sexta-feira, 10 de junho de 2011

Recordar é viver - A invasão corintiana em 1976

Charge de Ziraldo no JB do dia seguinte.

Amigos, teremos Corinthians x Fluminense no domingo, e sempre que temos um Corinthians x Fluminense, vêm à nossa mente as recordações dos grandes jogos entre os dois grandes clubes. A glória tricolor nas finais da Copa Rio em 1952, a invasão corintiana na semifinal do Brasileirão de 1976, a revanche tricolor na semifinal do Brasileirão de 1984, a classificação corintiana na semifinal do Brasileirão de 2002, o título tricolor após meses de disputa no Brasileirão de 2010. A história nos mostra: Corinthians e Fluminense parecem ter nascido para quebrar lanças em batalhas memoráveis. (aqui, cabe dizer que a própria idéia do Corinthians surgiu durante uma partida do Fluminense, assistida pelos jovens que fundariam o clube paulista semanas depois)

Sempre que se fala na famosa invasão corintiana em 1976, vem à tona a polêmica: havia quantos paulistas no Maracanã? As reportagens da imprensa na época estimaram em torno de 40 a 50 mil - convenhamos, um número já espetacular, equivalente a aproximadamente um terço dos 146.043 presentes no Estádio Mario Filho. Por algum motivo, relatos posteriores quiseram aumentar o número - como se isto fosse necessário, como se o feito já não fosse extraordinário! Já li textos falando em 70, 80 e até 100 mil corintianos. Tenho a impressão de que o número aumenta conforme o tempo passa. Chegará então o dia em que constataremos, perplexos, que só havia corintianos naquela chuvosa tarde no Maracanã.

O Jornal do Brasil, em sua edição de 06/12/1976, estimou que havia 50 mil corintianos no Maracanã - aproximadamente um terço dos 146 mil presentes.

Aquela semifinal seria disputada em jogo único, e o Fluminense, por ter a melhor campanha, teve o privilégio de jogar em casa. A equipe tricolor era a melhor do país, uma verdadeira Seleção montada pelo presidente Francisco Horta. Mesmo com o desfalque de Paulo Cézar, o favoritismo na semifinal era muito grande: nem mesmo os viajantes corintianos possuíam real esperança de classificação. No entanto, veio dos céus um ingrediente extra para o clássico: um dilúvio bíblico, que inviabilizou o bom futebol do Fluminense no segundo tempo. "Choveu tanto que os fotógrafos tiveram que improvisar caixas de picolés para protegerem seus equipamentos", escreveu o JB.

Antes da chuva, ainda no primeiro tempo, o Fluminense abrira o placar com Pintinho, completando cruzamento aos 18 minutos. Até ali, a ordem natural das coisas estava sendo preservada, e o Tricolor estava se garantindo na grande final. Porém, quando eram decorridos 29 minutos, o Corinthians achou o gol de empate, numa improvável meia-bicicleta de Russo, em lance de escanteio. Seria apenas uma pedra no caminho do Fluminense, se não fosse o cruel dilúvio.

O Fluminense jogava para vencer: dominava o meio-de-campo e atacava muito mais. O Corinthians queria o empate, queria levar o jogo para a prorrogação e depois os pênaltis. E nisso a chuva ajudou muito: o segundo tempo foi muito prejudicado pelas péssimas condições do gramado encharcado. O campo do Maracanã virou um autêntico lamaçal, e a etapa complementar praticamente não viu futebol.

Fluminense tenta atacar no campo encharcado.

Também a prorrogação, de meia hora, se arrastou sem maiores emoções. Uma única oportunidade foi criada, no último minuto, pelo Fluminense, mas Doval perdeu o gol. E então fomos para a cruel e derradeira solução: o desempate com os tiros da marca penal.

Neca fez 1 a 0, Rodrigues Neto perdeu (defesa de Tobias). Russo fez 2 a 0, Carlos Alberto Torres perdeu (nova defesa de Tobias). Moisés fez 3 a 0, Doval fez 3 a 1. Zé Maria fez 4 a 1 e classificou o Corinthians. Sobre a disputa, escreveu n'O Globo o mestre Nelson Rodrigues: "Onde o Corinthians teve sorte foi na cobrança dos pênaltis. A partir dos pênaltis, a competição passa a ser um cara e coroa. O Fluminense perdeu três, não, dois pênaltis, e o Corinthians não perdeu nenhum. Eis regulamento de rara estupidez. Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo. Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo".

No domingo seguinte, o Internacional venceu o Corinthians por 2 a 0 no Beira-Rio, e sagrou-se bicampeão brasileiro. Os dois clubes disputaram a Copa Libertadores de 1977: o Corinthians foi eliminado na primeira fase, e o Internacional caiu na semifinal. A Máquina Tricolor, que vencera até o bicampeão europeu Bayern de Munique, deixou a nítida impressão de que poderia ter levantado mais taças. Mas havia uma invasão e um dilúvio em seu caminho...

PC

Ficha Técnica: Fluminense 1 x 1 Corinthians [PK 1x4].

Reportagem do JB fala em 42 mil ingressos vendidos em SP.

JB, detalhes da organização da caravana da Fiel: incríveis 100 ônibus, que trouxeram 3 mil torcedores ao Rio: cada um pagou Cr$ 150 pela passagem.

Torcida do Corinthians no Maracanã.

Matéria recente da TV Globo, com alguns "erros de memória" dos jogadores:

Vìdeo do Canal 100:

132 comentários:

  1. Sensacionais a sua crítica ao aumento da proporção de corintianos com a passagem do tempo e a crítica do grande Nelson Rodrigues ao esdrúxulo "desempate" na disputa de pênaltis.

    Belo texto. Os fatos expostos com os recortes dos jornais da época não dão margem a invencionices. Só os fatos têm vez.

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    1. Mais uma evidência de que a torcida do Corinthians estava em considerável minoria está no vídeo da disputa de pênaltis, em que fica bem claro que ocupam apenas uma fração da arquibancada, atrás do gol onde foi realizada a disputa.

      Vídeo disponível no YouTube:
      https://youtu.be/qqss5VJaLRg

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    2. Quanto ao "desempate" por pênaltis, Nelson Rodrigues foi de fato certeiro em sua crítica. Essa "solução" inventada no futebol é uma das coisas mais estúpidas que já vi. Em qualquer esporte, quando uma partida está empatada, ela continua a ser jogada, até que um dos lados prevaleça. É assim no basquete, é assim no vôlei, é assim no tênis.

      No futebol, não. Resolveram que, se um jogo termina empatado, devemos desistir do jogo e partir para um esporte que não tem nada a ver com o jogo em si. O equivalente seria decidir um jogo de basquete em uma disputa de lances livres, ou o tênis em uma disputa de saques.

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    3. "Eis regulamento de rara estupidez. Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo. Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo."

      Outro dia, assistindo ao bom filme sobre a carreira de Roberto Baggio, pensei bastante sobre esse assunto. O que aconteceu na carreira daquele craque devido a esse regulamento estúpido é triste demais.

      Não deveria ser assim. O sujeito dedica uma vida ao esporte, para no fim o grande momento ser definido numa disputa tão aleatória quanto um cara-ou-coroa.

      Aliás, mais injusta que um cara-ou-coroa, visto que as estatísticas demonstram que a disputa de pênaltis não é um jogo com equilíbrio de forças, tendo o time que bate primeiro 60% de chances de sair vitorioso.

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    4. A quem estiver interessado, o filme sobre Roberto Baggio se chama "Il Divin Codino", é dirigido por Letizia Lamartire e escrito por Ludovica Rampoldi e Stefano Sardo, e estrela Andrea Arcangeli, Valentina Bellè e Thomas Trabacchi. É baseado em eventos da vida real do craque italiano. Está disponível no Netflix, tendo sido lançado em 26 de maio de 2021. Recomendo!

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    5. E sobre a estatística das disputas de pênalti, recomendo meu antigo post:

      Em disputas de pênalti, sempre escolha cobrar primeiro!

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  2. Eu estava lá e só a arquibancada estava dividida, com torcedores do Brasil inteiro na torcida corinthiana (a favor dos pobres coitados contra o grande time da época), duas bandeiras do São Paulo e uma do Palmeiras na Torcida Tricolor.

    Nas cadeiras e na Tribuna, predomínio aboluto Tricolor, assim como na geral.

    Pelo menos 60% do público no estádio era Tricolor, segundo penso E VI.

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    1. Você está enganado, meu caro.
      Estava lá também, nas cadeiras onde tinham 3/4 de corinthianos, em uma maioria inconteste e absoluta.
      fato comprovado por dezenas de imagens, livros e depoimentos, como por exemplo, o de Walter Abraão e Eli Coimbra, narradores ao vivo da extinta TV Tupi.
      Nas arquibancadas estava dividido.
      Os tricolores só ganhavam nas gerais onde as pessoas ficavam de pé.
      Abs.

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    2. Os jornais do dia seguinte, documentos mais confiáveis sobre o assunto, por motivos óbvios, dão razão ao Alexandre...

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    3. Não existiu jornal algum, nem no dia seguinte e nem em dia algum, que afirmou que havia mais tricolores que corinthianos.
      Ao contrário, tanto os jornais cariocas como os paulistas, afirmaram que o Maracanã estava DIVIDIDO.
      As cadeiras estavam ocupadas em maioria pelos corinthianos, e não há uma linha de jornal, confiáveis ou não, que fale o contrário.
      Os relatos, livros, imagens e filmagens confirmam essa verdade que só quem não esteve lá é capaz de duvidar.

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    4. falar é fácil Marcos, quero ver expor jornais que provem sua tese igual PC Filho fez.

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    5. Quem tem que provar é quem contesta, não quem afirma. De qualquer maneira o que o Marcos Juvela esta afirmando, porque ele estava presente, esta de acordo com um monte de testemunhas que Igor Ojeda e Tatiana Merlino apuraram para escrever "A Invasão Corinthiana"

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    6. Sobre a venda de ingressos para Fluminense e Corinthians, na famosa semifinal de 1976. Contam um monte de estorinhas, mas seguem os fatos:
      Foram colocados à venda para essa partida, 169.173 ingressos, sendo 110.000 de arquibancadas, 35.000 de gerais, 23.100 cadeiras, 765 cadeiras especiais e 268 camarotes (há uma diferença de 40 ingressos, possível erro de datilografia do editor Luiz Bayer), havendo também lugares na Tribuna de Honra, cadeiras perpétuas e outras gratuidades previstas em lei. Jornal dos Sports de 4 de dezembro de 1976, página 4 (edição eletrônica 14290):
      http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_04
      Tantã, chefe da torcida do Corinthians, afirmava no dia anterior ao jogo que seriam 40.000 corinthianos presentes ao Maracanã. Jornal dos Sports de 4 de dezembro de 1976, página 5 (edição eletrônica 14290):
      http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_04
      A torcida do Corinthians acampou na sede do Flamengo. Jornal dos Sports de 5 de dezembro de 1976, página 10 (edição eletrônica 14291):
      http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_04
      O Jornal do Brasil de 6 de dezembro de 1976 (capa) informou que 50.000 corintianos estiveram no Rio de Janeiro naquele final de semana. Dos 52 mil ingressos enviados a São Paulo para a torcida do Corinthians, 10.000 foram devolvidos, sendo 700 cadeiras vendidas para os corinthianos na hora do jogo.
      https://news.google.com/newspapers…
      Quatro horas e quarenta e cinco minutos antes do início da partida, haviam ainda cerca de 10.000 arquibancadas e 25.000 gerais para serem vendidas, de modo que é de se supor que as arquibancadas tenham sido esgotadas ou quase isso. Caso esgotadas, sobrariam ainda mais de 32.000 ingressos vendidos, fora as gratuidades. Jornal dos Sports de 6 de dezembro de 1976, página 3 - Flashes (edição eletrônica 14292).
      http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_04
      Haviam na torcida corinthiana bandeiras do Flamengo, Vasco e Botafogo. Jornal dos Sports de 6 de dezembro de 1976, página 5 edição eletrônica 14292):
      http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=112518_04

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    7. Obrigado pelas novas fontes confirmando os dados do texto, Alexandre. Excelente pesquisa!

