada pelo árbitro.

O último clássico apitado pelo Índio foi, coincidentemente, o último Botafogo x Flamengo, válido pelo Campeonato Brasileiro de 2009. O Flamengo venceu por 1 a 0, no Engenhão, com gol de Adriano. O Índio assinalou corretamente pênalti do rubro-negro Airton no alvinegro André Lima. Adiantando-se, Bruno defendeu a cobrança de Lúcio Flávio. O juiz errou ao não mandar voltar a cobrança.

Conclusões:

Como se pode ver no retrospecto de qualquer juiz normal, todos os clubes possuem vitórias e derrotas sob seu apito. Se a lista de jogos com erros é extensa, a de jogos com boas atuações também o é. Árbitros são humanos, e podem errar. Na humilde opinião deste escriba, não houve má intenção nas partidas com atuação ruim.

Tudo o que desejamos é uma arbitragem isenta, que não prejudique o espetáculo.

Estamos de olho.

PC