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    8. De acordo com a maioria dos depoimentos de pessoas que estavam presentes – não somente corinthianos e, entre eles, jornalistas –, a divisão foi mais ou menos esta: nas arquibancadas, meio a meio; nas cadeiras, uma proporção de entre dois terços a três quartos de corinthianos; e nas gerais quase exclusivamente torcedores do Fluminense.

      Muitos observam que a metade alvinegra das arquibancadas estava muito mais densa: ou seja, as pessoas estavam muito mais espremidas. Além disso, informações dos jornais dão conta que pelo menos por uma vez a torcida do Corinthians “empurrou” o cordão de isolamento em direção ao lado do Fluminense.

      Ou seja, considerando-se que a carga de ingressos reservada para esse espaço foi de 110 mil, é possível estimar que apenas nesse setor havia entre 55 e 65 mil corinthianos – sabe-se que em qualquer estádio do Brasil o setor de arquibancadas quase sempre tem lotação total, ou seja, eventuais sobras de ingressos acontecem nas áreas mais caras.

      Vale destacar ainda que o público oficial de 146 mil é o dos que pagaram ingresso. Não é absurdo nenhum calcular que, entre pagantes e não pagantes, estavam presentes no Maracanã umas 160 mil pessoas.
      Então, podemos facilmente concluir por meio de uma operação matemática simples que: nas arquibancadas, metade de 110 mil pessoas daria conta de (no mínimo) 55.000 corinthianos, somados aos ¾ de 23.100 das Cadeiras, = 17.325 corinthianos, dando um total de 72.300 corinthIanos no estádio. Conta que é modesta tendo em vista a superlotação do lado das arquibancadas alvinegras.

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    9. Mostrem os recortes dos jornais, como eu fiz. Não existem esses números que vocês inventam. Não estão em nenhuma fonte confiável. Eu e Alexandre mostramos as reportagens demonstrando nossos números. Por que vocês não fazem o mesmo? É simples: porque os seus números são invenções da cabeça de torcedores. 😎

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    10. Não existe documento oficial cofiável que se mostre para determinar estiveram ni Marcanã naquele dia Os jornais podiam no máximo dar suas opiniões calcadas na pura observação, TODOS OS JORNAIS, inclusive o jornal carioca Jornaldo Brasil aformava que o estádio estava dividido. Ajudei nos depoimentos que resultaram no livro A INVASÃO CORINTIANA, onde vc vai encontrar CENTENAS de depoimentos de tricolores e paulistas, jogadores, jornalistas, torcedores e cartolas, a respeito dessa realidade inconteste.
      Ademais, existe farto material disponivel que atesta essa realidade, como imagens, vídeos e depoimentos gravados,
      Mas vc pode continuar acreditando no terraplanismo que afronta os fatos, Estamos numa democracia,

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    11. Claro. Depoimentos colhidos 30 anos depois valem mais que os relatos dos jornais do dia seguinte... 😂😂😂😂

      Você é que está sendo o "terraplanista" aqui.

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    12. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. Ramón, obrigado pelos elogios.

    Alexandre, obrigado pelo relato de testemunha ocular.

    :)

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  4. Mais um pouco :

    A união com a torcida do Flamengo a partir deste jogo recebeu a alcunha de FLA-FIEL, união que durou até a torcida rubro-negra tomar uma enorme surra dos corinthianos nas quartas de finais do Brasileirão 1984, em São Paulo.
    Roberto Assaf, afirma com propriedade em seu livro sobre a história do Campeonato Brasileiro, que houve consenso na época terem 60.000 pessoas TORCIDO PARA O Corinthians, pois corinthianos mesmo, não creio que eram nem os 42.000 ingressos vendidos em São Paulo, pois muitos não devem ter conseguido vir, pelo número de ônibus, carros e aviões que alegaram ter vindo para cá, bastando fazer os cálculos para se perceber isso, talvez uns 30.000 tenham vindo de São Paulo para ver este jogo.

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  5. Desculpe-me, PC, não prercebi no comentário acima, que quem estava logado em meu computador era omeu filho Matheus.

    Alexandre Berwanger.

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  6. Olá equipe do NetFlu, meu nome é Felipe Siqueira, sou editor-chefe do portal do Esporte Interativo: http://www.esporteinterativo.com.br/

    Em entrevista ao programa 'Zico na Área', aqui do nosso canal de TV, o zagueiro do Milan Thiago Silva, ídolo tricolor, disse que pretende encerrar a carreira no Fluminense!

    Segue o vídeo com a declaração:
    http://www.youtube.com/watch?v=6Z9STD_9a3w

    ST!

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  7. Post citado nos comentários do Blog do Paulinho:
    http://blogdopaulinho.wordpress.com/2012/12/15/invasoes-corinthianas-sao-absoluta-realidade/

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  8. Metade das arquibancadas (55 mil) eram corintianos. 2/3 das cadeiras (20 mil) eram de corintianos. 70 mil ingressos foram vendidos para corintianos na capital paulista em menos de 4 horas. 1500 ônibus saíram de SP para o RJ. O que vocês estão contestando??? Alem do que a torcida do Fluminense sempre foi pequena. Para encher seu lado no Maracanã, precisa levar a família inteira para assistir os clássicos. Sempre foi assim e continua sendo. A unica diferença é que em vez ser sufocada pela torcida do Flamengo (o maior do RJ), a torcida do Fluminense foi sufocada pela torcida do Corinthians (o maior de SP).

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  9. Jose Maria,

    Tudo bem, você quer discutir com o Jornal do Brasil do dia seguinte, que afirmou que foram apenas 42 mil ingressos vendidos em SP... (o recorte de jornal está na postagem, você poderia ao menos ter lido antes de comentar)

    Pode espernear à vontade contra os fatos. Pode alimentar a utopia, à vontade. Mas não reclame se te chamarem de maluco. rsrsrs!

    Sobre a torcida do Fluminense "ser pequena", saiba que 4 dos 10 maiores públicos da história do futebol brasileiro tiveram a presença dessa torcida pequenina. Haja familiar, hein!

    Abraços,
    PC

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  10. PCFilho

    Ainda que o Jornal do Brasil fosse o único jornal com credebilidade para fazer a cobertura desse evento, declararam em suas paginas na edição de 6-12-1976, que haviam 50 mil corintianos presentes e que os mesmos dividiram o Maracanã no meio. Esta escrito isso no mesmo jornal da qual você extraiu essas duas manchetes. Portanto a torcida corintiana é ainda maior do que vocês estão declarando que fosse. Um jornalista da TV Cultura pergunta a uma corintiana antes mesmo dela ocupar seu lado no estadio: 80 mil corintianos no Maracanã, o que você acha disso? Como eles sabiam disso, antes mesmo da torcida ocupar seu lado no estadio? Esta registrado, é só pesquisar. Posso até concordar que 90 mil, 100 mil corintianos é um exagero! O marcanã tinha fama de comportar 200 mil pessoas e como estava cheio, dava aimprensão que haviam essa quantidade extravagante de torcedores de ambas as equipes. A unica falha na cobertura daquele evento foi a pouca importância dada a torcida do Fluminense. Mas o Flu jogava em casa portanto era normal ter sua torcida em peso. A novidade era a torcida do Corinthians que encheu seu lado no Maracanã! Isto é fato comprovado, por fontes tão boas quanto o JB.

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  11. Jose Maria,

    O público pagante no Maracanã em 05/12/1976 foi de 146.043 pessoas.

    Os jornais da época - TODOS - apontam algo entre 40 e 50 mil corintianos (conforme comprovam os recortes no post, que vc parece não ter lido).

    Então, obviamente, o Maracanã não estava dividido meio a meio. No "melhor" cenário para o Corinthians, havia 50 mil corintianos e quase 100 mil tricolores.

    É só fazer as contas. ;)

    PS: cuidado pra não se contradizer, hein. Você já fez isso nesses comentários...

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  12. "O susto, a euforia, a festa ... e a fiel que compareceu em massa (cerca de 70 mil pessoas) ao maior estadio do mundo". - Jornal Folha de S.Paulo, 6-12-1976, caderno de esportes

    "Fiel sem limites dona do Maracanã. Não se tem ideia no futebol mundial, de uma torcida ter invadido outro Estadio como fez a do Corinthians no ultimo domingo no Maracanã... Não estamos exagerando se dissermos que no Corinthians x Fluminense, havia de publico uns 70% de corintianos." - Jornal A Gazeta esportiva de 6-12-1976

    "Nossa! Acho que erramos de estadio! Acho que estamos no Pacaembu em vez do Maracanã!" - Renato, jogador do Fluminense naquela partida, em edição especial pela Rede Globo.

    "Nossa! Isto aqui esta dividido! Vamos contar para ver até a onde vai! As arquibancadas estavam divididas no meio, só que o lado corintiano era mais cheio. Nas cadeiras eram 2/3 ou 3/4 de corintianos. Não havia corintianos na geral." - Basílio, jogador do Corinthians presente naquela partida, em edição especial pela TV Cultura.

    http://jovempan.uol.com.br/esportes/futebol/invasao-corinthiana-no-maracana-completa-33-anos-181699,,0

    Naquela época o Maracanã comportava 171.500 pessoas confortavelmente lotadas. Naquela tarde de domingo, das 120 mil pessoas lotadas nas arquibancadas 60 mil eram corintianos. Das 26.043 pessoas (aproximadamente) lotadas nas cadeiras, 17.362 eram de corintianos. Dos 146.043 pagantes, 77.362 eram de corintianos. Ninguem chamaria de Invasão uma simples presença de 50 mil corintianos no Maracanã. Tambem não chamariam assim se houvessem apoio em massa de outras torcidas cariocas. Se ouve Invasão é porque tinha mais corintianos presentes do que a torcida do Flu.

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  13. Jose Maria, as fontes que você cita são todas convenientemente paulistas, e obviamente bairristas. Além disso, gostaria de ver os recortes dos jornais, como eu fiz com o Jornal do Brasil. Se puder providenciá-los, seria uma contribuição para a discussão. O depoimento de um jogador do Fluminense que você cita foi dado mais de trinta anos depois do fato, e certamente está contaminado pela passagem do tempo (qualquer historiador já ouviu diversas "memórias confusas" de testemunhas de fatos que já ocorreram há muito tempo).

    Repare que não estou diminuindo o feito da torcida do Corinthians, muito pelo contrário. Já escrevi no texto da postagem, mas repito aqui: os 40-50 mil corinthianos que estiveram no Maracanã provavelmente configuram A MAIOR INVASÃO DE UMA TORCIDA VISITANTE NA HISTÓRIA DO FUTEBOL.

    Nunca houve deslocamento sequer semelhante de nenhuma outra torcida na história, nem no futebol nem em outro esporte (nem mesmo da torcida do próprio Corinthians). (se houve, peço que você cite)

    Não há necessidade de inflar ainda mais o feito já extraordinário. Desculpe, mas beira ao ridículo falar em 80 mil corinthianos no Maracanã, sendo que EM NENHUMA OUTRA OCASIÃO NA HISTÓRIA houve mais do que, digamos, 30 mil. Nem mesmo na semana seguinte, quando o Corinthians jogou a final do mesmo Brasileirão no Beira-Rio.

    Os fatos são os seguintes, amplamente noticiados e confirmados: 146.043 pagantes, dos quais, com muito boa vontade, 50 mil estavam torcendo para o Corinthians.

    O resto é fantasia. Conforme escrevi no texto: "por algum motivo, relatos posteriores quiseram aumentar o número - como se isto fosse necessário, como se o feito já não fosse extraordinário! Já li textos falando em 70, 80 e até 100 mil corintianos. Tenho a impressão de que o número aumenta conforme o tempo passa. Chegará então o dia em que constataremos, perplexos, que só havia corintianos naquela chuvosa tarde no Maracanã."

    ;)

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    1. Não há 'boa vontade" para chegar ao número de 70/80.000 corinthianos.
      Basta fazer um cálculo de matemática elementar.
      Na arquibancada do Maracanã dos anos 70, cabiam cerca de 110.000 torcedores (dados públicos)
      Essa é a parte do estádio que ESTAVA RIGOROSAMENTE DIVIDIDA.
      Esse é um fato inquestionável, até pelo maior anticorintiano da face da terra.
      Pois bem, somente nesse setor tinha, seguramente, entre 50.000 e 55.000 torcedores de cada time.
      As cadeiras, como todos sabem, foi tomada por maioria corinthiana.
      A geral por maioria tricolor.
      Público total presente: 160.000 torcedores (aproxim)
      Pronto.
      Sair fora desse raciocínio é defender o indefensável.

      http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://old.gazetapress.com/v.php%253F1:111543:6&imgrefurl=http://www.gazetapress.com.br/pauta/8617/invasao_corintiana_no_maracana_em_1976&h=626&w=955&tbnid=r2O2Vi8exAbzLM:&zoom=1&docid=PpJobbk6aISGQM&ei=JdaBVfjKCMrCggT_vID4CQ&tbm=isch&ved=0CCwQMygQMBA

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    2. Vejam as bendeiras corinthianas no setor das cadeiras, na foto postada por mim, acima.
      Posso postar dezenas delas, que atestam que os corinthianos dominaram com folga esse setor.

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    3. Mais;
      http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.todopoderosotimao.com/imagens/curiosidades/invasao_1976.jpg&imgrefurl=http://www.todopoderosotimao.com/p_curiosi/invasoes_corinthianas.php&h=403&w=600&tbnid=oCn0Y2NoJBESMM:&zoom=1&docid=lXF33Elf7GVGlM&ei=JdaBVfjKCMrCggT_vID4CQ&tbm=isch&ved=0CCQQMygIMAg

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    4. Setor das cadeiras:
      Só Corinthians!

      http://www.gazetapress.com.br/pauta/8617/invasao_corintiana_no_maracana_em_1976#

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    5. Lembrando também que somente 45 mil ingressos foram postos a venda em SP. Os jornais paulistas e essas fontes da mídia paulista que vc dispôs não tem os dados completos do jogo, somente o que eles chamam de "aproximadamente", mas nem explicam como chegaram a esse mito.

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    6. "Maracanã poderá ter recorde... Os preços e a distribuição dos ingressos é o seguinte: Arquibancadas, 110 mil à Cr$ 25,00; Geral, 35 mil à Cr$ 5,00; Camarotes, 268 à Cr$ 250,00; Cadeiras Especiais, 705 à Cr$ 100,00; Cadeiras sem numeros, 23.100 à Cr$ 50,00; Concessionários, 800 à Cr$2,50." Folha de S.Paulo de 3-12-1.976, pag.28

      "Em cinco horas foram vendidos os 52 mil ingressos enviados à São Paulo, mas desde ontem a torcida do Coríntians já estava chegando ao Maracanã (pag.36)" primeira pagina do Jornal do Brasil de 4-12-1.976.

      "PAULISTAS COMPRARAM 52 MIL INGRESSOS EM 5 HORAS... Vinte e cinco mil arquibancadas e 5 mil cadeiras foram enviadas ao Parque São Jorge (Sede do Corinthians); 14 mil arquibancadas e 2 mil cadeiras na Federação (FPF) e outras 6 mil arquibancadas foram distribuidas em varias agencias do Banco Bandeirantes." Jornal do Brasil de 4-12-1.976, pag.36

      "Alem das torcidas da cidade de São Paulo, cerca de 30 cidades do interior paulista também mandarão suas caravanas, ... " Jornal do Brasil do dia 4-12-1.976, pag 36

      "Aglomeração pelos ingressos... No Parque São Jorge chegaram 38 mil ingressos, sendo 30 arquibancadas e 8 mil numeradas (entenda cadeiras). Mas este numero apenas representa a parte reservada ao clube, não estando incluidos os ingressos solicitdos pela Fedração Paulista de Futebol." Folha de S.Paulo de 4-12-1.976, pag.28

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  14. Uma boa estimativa de quantos tricolores estariam no Maracanã na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976 seria olhar o público pagante do Maracanã na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1975. Bastante lógico, não? Afinal, foram dois jogos de importância praticamente igual, na mesma época, no mesmo estádio.

    Pois é, exatamente um ano antes da "invasão corinthiana", o Fluminense jogava a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1975, contra o Internacional. E em jogo único, exatamente como em 1976.

    Na tarde de 7 de dezembro de 1975, o Maracanã registrou 97.908 pagantes, a imensa maioria de tricolores, conforme os relatos de todos os jornais.

    Supondo que 97.908 tricolores foram ao Maracanã na semifinal de 1976, teríamos então 48.135 corinthianos.

    "Coincidência", o número bate com os divulgados no Jornal do Brasil, que fala em 40-50 mil corinthianos.

    Podemos encerrar a discussão?

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    1. Texto de jornal não define nada, porque é escrito por jornalistas que tem pouca precisão, se utilizam de métodos nada científicos (achismo) e muitos são parciais.
      Mas abaixo vai Imagem de Jornal da época, em que afirma que 70% do Maracanã estava tomado por corinthianos.

      http://www.gazetapress.com.br/pauta/8617/invasao_corintiana_no_maracana_em_1976#

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    2. Mais um:
      70.000 corinthianos:

      http://www.gazetapress.com.br/pauta/8617/invasao_corintiana_no_maracana_em_1976#

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    3. "Texto de jornal não define nada"

      Se é assim, então suas fontes são lixo. Pelo menos a fonte do cara tem os detalhes de quantos ingressos foram vendidos, o público pagante, etc... Já esses jornais paulistas só falam que foi tal número, mas não diz os detalhes para provar isso.

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    4. As manchetes de jornal, as declarações de quem foi assistir aquela partida e as fotos, são fontes incontestáveis, eles estavam presentes. Alem desses tem as transmissões por Radio e TV, que tambem estavam presentes e são fontes fidedignas. O Jornal do Brasil declarou 50 mil corintianos. A Folha de S.Paulo, cerca de 70 mil, concentrados nas arquibancadas e nas cadeiras. Nenhum dos jornais citados e outros que cobriram o evento declararam quantos tricolores tinham e quantos cariocas estavam apoiando os paulistas.

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    5. Mitsuo, você estava no saco do seu pai quando eu presenciei tudo isso de corpo presente e tudo que aqui relatei foi a expressão exata daquilo que eu testemunhei, que eu vi.
      Os jornais paulistas relataram tudo que envolveu a INVASÃO em detalhes, se você tiver a decência de lê-los. mais: leia o livro "A invasão Corinthiana" de Igor Ojeda e Tatiana Merlino, em que está registrados CENTENAS de entrevistas de personagens que participaram desse dia histórico, inclusive, jogadores, presidente, dirigentes e torcedores do Fluminense. Eu tive o prazer de ser um dos entrevistados. Todos os relatos confirmam o que eu aqui relatei. abs

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  15. PCFilho, da mesma forma que você considera os jornais paulistas como fontes duvidosas, eu também posso considerar o Jornal do Brasil como uma fonte duvidosa tambem.

    Tambem achar a torcedores do Fluminense em partidas anteriores aquela é puro achismo.

    Outra coisa não adianta nada alguém entrar no assunto e dizer: "Eu estava la, só havia corintianos nas arquibancadas. O restante do estadio estava tomado por tricolores. Eu tinha 13 anos e fui assistir a partida com meu pai". Uma criança de 13 anos de idade não repararia nestes detalhes. Isto é uma mania de torcedor detalhista e com mais de 25 anos de idade. Alem do que as fotos tiradas do momento da entrada do Corinthians em campo, mostram exatamente o contrario.

    As poucas fotos do evento mostram muito bem a onde tinha torcedores do Fluminense e do Corinthians. A torcida do Corinthians se concentrava nas arquibancadas e nas cadeiras. E a torcida do Fluminense se concentrava nas arquibancadas e nas gerais.

    Vou ficar devendo os recortes que você mui gentilmente me pediu. Mas a titulo de pesquisa, voce pode acessar arcevo.folha.com.br e encontras a manchete do dia 6-12-1976, no caderno de esportes "O susto, a euforia, a festa"

    Um grande
    abraço!

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  16. Jose Maria,

    Já li as reportagens da Folha de São Paulo do dia seguinte ao jogo. E reparei que elas nunca afirmam com certeza sobre a quantidade de corinthianos no Rio de Janeiro. É sempre "aproximadamente 70 mil", "calculada em 70 mil", etc. E me lembro de um trecho menos ufanista, afirmando que eram não 70, mas cerca de 60 mil corinthianos.

    Já o Jornal do Brasil dá relatos muito mais precisos, dando conta até de detalhes da bilheteria (como a informação de que 10 mil dos 52 mil ingressos enviados a São Paulo foram devolvidos).

    E veja só: mesmo que as mais exageradas e bairristas estimativas da Folha estivessem certas, a torcida do Fluminense ainda teria sido a maioria (146.043 pagantes, 76.000 tricolores e 70.000 corinthianos).

    Enfim, eu não gosto de contos de fadas, mas admito que são muito mais atraentes que a realidade. Por isso, entendo os exageros cometidos por vocês. Como escrevi no texto, chegará o dia em que constataremos, perplexos, que só havia corinthianos naquela tarde chuvosa no Maracanã... :)

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    1. Metade para cada lado é razoável tendo em vista que as cadeiras (onde eu estava) tinham maioria corinthiana, na proporção de 3/4.
      Os tricolores só eram maioria na geral.
      metade de 160.000 (público presente estimado) é 80.000.
      Então tinham cerca de 80.000 para cada lado.

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    2. Estimar em 80 mil corinthianos, repito, é conto de fadas. Não há absolutamente nenhuma evidência concreta que apoie essa estimativa.

      Algo entre 40 e 50 mil. O resto é delírio de torcedor...

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    3. Muito pelo contrário, não há evidências de que NÃO HAVIAM de 70.000 a 80.000 corinthianos no Maracanã, como atestam os fartos dados históricos e documentais, confrontados com os números relatados acima.

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    4. No fundo vc se contradiz muito. Primeiro que vc não sabe os números. Segundo que não foram disponibilizados 70 mil ou 80 mil ingressos, mas 45 mil ingressos. Além domais, tinha torcedores de todos os times "torcendo" para o Corinthians em 1976, palavras do próprio Wladimir.

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    5. Foram diponibilizados entre 52 mil (segundo o JB) á 60 mil ingressos para a Torcida do Corinthians. Corinthianos de 30 municipios paulistas compraram os ingressos no Maracanã, as vesperas do Jogo.

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    6. Milhares de corinthianos compraram ingressos no próprio Maracanã (como eu), pois muitos vieram não apenas da capital mas de diversas cidades do interior. A arquibancada que havia 110 mil pessoas estava rigorosamente dividida, fato comprovado exaustivamente pelas imagens e depoimentos. Só ali haviam 55.000 corinthianos. As cadeiras estavam lotadas de paulistas na proporção de 3/4. Era ali que eu estava. nas gerais os tricolores eram maioria mas também ali haviam corinthianos.
      jamais, em tempo algum, houve uma invasão ao Rio de janeiro como aquele dia. A Fiel não invadiu o maracanã. invadiu o Rio de janeiro e todos os jornais da época, em suas sessões sociais, registraram o fato.

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    7. Você não se cansa de voltar aqui pra repetir esses números tirados da sua mente fértil, não? E nada de apresentar provas...

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  17. PC Filho, concordo plenamente com você. Também não gosto dos exageros, eles servem para contrariar os rivais, mais confundem a cabeça. Por este motivo prefiro as fotos, que são muito poucas.

    Mas se me permite especular dentro daquilo que já coloquei. Havia mais de 146 mil pessoas presentes. 146 mil pessoas se restringia as arquibancadas e as cadeiras. Na geral havia entre 15 a 25 mil pessoas, todas torcendo para o Fluminense. As pouca fotos indicam a exitencia dessas pessoas. Para mim isto é fato comprovado. Exitia publico nas gerais.

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  18. Jose Maria,

    O número de 146.043 é o de pagantes, incluindo arquibancadas, cadeiras e geral.

    Mas concordo que provavelmente havia mais de 160.000 pessoas ao todo, porque já naquela época o número de não-pagantes era grande (e infelizmente não foi divulgado nessa partida).

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  19. Caro Pc, acabo de enviar-lhe um relato que por e-mail, porque, infeliz era muito extenso para o blog. O resumo do resumo é que eu estive naquele épico jogo, com 15 anos à época e te afirmo que a torcida do Corinthians se espremia de forma perigosa, pela super lotação, em metade da arquibancada. Superava em muito a torcida tricolor nas cadeiras e quase inexistia nas gerais que não estavam lotadas. Sobre as publicações da época, apenas o JB mencionou algo menor que 70 mil corinthianos. O livro “A Invasão Corinthiana” de Igor Ojeda e Tatiana Merlino, LF Editorial é uma boa referência porque traz, além de grandes histórias, traz fontes interessantes.
    No e-mail que te passei, há também alguns vídeos que falam por si.
    Abç.

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    1. Recomendo a leitura desse livro, completo e esclarecedor, que tive o prazer de colaborar como depoente.

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  20. Post divulgado em:

    http://www.torcidatricolor.com.br/database/index.php?option=com_agora&task=topic&id=8101&Itemid=13

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  21. Post citado em:
    http://flamengoeternamente.blogspot.com.br/2012/01/invasao-da-torcida-rubro-negra-ao.html

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  22. O primeiro post é de um tricolor doente, que escreveu tudo que quiria e não deixou ninguém escrever o contrario. Ai não vale! Não tem valor. O segundo é uma torcida, bastante numerosa, que resolveu competir com a gente...

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  23. Voltando o assunto, é muito simples explicar o tamanho da Invasão Corinthiana. O Jornal do Brasil considerou apenas as Arquibandadas quando declarou os 50 mil corinthianos, porque estavam cheias, tanto que na mesma nota declara que dividiu o estadio com a torcida do Fluminense. Mas havia corinthianos nas cadeiras em grande quantidade. Portanto havia mais de 50 mil corinthianos legitimos no Maracanã aquele dia.

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  24. Não, Jose Maria.

    O Jornal do Brasil diz claramente "os 50 mil corintianos que vieram ao Rio", sem fazer absolutamente nenhuma distinção entre arquibancadas, cadeiras e gerais.

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    1. Mas esse mesmo jornal, relata em seu texto jornalístico, que o maracanã estava DIVIDIDO, assim como todos os outros jornais esportivos do Rio.

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    2. "Na guerra das torcidas, valeu mais o coração... Dividiu o Maracanã, sufocou o grito de guerra tricolor e provou que garra não é privilegio de um time... A torcida do Fluminense que tem superado suas rivais nos ultimos jogos, mesmo quando em menor numero, não esperava dividir o Maracanã com torcedores de outro Estado. E muito menos ser superada no incentivo à equipe,... Jornal do Brasil, 6-12-1.976

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    3. Unknown: Aqui: Na legenda da foto de capa do Jornal do Brasil de 6 de dezembro de 1976 (http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19761206&printsec=frontpage&hl=pt-BR) está escrito: “O entusiasmo da torcida do Corinthians, que ocupou MEIO Maracanã!

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    4. A legenda da foto com a expressão "meio Maracanã"? Essa é sua fonte? Nossa, quanta precisão. Hahahahaha. O mesmo jornal deu os números que coloquei no post. Eles é que dão a medida exata do número de torcedores do Corinthians naquele dia. Não uma legenda de foto com uma hipérbole, evidentemente. 🤷‍♂️

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  25. SOBRE A INVASÃO CORINTHIANA EM 1976:

    (Explicação de Igor Ojeda, autor do livro A INVASÃO CORINTHIANA, que tive o prazer de participar, ao jornalista Juca Kfouri, sobre eventuais "polêmicas" sobre o assunto.)

    É um texto definitivo, que é resultado da maior pesquisa de caráter jornalístico e científico, realizada entre dezenas de personagens que participaram do célebre acontecimento:

    PODEM SE DELICIAR:

    Como um dos autores, juntamente com Tatiana Merlino, do livro-reportagem “A Invasão Corinthiana. O dia em que a Fiel tomou o Rio de Janeiro para ver seu time no maior estádio do mundo” – do qual você assina a quarta-capa –, gostaria de fazer alguns comentários a respeito do debate sobre os números da Invasão Corinthiana de 1976 ocorrido no último programa “Linha de Passe” de 2012.

    PARTE 1:
    Como um dos autores, juntamente com Tatiana Merlino, do livro-reportagem “A Invasão Corinthiana. O dia em que a Fiel tomou o Rio de Janeiro para ver seu time no maior estádio do mundo” – do qual você assina a quarta-capa –, gostaria de fazer alguns comentários a respeito do debate sobre os números da Invasão Corinthiana de 1976 ocorrido no último programa “Linha de Passe” de 2012.

    O livro que Tatiana e eu escrevemos é uma reportagem, ou seja, é inteiramente baseado em informações apuradas durante longos meses e em 30 entrevistas com torcedores, jogadores, jornalistas e dirigentes. Claro, não quero dizer com isso que a obra seja infalível e não admita reparos. Mas temos a tranquilidade de afirmar que, para elaborá-la, buscamos o maior rigor jornalístico possível.

    Números como a quantidade de corinthianos que invadiram o Rio de Janeiro naqueles dias são impossíveis de se cravar, ainda mais porque o evento em questão aconteceu há longínquos 36 anos. No entanto, nossa conclusão, baseados na exaustiva apuração e nas 30 entrevistas realizadas, é que tal número se aproxima justamente dos 70 mil “consagrados” ao longo do tempo.

    Segundo os meios de comunicação da época, na manhã da sexta-feira que antecedeu a partida a Federação de Futebol do Rio de Janeiro enviou 52 mil ingressos a São Paulo. Os jornais relataram, ainda, que em apenas cinco horas todos os bilhetes disponíveis no Parque São Jorge se esgotaram (na sede da FPF e nas agências do Banco Bandeirantes, em duas horas).

    O Jornal do Brasil posteriormente afirmou que 10 mil desses ingressos haviam sido devolvidos e vendidos no próprio Maracanã. No entanto, a nota, de tom ligeiramente rancoroso, não cita a fonte dessa informação. Destoando da maioria dos meios de comunicação (que falavam em 70 mil alvinegros), o diário carioca usou esse dado para dar sua estimativa sobre o número de corinthianos no Maracanã: 50 mil

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  26. PARTE 2:

    ... Entretanto, em primeiro lugar, à luz dos acontecimentos daqueles dias, a informação dos ingressos devolvidos parece bastante inverossímil (embora não impossível). O clima corinthiano sem precedentes vivido em São Paulo naquela semana – em nosso livro há um capítulo inteiro dedicado à descrição dessa loucura – e a notícia de que os bilhetes disponíveis se esgotaram num piscar de olhos permitem-nos especular sem muito exagero que, se pusessem à venda mais 20 ou 30 mil ingressos, estes igualmente se esgotariam rapidamente.

    Além disso, segundo muitos depoimentos e registros em jornais e revistas, um número de corinthianos impossível de calcular e muito difícil de estimar – mas provavelmente bastante significativo – comprou seus ingressos no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas foram à Cidade Maravilhosa partindo do interior do estado de São Paulo ou de outras partes do Brasil – no fim de semana do jogo, esgotaram-se os voos vindos do Recife, por exemplo. Aliás, a Folha de S. Paulo de domingo trazia a informação de que no sábado tanto tricolores como alvinegros formavam filas de “vários quarteirões” nos diversos pontos de venda espalhados pelo Rio.

    Claro, os focos dos meios eram São Paulo e Rio, por isso a carência de relatos e informações sobre outras cidades e regiões. Mas há informações de que uns 170 ônibus saíram somente de três municípios do interior paulista (Sorocaba, São José dos Campos e Taubaté). Mais um detalhe: mesmo entre os torcedores que partiram da capital, muitos viajaram sem ingressos – caso de parte de nossos entrevistados.

    Portanto, nesse contexto, a conta do JB, de que somente 8 mil corinthianos adquiriram bilhetes no Rio de Janeiro (já que “apenas” 42 mil o haviam feito em São Paulo), é bastante conservadora. Sem falar que não se pode cravar o destino dos supostos 10 mil ingressos devolvidos – em que proporção foram para as mãos de alvinegros ou tricolores.

    Sim, a Folha e os meios paulistas carregaram no tom pró-Corinthians naquela semana, especialmente nas suas capas (até como forma de entrar no clima que tomou São Paulo). Internamente, porém, a cobertura foi honesta. Assim como a do Jornal do Brasil. Mas, em nossa opinião, a estimativa de torcedores paulistas do jornal carioca peca por não considerar os elementos descritos anteriormente.

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  27. PARTE 3:

    Aliás, uma curiosidade: na legenda da foto de capa do JB de 6 de dezembro de 1976 (http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19761206&printsec=frontpage&hl=pt-BR) está escrito: “O entusiasmo da torcida do Corinthians, que ocupou MEIO Maracanã…”. Ato falho?

    Outra maneira de “calcular” o número de torcedores corinthianos no Maracanã naquele dia foi a observação visual da divisão entre as torcidas dos dois times no estádio. Claro que é um cálculo impreciso, mas não muito menos do que as informações dos meios de comunicação da época.

    De acordo com a maioria dos depoimentos de pessoas que estavam presentes – não somente corinthianos e, entre eles, jornalistas –, a divisão foi mais ou menos esta: nas arquibancadas, meio a meio; nas cadeiras, uma proporção de entre dois terços a três quartos de corinthianos; e nas gerais quase exclusivamente torcedores do Fluminense.

    Muitos observam que a metade alvinegra das arquibancadas estava muito mais densa: ou seja, as pessoas estavam muito mais espremidas. Além disso, informações dos jornais dão conta que pelo menos por uma vez a torcida do Corinthians “empurrou” o cordão de isolamento em direção ao lado do Fluminense.

    Ou seja, considerando-se que a carga de ingressos reservada para esse espaço foi de 110 mil, é possível estimar que apenas nesse setor havia entre 55 e 65 mil corinthianos – sabe-se que em qualquer estádio do Brasil o setor de arquibancadas quase sempre tem lotação total, ou seja, eventuais sobras de ingressos acontecem nas áreas mais caras.

    Vale destacar ainda que o público oficial de 146 mil é o dos que pagaram ingresso. Não é absurdo nenhum calcular que, entre pagantes e não pagantes, estavam presentes no Maracanã umas 160 mil pessoas.

    É preciso lembrar que a Invasão Corinthiana não se restringiu ao dia 5 de dezembro. A chegada de torcedores alvinegros à Cidade Maravilhosa começou a ser notada durante toda a semana. Na sexta, passou a ser maciça. E, até o início da manhã de domingo, a imensa maioria dos corinthianos já estava na cidade.

    Portanto, os que chegaram após às 8 ou 9 da manhã de domingo faziam parte dos resquícios da Invasão. As notícias de jornais e os depoimentos dos que testemunharam esse acontecimento são claros: os corinthianos foram ao Rio de moto, carro, perua, ônibus, trem e avião. No caso dos transportes coletivos, foram disponibilizados muitos voos e coletivos extras. Ou seja, os alvinegros não viajaram apenas por linhas regulares.

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  28. PARTE 4:

    Os números de coletivos fretados pelas torcidas organizadas informados pelos jornais – eram seis torcidas – são desencontrados. Uns falaram em 700, outros em milhares. Se considerado o primeiro número, somente de caravanas de organizadas foram cerca de 30 mil pessoas (isso sem levarmos em conta a gigantesca possibilidade de muitos passageiros viajarem em pé nos coletivos, já que noções de segurança no trânsito e fiscalização certamente não eram regra na época).

    Mas é preciso esclarecer que não havia apenas coletivos dessas agremiações. Uma quantidade imensa de ônibus foi fretada por agências de turismo (na terça-feira, somente uma delas já havia fretado 220 ônibus, além de 20 aviões e 60 kombis, segundo os jornais), grupos de amigos, vizinhos de bairros, colegas de trabalho e de universidade e até indústrias e empresas – as fábricas do ABC cederam e/ou financiaram muitos desses ônibus para seus funcionários.

    Por fim, gostaria de comentar o argumento mais utilizado pelos que contestam a Invasão Corinthiana: de que grande parte desses 70 mil torcedores era formada por fanáticos de Flamengo, Vasco e Botafogo.

    Posso afirmar que nossa apuração baseada nos registros de meios de comunicação da época e nos 30 depoimentos tomados contatou que sim, havia torcedores dos times rivais do Fluminense. Mais surpreendente ainda: muitos são-paulinos, palmeirenses e santistas foram ao Rio, e torceram pelo Corinthians.

    Entretanto, de acordo com nossa apuração, esse montante de torcedores não-corinthianos não foi significativo. Claro, se tomados isoladamente, eram uma quantidade razoável. Mas não se inseridos no universo de 70 mil torcedores que estavam apoiando o Corinthians.

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  29. última parte:

    A cobertura jornalística sobre a Invasão Corinthiana foi bastante intensa. Quem é da área sabe que num caso desses são feitas inúmeras matérias e notas auxiliares com curiosidades, personagens e aspectos que fogem da notícia central.

    Muito bem. Simplesmente a suposta presença de tamanha quantidade de torcedores rivais do Flu não mereceu uma única matéria, nota ou box adicional – apenas registros perdidos no meio das reportagens principais. Pelas contas dos que negam a presença de 70 mil corinthianos, teriam ido ao Maracanã pelo menos 20 mil flamenguistas, vascaínos e botafoguenses. Seria um fato histórico quase tão importante quanto o deslocamento de 50 mil corinthianos ao Rio, já que nunca antes – ou depois – algo parecido havia ocorrido.

    Ninguém que ouvimos para a elaboração de nosso livro confirmou essa tese – todos afirmaram a mesma coisa: havia sim torcedores de outros times, mas não em número significativo. E não ouvimos apenas corinthianos. Um flamenguista garantiu não ter visto essa tal quantidade enorme de apoiadores de rivais do Flu. O jornalista Alberto Helena Júnior, que diz ter sido são-paulino na infância e hoje não ter time, e até Francisco Horta, presidente do Fluminense na época, falam em “maioria” corinthiana no Maracanã, mas não fazem a ressalva da presença maciça de outros torcedores.

    Nem os tricolores fanáticos Chico Buarque (que também fala em “maioria” corinthiana) e Nelson Rodrigues mencionam algo nesse sentido em suas crônicas nos dias que sucederam o jogo. Ambos estavam no estádio. Imagino que seria motivo de orgulho para os torcedores do Flu se algo tão histórico de fato tivesse acontecido (“somos tão imbatíveis que chegamos a mobilizar milhares de pessoas contra nós”).

    Observando-se fotos e vídeos do dia do jogo, percebe-se que é possível notar, sim, algumas bandeiras ou camisas de rivais do Flu. Mas apenas “algumas”, não milhares, muito menos 20 mil. Acho que todos concordam que na ânsia por secar o Flu, uns 80% ou 90% desses torcedores estariam vestindo a camiseta do seu time para afirmar sua oposição ao Tricolor; e não a do Corinthians. Pode-se alegar: “ah, mas Botafogo e Vasco têm as mesmas cores, que podem ser confundidas no meio da torcida corinthiana”. Ora, certamente num caso desses a cor predominante seria o vermelho do Flamengo, e isso de maneira alguma é percebido.

    Os registros nos jornais apenas confirmam o que apuramos: as descrições são de “uma” bandeira do time x, “algumas” camisas do time y, “vários” torcedores da equipe z. Em nenhum momento se usa qualificações como “milhares”, “muito numerosas”, “quantidade enorme”, “presença maciça” ou coisas do tipo.

    Além disso, me parece ingênuo considerar que o Fluminense – ou qualquer outro time –fosse capaz de deslocar a um estádio tamanha quantidade de gente contra si. Por mais hegemônico que fosse. As outras equipes já haviam sido hegemônicas anteriormente (Botafogo de Garrincha, o Vasco da década de 1940, por exemplo) e não há registros de mobilização parecida contra elas. O que o Flu tinha para despertar tanto ódio? Seria mais plausível que algo assim acontecesse contra o Flamengo, que reúne no Rio uma legião de “desafetos” muitas vezes maior.

    Um ano antes, o mesmo Flu de Rivellino (já vencedor) disputou a semifinal do Brasileiro contra o Inter no mesmo Maracanã – igualmente, era partida única. O público foi de 100 mil torcedores, e não há informações de grande presença de torcedores rivais no estádio (nem de 20 mil, nem de 10 mil, nem de 5 mil).

    Calcular os corinthianos presentes no Maracanã naquele dia não é uma ciência exata. Mas acredito que os elementos e informações disponíveis, alguns deles relatados acima, sugerem fortemente que eram pelo menos 70 mil.

    De qualquer forma, não importa se 30 ou 100 mil corinthianos. A Invasão Corinthiana ao Rio de Janeiro (e não apenas ao Maracanã) foi um acontecimento histórico até hoje não igualado.

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  30. Público e Renda daquele Fluminense x Corinthians:
    - Publico de 146.043 pagantes e renda de Cr$ 4.027.250,00;
    - Entre 52.000 à 60.000 ingressos foram enviados a São Paulo, para a Torcida do Corinthians. Alem desses corínthianos de 30 municípios paulistas, resolveram comprar os ingressos no Rio;
    - 10.000 ingressos teriam retornados, sendo 700 cadeiras vendidas na hora do jogo. Esta informação é contraditória. Se tivessem retornados, a renda do jogo não atingiria os Cr$ 4.027,250,00 e provavelmente o público seria menor;
    - 263 Camarotes (Cr$ 250,00) = Cr$ 65.750,00;
    - 109.755 Arquibancadas (Cr$ 25,00) = Cr$ 2.743.875,00;
    - 23.100 Cadeiras (Cr$ 50,00) = Cr$ 1.155.000,00;
    - 800 Concessionários (Cr$ 2,5,00) = Cr$ 2.000,00;
    - 12.125 Geral (Cr$ 5,00) = Cr$ 60.625,00;
    - 146.043 Pagantes = Cr$ 4.027.250,00

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    1. Primeiramente, somente 45 mil foram postos as venda em SP. Já esse papo de 30 municipios paulistas não procede pelo que vejo a menos que vc exponha sua "prova" aqui. Sem contar que até as 16 horas só tinha 25 mil paulistas juntos com torcidas rivais no Maracanã. Fonte: Jornal do Brasil.

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    2. 52 mil ingressos foram enviados a São Paulo e foram vendidos em menos de 5 horas, sendo 45 mil arquibancadas e 7 mil cadeiras. Alem desses, pelo menos 30 municípios estão organizando caravanas para assistir o jogo, alguma dela ja presentes no Rio. Fonte: Jornal do Brasil, 4-12-1.976.

      Foram vendidos 38 mil ingressos no Parque São Jorge ontem, sendo 30 mil arquibancadas e 8 mil cadeiras, fora os vendidos na FPF. Para quem vai assistir o jogo no Rio, ainda há ingressos:
      110.000 arquibancadas Cr$ 25,00;
      35.000 geral Cr$ 5,00;
      23.100 cadeiras Cr$ 50,00;
      705 cadeiras expeciais Cr$ 100,00 (não foram vendidas JB)
      800 concessionarios Cr$ 2,50
      268 camarotes Cr$ 250,00
      Fonte: Folha de S.Paulo, 4-12-1.976

      - Os 50 mil corinthianos que vieram ao Rio... Os 52 mil ingressos propalados durante a semana, na verdade eram 42 mil. 10 mil ingressos retornaram, sendo 700 cadeiras na hora do jogo. Até as 16h50 ainda haviam 25 mil ingressos na geral. Com a geral vazia, a renda do jogo não poderia ser record. Jornal do Brasil, 6-12-1.976.

      - Cerca de 70 mil... estavam todos concentrados nas arquibancada e nas cadeiras. Não se via paulistas na geral... Folha de S.Paulo, 6-12-1.976.

      Nenhum dos jornais que cobriram o evento fala em rivais do Flu apoiando os paulistas, mais o JB fala em caravanas de corinthianos de 30 municipios paulistas. E tem mais, se os rivais do Flu foram secar a Maquina, eles compraram os ingressos dos tricolores, porque os ingressos dos corinthianos foram para São Paulo. Portanto todos os ingressos enviados pela Ferj (na epoca FCF) foram vendidos e não retornaram nenhum. Se não a renda não atingiria os Cr$ 4.027.250,00 e o publico menor.

      A Invasão Corinthiana de Igor Ojeda e Tatiana Merlino
      Arquivo Folha
      Arquivo do Jornal do Brasil.

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  31. Esta reportagem é recente
    https://www.youtube.com/watch?v=RiZLQpY4vqQ

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  32. Como disse anteriormente, aquele Fluminense x Corinthians, de 5-12-1.976, registrou um público de 146.043 pagantes e renda de Cr$ 4.027.250,00:
    1º Se 9.300 arquibancadas retornaram, foram devolvidas, como a que a renda bruta do jogo atingiu Cr$ 4.027.250? Com 9.300 arquibancadas a menos a renda do jogo atingiria no maximo Cr$ 3.794.750,00;
    2º Até as 16:50 haviam 25 mil ingressos para a geral. Se havia é porque os demais setores estavam todos vendidos: 169.873 - 25.000 = 144.873, o publico do jogo foi 146.043 pagantes e o jogo iniciou-se às 17:15. Portanto estavam todos lá, os vivos e os mortos tambem! rs

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    1. Os 10 mil ingressos que retornaram de São Paulo foram vendidos para a torcida do Fluminense, ora. Essa conta não faz sentido algum...

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    2. Na nota apenas as 700 cadeiras são vendidas na hora do jogo. As 9.300 arquibancadas não tem noticia deles, apenas que foram devolvidos. Porem, se foi posto a venda como voce sugere, os corinthianos no Rio desde sexta a noite tambem teria acesso a eles...

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    3. Esse jogo Fluminense x Corinthians teve um dos maiores públicos da história, com 146.043 pagantes e pelo menos 160.000 presentes. É óbvio que todas as arquibancadas foram vendidas, inclusive as devolvidas de São Paulo.

      E, evidentemente, a imensa maioria dos ingressos vendidos no Rio de Janeiro foi para a torcida do Fluminense, por motivos óbvios. Primeiro, que o Rio é a cidade-sede do Tricolor; e segundo, que poucos corinthianos viajariam ao Rio sem a garantia do ingresso já comprado.

      Vocês podem tentar aumentar a lenda à vontade, mas os fatos demonstram claramente que havia de 40 a 50 mil corinthianos no Maracanã, e só. Toda essa ginástica para tentar colocar mais paulistas no Maracanã só demonstra como esse conto de fadas é pouco factível.

      Daqui a pouco vão querer dizer que todos os 146 mil presentes eram corinthianos. rsrsrs.

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    4. A maior "ginástica" é aquela que tenta desconstruir os fatos, claramente evidenciados pelas fotos, filmes, relatos e depoimentos de todos que estiveram lá. O Maracanã estava dividido e isso é consenso entre todos que estiveram presentes naquele dia, inclusive de jogadores e dirigentes do Fluminense. Negar isso é defender a mentira. As imagens falam por si. As imagens são mais eloquentes que qualquer palavra. Ademais, nunca na história do Rio de janeiro, a cidade foi invadida e tomada por uma torcida de futebol como naquele dia. Não adianta repetir a suposição de que foram devolvidos ingressos enviados a São Paulo. Primeiro porque isso não é comprovado e segundo porque milhares de corinthianos compraram seus ingressos na porta do Maracanã, inclusive eu. O que existe é uma indisfarçável inveja por parte da imensa torcida de anticorinthianos em tentar o impossível, ou seja, desmerecer ou diminuir um fato que não tem comparação na história do futebol. Os cães ladram e a caravana passa.

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  33. Claro que não! A lenda é justamente os ingresso devolvidos, que só o Jornal do Brasil noticiou. Nenhum ingresso foi devolvido, pelo contrario, se esgotaram em menos de 5 horas e ainda pediram mais.

    E, evidente que a maioria dos ingressos vendidos no Rio de Janeiro foi para a torcida do Fluminense, que era o time da casa, mais não a imensa maioria. 70 mil eram corínthianos, deslocados de São Paulo e de outros lugares do Brasil.

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    1. Ah, sim, o Jornal do Brasil do dia seguinte ao jogo escreveu que 10 mil ingressos foram devolvidos "só de sacanagem", né? Um estagiário resolveu que seria legal inventar essa informação e publicá-la em um dos principais jornais do país. Risos...

      Zé Maria, para enxergar 70 mil corinthianos no Maracanã, haja imaginação, mas OK, eu entendo vocês... Como escrevi acima, os contos de fada são mesmo mais atraentes que a vida real...

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    2. O conto de fadas seria os 146 mil que voce mencionou. Alias seria uma delicia! rsrsrsrs

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  34. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Este ano vamos comemorar 40 anos dessa partida de futebol incrivel! Foi um tremenda injustiça do destino, não ter sido a final do Campeonato.

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  35. Todos os presentes eram corinthianos, Anderson. Não tinha nenhum tricolor. rsrsrs.

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  36. Todos que estavam presentes no dia do jogo, inclusive muitos jogadores e pessoas da comissão técnica carioca, narradores da TV Tupi, como Walter Abraão, Eli Coimbra e outros, descreveram que o Maracanã estava DIVIDIDO.
    Alguns como Eli Coimbra a Abrão disseram e isto está gravado, que a torcida do Corinthians era maior do que a do Fluminense.
    Se o público total era de aproximadamente 160.000 pessoas (146.000 pagantes), é só fazer uma conte de dividir.
    As dezenas de fotos, os vídeos, as declarações, as reportagens, tudo nos indica, sem medo de errar, que os torcedores do Corinthians eram de 70.000 a 80.000 pessoas.
    Apenas na arquibancada, que estava superlotada, foram vendidos 110.000 ingressos, e estava dividida ao meio, dando à torcida corinthiana, o nº de 55.000 pessoas.

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    1. Repito: os jornais do dia seguinte são os documentos mais confiáveis sobre o assunto, por motivos óbvios.

      E eles atestam que o número de corintianos foi entre 40 e 50 mil. Os recortes escaneados no post PROVAM isso. Não adianta espernear contra os fatos...

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    2. Jornal do Brasil: 50 mil; O Globo: 50 mil; Folha de S.Paulo: 70 mil; Estado de S.Paulo: 80 mil. São jornais de credibilidade. Quem foi assistir, jogar tem tanta credibilidade de quem foi cobrir o evento.

      Se foram 60 mil corinthianos mais 10 mil cariocas ou se eram 70 mil, o fato é que metade do Maracanã naquele dia torceu contra o Fluminense. Os jornais do Rio erraram na estimativa. 10 mil corinthianos aportaram no Rio, no sábado, para comprar ingressos. Os demais, aqueles que compraram em SP foram no domingo.

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    3. Eu nunca vi os recortes dos jornais paulistas falando em 70 ou 80 mil corinthianos. Ainda assim, baseado em quê você afirma que foram os jornais do Rio que erraram na estimativa? Eu acho os 50 mil muito mais realistas que os delírios dos paulistas, rsrs.

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    4. Camarotes: 15 tricolores (3 pagantes) e 1.950 corinthianos (260). Estes ingressos foram comprados por corinthianos de cabistas à Cr$ 900,00 cada um. Pela internet, um dos 3 tricolores contou que os demais camarotes estavam cheios de corinthianos.

      Arquibancadas: 55.000 tricolores e 54.755 corinthianos. Os ingressos para os corinthianos foram vendidos no Parque S.Jorge (SP), na FPF (SP), no Banco Bandeirantes (SP) e nos postos de venda no Rio. Portanto deixar de vender 245 é algo bastante normal. Deixar de vender 9.300 ingressos (arquibancadas), impossível.

      Concessionários: 400 vascainos, tricolores e botafoguenses, torcendo pelo Fluminense. 400 flamenguistas torcendo pelo Corinthians. Eles assistiam das arquibancadas.

      Cadeiras: Todas vendidas. 8.050 tricolores e 15.050 corinthianas. Haviam cadeiras vazias, provavelmente eram de tricolres que foram assistir da Geral para não sentar perto de corinthianos e de corinthianos otários que foram assistir das arquibancadas, juntos dos amigos de caravana.

      Geral: 12.125 tricolores e nenhum corinthiano.

      Total: 75.590 tricolores e 72.155 corinthianos. Pode ser que no meios dos 55.155 corinthianos (arquibancadas) houvessem 10.400 cariocas, mesmo assim os demais seriam corinthianos legítimos.

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    5. http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/1976/12/06/20/

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    6. Esse link aí não mostra nenhum desses números que vc escreveu aí acima. Aliás, esses números nem fazem sentido, já que não somam 146.043, público pagante anunciado.

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    7. Em São Paulo, foram vendidos somente 42 mil ingressos. Está escrito na fonte mais confiável disponível. 10 mil dos 52 mil ingressos enviados à capital paulista foram devolvidos...

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    8. Os números dos camarotes, então, são de um delírio de fazer inveja a napoleão de hospício. 15 tricolores e 1950 corinthianos? hahahahaha.

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    9. Mas o link que postei acima, declara que 70 mil corinthianos (mais ou menos) estivera no Rio de Janeiro e não declara, em nenhuma pagina, que foram devolvidos algum ingresso.

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    11. Os 50 mil corinthianos que vieram ao Rio prestigiar seu time proporcionaram um clima de festa, não só na hora do jogo, como antes pela cidade, quando se viam centenas de bandeiras pretas e brancas desfraldadas, milhares de faixas e gritos em coro: "Corinthians, Corinthians." A entrada da torcida paulista foi um espetáculo que suplantou até mesmo o da partida. (Jornal do Brasil de 6-12-1.976 - News Archive)

      Os 52 mil ingressos que teriam sido vendidos em São Paulo, fato propalado durante toda a semana, na verdade eram 42 mil, pois 10 mil foram devolvidos, sendo que 700 eram cadeiras, vendidas na hora do jogo. Até às 16h50m, ainda haviam 25 mil gerais. Com a geral vazia, a renda não poderia ser recorde. Foram apurados Cr$ 4 milhões, 27 mil, 250, para um publico de 146 mil e 43 espectadores. (Jornal do Brasil de 6-12-1.976 - News Archive)

      * 263 Camarotes (Cr$ 250,00) = Cr$ 65.750,00;
      * 109.755 Arquibancadas (Cr$ 25,00) = Cr$ 2.743.875,00;
      * 23.100 Cadeiras (Cr$ 50,00) = Cr$ 1.155.000,00;
      * 800 Concessionários (Cr$ 2,5,00) = Cr$ 2.000,00;
      * 12.125 Geral (Cr$ 5,00) = Cr$ 60.625,00;
      * 146.043 Pagantes = Cr$ 4.027.250,00.

      A presença maciça da torcida corínthiana aqui (no Rio de Janeiro), calculada em torno de 70 mil pessoas, transtornou, ontem, a vida da cidade com engarrafamentos, tumultos, agressões, falta de cigarros e bebidas, nos bares e lanchonetes das imediações do estadio do Maracanã, onde os estoques esgotaram-se rapidamente. As torcidas de outros times cariocas dividiam suas preferencias. Do lado corínthiano, algumas bandeiras do Flamengo, do lado do Fluminense, algumas do Vasco. A torcida corínthiana crescia bem mais rapidamente que a do Fluminense. Exibiam mais bandeiras e conseguiam abafar os gritos dos tricolores com o barulho ensurdecedor de suas vozes, dos seus tambores e dos seus foguetes. Eles estavam todos concentrados nas arquibancadas e nas cadeiras, não se via paulista (corínthiano) na geral. (Folha de S.Paulo de 6-12-1.976 - arcevo Folha)

      Com 10 mil ingressos à menos, a renda não atingiria os Cr$ 4.027.250,00 e muito menos os 146.043 pagantes.

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  38. Carlos Alberto Pintinho, autor do gol, do Fluminense
    https://www.youtube.com/watch?v=-_RSQv302S0

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    1. A tese de que o Corinthians tinha mais torcedores que o Fluminense no Maracanã é tão frágil que vocês precisam apelar para depoimentos colhidos 30 anos depois, evidentemente distorcidos por falhas de percepção e/ou memória.

      Sugiro que espere mais uns 10 anos. Vai aparecer alguma testemunha garantindo que todos os 146.043 torcedores eram corinthianos... ;)

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    2. Adoro seus comentários PC Filho! kkkkkkkk

      Mas que tinha mais de 60 mil corinthianos naquele dia, ah, isso tinha! Mas concordo com voce, se puder, até eu vou assistir aquela partida! kkkkkkk

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  39. Hoje dia 5-12-2.016, completa 40 anos, de uma das maiores atuações da torcida do Corinthians. A torcida do Corinthians, naquele 5-12-1.976, jogou junto do time querido e empurrou para a vitoria, sobre o imbatível Fluminense, a maquina tricolor. Não importa muito os números, eles não dão a verdadeira dimensão daquela partida! Foi um jogo de dois gigantes do futebol brasileiro, times e torcidas jogando junto! Uma das melhores partidas da historia do futebol brasileiro, não pelo jogo que foi feio, mas pela atuação dos dois times que procuravam a vitoria o tempo todo, até o fim. No final venceu quem tinha mais fé e vontade.

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  40. Me preocupando com os números: "Eles estavam todos concentrados nas arquibancadas e nas cadeiras. Não se via paulista na geral." (Folha de S.Paulo de 6-12-1.976)

    - 146 mil pagantes - 12 mil tricolores (na geral) = 134 mil pagantes;
    - 134 mil pagantes dividindo o Maracanã no meio = 67 mil corinthianos no Maracanã;
    - 67 mil corinthianos dentro do estadio + 8 mil que ficaram do lado de fora = 75 mil corinthianos no Rio de Janeiro em 1.976.
    - Os 79 mil restantes eram tricolores.

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  41. Apenas para complementar:
    Boa parte dos corinthianos COMPRARAM SEUS INGRESSOS NA PORTA DO MARACANÃ.
    Outra parte considerável já veio para o Rio com o ingresso nas mãos.
    Por isso, a quantidade de ingressos vendida em São Paulo não atesta o número de corinthianos no estádio, visto que vieram para o jogo, de toda a parte do Brasil e se amontoaram em folas para obter seus ingressos ali mesmo.
    Dados oficiais da década de 70 atestam que na arquibancada do maracanã cabiam 110.000 pessoas. Somente nesse setor, segundo uma divisão matemática, haviam no mínimo 55.000 corinthianos, uma vez que a parte paulista encheu primeiro e foi “empurrando” a divisão provisória feita pelos militares, até chegar á metade, a partir desse momento, passou a haver uma superlotação do setor.
    Nas cadeiras a supremacia paulista era absoluta e incontestável, segundo relato de todas as pessoas entrevistadas, imagens, vídeos e relatos, na base de 3:1. Apenas nas gerais os tricolores eram maioria.
    Basta a aplicação de uma lógica matemática para conclusão de que a tporcida visitante era, no mínimo a metade.
    Para um público de cerca de 160.000 pessoas presentes (146.000 pagantes) basta uma simples divisão por dois.
    Abraços.

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    1. "... chegará o dia em que constataremos, perplexos, que só havia corinthianos naquela tarde chuvosa no Maracanã..."

      As contas de vocês me fazem rir.

      Os únicos fatos comprovados são os seguintes:
      - 160.000 presentes (aproximadamente), dos quais 146.043 pagantes;
      - 52.000 ingressos enviados a São Paulo, dos quais 10.000 foram devolvidos.

      Portanto, sendo generoso com vocês, eram 110.000 tricolores contra 50.000 corinthianos.

      O que já é espetacular pra vocês, pois é a maior presença de uma torcida visitante em toda a história! Pra quê tentar aumentar a lenda?

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    3. Não acredito que houve-sem 160 mil pessoas, as gerais estavam praticamente vazias (umas 12 mil pessoas)! Dentro do Maracanã haviam 146 mil pagantes, das quais arrisco dizer que 79 mil eram tricolores (com alguns vascainos e botafoguenses no meio). Arrisco dizer que dentro do Maracanã haviam 67 mil corinthianos (com alguns flamneguistas no meio). Quando falo alguns flamenguistas, vascainos e botafoguenses, estou dizendo umas 800 pessoas.

      109.755 pagantes (Cr$ 25,00) = CrS 2.743.875,00 (Arquibancadas);
      23.100 pagantes (Cr$ 50,00) = Cr$ 1.155.000,00 (Cadeiras);
      12.125 pagantes (Cr$ 5,00) = Cr$ 60.625,00 (Geral);
      800 pagantes (Cr$ 2,50) = Cr$ 2.000,00 (Concessionários);
      263 pagantes (Cr$ 250,00) = Cr$ 65.750,00 (Camarotes);
      146.043 pagantes (cerca de 66.959 corínthianos) = Cr$ 4.027.250,00 (Publico Total).

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    4. Sobre a suposta presença de vascaínos e botafoguenses na torcida do Fluminense: outro delírio de vocês. As outras torcidas do Rio se uniram contra o Fluminense. Pelo menos desde a década de 1960, nunca houve "amizade" assim entre as torcidas (que são rivais!!!).

      Repito: não adianta fazer essas "contas de papel de pão". As fontes verdadeiras demonstram que qualquer número acima de 50.000 corinthianos é exagero.

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    5. José Maria eu estava nas cadeiras e afirmo com toda certeza que ali haviam cerca de 3/4 de corinthianos. Todos que ali estiveram comigo concordavam comigo e todos os relatos registrados em livros dão conta mais ou menos dessa proporção, como atesta, por exemplo relatos o livro A Incasão Corinthiana, de Igor Ojeda e Tatiana Merlino.
      Assim, sua conta está errada, pois nas arquibancadas divididas haviam 55.000 corinthianos e nas cadeiras cerca de 17.000, o que somaria 72.000 corinthianos.
      O número próximo dos 70.000 que hoje é consenso.
      lembro que na arquibancada, no setor que ficaram os paulistas, ficou abarrotada de pessoas onde muitas ficara, de pé por falta de espaço. Esse setor foi ocupado pela torcida corinthiana que chegou mais cedo ao estádio e, a medida que chegava mais gente, esse setor ia aumentando, até o ponto em que ficou superlotado.

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  42. Alias quero dizer o seguinte: Todos os 68.275 pagantes que assistiram Corinthians x Chelsea, em Yokohama, eram corinthianos, todos eles. Mas dos 146.043 pagantes que assistiram Fluminense x Corinthians, em 1.976, no Rio de Janeiro, cerca de 66.959 era corinthianos, deslocados de São Paulo e do Brasil inteiro.

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    1. Outro tremeeeeendo exagero essa história de que o Estádio de Yokohama só tinha corinthianos, sendo que a emissão de vistos naquele ano não chegou a 40 mil. rsrsrs.

      Uma grande quantidade de torcedores apoiou o Chelsea durante o jogo, é possível ver nas imagens da partida.

      Essa megalomania não tem cura, não? rsrs

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    3. PC Filho, eu também ri do Ze Maria. Resido aqui no Japão e posso dizer que o povo daqui tem muita admiração por times Europeus tanto é que é normal nos mundiais ver Japoneses com gorrinho do Barça, camisa do Real Madrid, Liverpool, e outros. Sem contar que o movimento de pessoas vindas da Europa é algo comum por aqui.

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    4. Voce tem toda rasão Mitsuo Matsuyama, os japonenses simpatizam-se com os clubes europeus. Porem neste mundial, sobretudo na final, o que se via era o preto e branco da torcida corinthiana presente no Japão, inclusive com muitos conterrâneos seus, corinthianos, presentes nas partidas! Fato registrado até pela CNN, com duas matérias: Corinthians: Craziest fans in the word?; Corinthians on top of the word.

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  44. Abaixo relato do trabalho de pesquisa de Igor Ojeda sobre a invasão que resultou no livro A Invasão Corinthiana, que eu tive o prazer de contribuir: ... nossa conclusão, baseados na exaustiva apuração e nas 30 entrevistas realizadas, é que tal número se aproxima justamente dos 70 mil "consagrados" ao longo do tempo.
    Segundo os meios de comunicação da época, na manhã da sexta-feira que antecedeu a partida a Federação de Futebol do Rio de Janeiro enviou 52 mil ingressos a São Paulo. Os jornais relataram, ainda, que em apenas cinco horas todos os bilhetes disponíveis no Parque São Jorge se esgotaram (na sede da FPF e nas agências do Banco Bandeirantes, em duas horas)
    O Jornal do Brasil posteriormente afirmou que 10 mil desses ingressos haviam sido devolvidos e vendidos no próprio Maracanã. No entanto, a nota, de tom ligeiramente rancoroso, não cita a fonte dessa informação. Destoando da maioria dos meios de comunicação (que falavam em 70 mil alvinegros), o diário carioca usou esse dado para dar sua estimativa sobre o número de corinthianos no Maracanã: 50 mil.
    Entretanto, em primeiro lugar, à luz dos acontecimentos daqueles dias, a informação dos ingressos devolvidos parece bastante inverossímil (embora não impossível).

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  45. ...O clima corinthiano sem precedentes vivido em São Paulo naquela semana – em nosso livro há um capítulo inteiro dedicado à descrição dessa loucura – e a notícia de que os bilhetes disponíveis se esgotaram num piscar de olhos permitem-nos especular sem muito exagero que, se pusessem à venda mais 20 ou 30 mil ingressos, estes igualmente se esgotariam rapidamente.
    Além disso, segundo muitos depoimentos e registros em jornais e revistas, um número de corinthianos impossível de calcular e muito difícil de estimar – mas provavelmente bastante significativo – comprou seus ingressos no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas foram à Cidade Maravilhosa partindo do interior do estado de São Paulo ou de outras partes do Brasil – no fim de semana do jogo, esgotaram-se os voos vindos do Recife, por exemplo. Aliás, a Folha de S. Paulo de domingo trazia a informação de que no sábado tanto tricolores como alvinegros formavam filas de "vários quarteirões" nos diversos pontos de venda espalhados pelo Rio.

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  46. ...Claro, os focos dos meios eram São Paulo e Rio, por isso a carência de relatos e informações sobre outras cidades e regiões. Mas há informações de que uns 170 ônibus saíram somente de três municípios do interior paulista (Sorocaba, São José dos Campos e Taubaté). Mais um detalhe: mesmo entre os torcedores que partiram da capital, muitos viajaram sem ingressos – caso de parte de nossos entrevistados.
    Portanto, nesse contexto, a conta do JB, do número de corinthianos que adquiriram bilhetes no Rio de Janeiro (já que "apenas" 42 mil o haviam feito em São Paulo), é bastante conservadora. Sem falar que não se pode cravar o destino dos supostos 10 mil ingressos devolvidos – em que proporção foram para as mãos de alvinegros ou tricolores.
    A estimativa de torcedores paulistas do jornal carioca peca por não considerar os elementos descritos anteriormente.
    Aliás, uma curiosidade: na legenda da foto de capa do Jornal do Brasil de 6 de dezembro de 1976 (http://news.google.com/newspapers?nid=0qX8s2k1IRwC&dat=19761206&printsec=frontpage&hl=pt-BR) está escrito: "O entusiasmo da torcida do Corinthians, que ocupou MEIO Maracanã…". Ato falho?

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  47. ...Muitos observam que a metade alvinegra das arquibancadas estava muito mais densa: ou seja, as pessoas estavam muito mais espremidas. Além disso, informações dos jornais dão conta que pelo menos por uma vez a torcida do Corinthians "empurrou" o cordão de isolamento em direção ao lado do Fluminense. Ou seja, considerando-se que a carga de ingressos reservada para esse espaço foi de 110 mil, é possível estimar que apenas nesse setor havia entre 55 e 65 mil corinthianos – sabe-se que em qualquer estádio do Brasil o setor de arquibancadas quase sempre tem lotação total, ou seja, eventuais sobras de ingressos acontecem nas áreas mais caras.
    Os números de coletivos fretados pelas torcidas organizadas informados pelos jornais – eram seis torcidas – são desencontrados. Uns falaram em 700, outros em milhares. Se considerado o primeiro número, somente de caravanas de organizadas foram cerca de 30 mil pessoas (isso sem levarmos em conta a gigantesca possibilidade de muitos passageiros viajarem em pé nos coletivos, já que noções de segurança no trânsito e fiscalização certamente não eram regra na época).

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  48. ...Mas é preciso esclarecer que não havia apenas coletivos dessas agremiações. Uma quantidade imensa de ônibus foi fretada por agências de turismo (na terça-feira, somente uma delas já havia fretado 220 ônibus, além de 20 aviões e 60 kombis, segundo os jornais), grupos de amigos, vizinhos de bairros, colegas de trabalho e de universidade e até indústrias e empresas – as fábricas do ABC cederam e/ou financiaram muitos desses ônibus para seus funcionários.
    E também me parece ingênuo considerar que o Fluminense – ou qualquer outro time –fosse capaz de deslocar a um estádio tamanha quantidade de gente contra si. Por mais hegemônico que fosse. As outras equipes já haviam sido hegemônicas anteriormente (Botafogo de Garrincha, o Vasco da década de 1940, por exemplo) e não há registros de mobilização parecida contra elas. O que o Flu tinha para despertar tanto ódio? Seria mais plausível que algo assim acontecesse contra o Flamengo, que reúne no Rio uma legião de "desafetos" muitas vezes maior.
    Um ano antes, o mesmo Flu de Rivellino (já vencedor) disputou a semifinal do Brasileiro contra o Inter no mesmo Maracanã – igualmente, era partida única. O público foi de 100 mil torcedores, e não há informações de grande presença de torcedores rivais no estádio (nem de 20 mil, nem de 10 mil, nem de 5 mil).

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    1. A semifinal de 1975 dá mesmo um ótimo parâmetro para estimar as torcidas da semifinal de 1976. Afinal, eram jogos de mesma importância, no mesmo estádio, envolvendo o mesmo Fluminense.

      Em 1975, foram 97.908 torcedores, quase todos tricolores.

      Em 1976, foram 146.043 torcedores. Se o número de tricolores foi parecido com o de 1975, como era de se esperar, sobram cerca de... 50 mil corintianos. Exatamente os números do Jornal do Brasil. Muito longe de "meio Maracanã".

      Acho que podemos encerrar essa discussão besta por aqui, né? 😊

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    2. Magina! O Jornal do Brasil foi muito modesto no seu numero! A torcida do Corinthians, ocupou metade das arquibancadas e metade das cadeiras. Dentro do Maracanã tinha 68.735 corinthianos:
      1. Arquibancada = 54.755 corinthianos + 480 Flamenguistas;
      2. Cadeiras = 11.550 corinthianos;
      3. Camarotes = 1.950 corinthianos (260 Camarotes);
      Total = 68.735 corinthianos.
      Tricolores:
      1. Arquibancadas = 55.000 tricolores + 320 Vascaínos/Botafoguenses;
      2. Cadeiras = 11.550 tricolor;
      3. Camarotes = 15 tricolores (3 Camarotes);
      4. Geral= 12.125 tricolores;
      Total = 79.010 tricolores.
      Não esquecer que o presidente do Flu, mandou os ingressos para o Corinthians. Ele queria casa cheia, para investir no time no ao seguinte!

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    3. Nossa, agora os números são exatos assim? 68.735? 79.010? Qual é a fonte disso? Times New Roman? hahaha!

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    4. - Folha de S.Paulo;
      - Jornal do Brasil;
      - Livro: INVASÃO CORÍNTHIANA, de Igor Ojeda e Tatiana Merlinos;
      - Um desembargador (anonimo) tricolor, que esteve naquele jogo e me confidenciou que apenas 3 camarotes eram tricolores, o restante todos corinthianos.
      Alem daquela continha acima, que modestamente eu fiz:
      a) 109.755 pagantes nas arquibancadas (Cr$ 25,00);
      b) 23.100 nas cadeiras (Cr$ 50,00);
      c) 12.125 na geral (Cr$ 5,00, apenas tricolores);
      d) 800 concessionário (Cr$ 2,50);
      e) 263 camarotes (com prováveis 1.965 pessoas neles!)

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    5. O Jornal do Brasil diz algo BEEEEM diferente desses seus números. Suas fontes são invenções das cabeças de corintianos apaixonados, e suas continhas são fajutas.

      Quero ver apresentar as provas, como eu mostrei os recortes do JB.

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    6. Estou me referindo ao JB de 4-12-1.976, que fez toda a cobertura da venda de ingressos em São Paulo, não aquela edição, que fez aquela piada ridícula da devolução dos ingressos!!! Se tivessem retornados 10.000 ingressos para a Federação Carioca de Futebol, não rederia Cr$ 4.027.250,00 e nem 146.043 pagantes, haja vista que o setor mais vazio, com menos ingressos vendidos, era justamente a Geral, os demais estavam todos vendidos. O amigo quer prova? Veja alguma delas: https://www.youtube.com/watch?v=RiZLQpY4vqQ

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    7. O Jornal do Brasil do dia 6/12/1976, um dia APÓS o jogo, é obviamente uma fonte muito mais confiável que o do dia 4/12/1976, véspera do jogo. 🤷‍♂️

      Chamar de "piada ridícula" o relato de um jornal sério da época só demonstra o quão frágeis são seus "argumentos".

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  49. 50.000 corinthianos no Maracanã é um numero bastantes extravagante! Ok! Quem completou os demais torcedores que torceram contra o Flu, naquele dia, haja vista que metade do Maracanã torceu contra seu anfitrião? Contra o Inter, no ano anterior, só tinha tricolores no semifinal. Com o Corinthians, metade do Maracanã (Arquibancada e Cadeiras) eram nosso. Fato dito e pro palato até por tricolores que estiveram naquele jogo!

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  50. Esta publicação é bastante razoável e demostra algum raciocínio jornalistico, embora acredite em números maiores, rs!

    https://infograficos.estadao.com.br/public/esportes/os-40-anos-da-invasao/a-segunda-invasao

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    1. Mais uma "fonte" que se baseia em relatos colhidos 40 anos depois dos fatos, naturalmente contaminados pela passagem do tempo.

      Repito aqui a crítica que está no post: "Sempre que se fala na famosa invasão corintiana em 1976, vem à tona a polêmica: havia quantos paulistas no Maracanã? As reportagens da imprensa na época estimaram em torno de 40 a 50 mil - convenhamos, um número já espetacular, equivalente a aproximadamente um terço dos 146.043 presentes no Estádio Mario Filho. Por algum motivo, relatos posteriores quiseram aumentar o número - como se isto fosse necessário, como se o feito já não fosse extraordinário! Já li textos falando em 70, 80 e até 100 mil corintianos. Tenho a impressão de que o número aumenta conforme o tempo passa. Chegará então o dia em que constataremos, perplexos, que só havia corintianos naquela chuvosa tarde no Maracanã."

      😊

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