1938: em partida válida pela quinta rodada do segundo turno do Campeonato Carioca, no campo do São Cristóvão, na rua Figueira de Melo, o Fluminense ganhou por 5 a 2 da equipe anfitriã, graças aos gols de Romeu Pellicciari, Hércules, Fogueira (dois) e Tim. Com campanha de dez vitórias, um empate e duas derrotas, o timaço do Fluminense não perderia mais nenhuma partida até garantir a conquista do tricampeonato do Rio de Janeiro (vide 30 de dezembro).
1955: diante de 71.539 presentes (64.428 pagantes) no Maracanã, o Fluminense sofreu uma de suas mais dolorosas derrotas: 6 a 1 para o Flamengo, em jogo do returno do Campeonato Carioca. O meia Didi marcou o único gol do Fluminense no trágico domingo. Revoltados com o revés, torcedores tricolores queimaram uma bandeira do clube, na arquibancada, em episódio que ficou famoso na época. Vale a pena ler um trecho da crônica que Nelson Rodrigues escreveu sobre a bandeira queimada...
"Quando o Fluminense perdeu do Flamengo, por 6 a 1, a torcida tricolor não teve meias medidas: - queimou a bandeira do clube, em pleno Maracanã, numa cerimônia pública e horrenda. E, depois, não saciados, aqueles vândalos, aqueles Neros, aqueles Dráculas sapatearam em cima das cinzas! Lembro-me que o episódio provocou, na ocasião, indignações histéricas. Ninguém entendia que fizessem, com a bandeira Tricolor, naquela tarde, uma Noite de São Bartolomeu. E, no entanto, o incidente oferecia aspectos que escapavam à massa ululante. Eis a verdade: - com o fogaréu improvisado, o martírio invadia o futebol, incorporava-se à tradição do Fla-Flu, dramatizava o clássico, para sempre. Daqui a duzentos anos, quando se encontrarem o Flamengo e o Fluminense, todos hão de se lembrar daquela que, entre todas as bandeiras, foi queimada como uma Joana d’Arc. De resto, ensina a nossa experiência vital que nada se faz sem sofrimento. Até para se beber um copo d'água é preciso um pouco, um mínimo de martírio.
Por outro lado, devemos considerar o aspecto afetivo do fato. E aqui pergunto: - por que um torcedor rasga a carteirinha do clube ou incendeia a sua bandeira? Respondo: - por causa de uma nítida, taxativa, incontível dor de cotovelo. Sem querer e sem saber, a torcida dava uma feérica demonstração de muitíssimo amor. E nunca, como naquele momento, o Fluminense mereceu tanto a atra e negra inveja dos seus co-irmãos. De fato, ele podia bater no peito e clamar, para qualquer um: 'Eu fui queimado e tu, não!'."
1960: na última rodada do Campeonato Carioca, diante de mais de 100.000 pessoas (98.099 pagantes) no Maracanã, o Fluminense tinha a vantagem do empate, mas perdeu por 2 a 1 para o America, ficando com o vice-campeonato. Pinheiro abriu o placar para os tricolores, de pênalti; porém, os americanos empataram com Nilo e viraram com Jorge, o último gol aos 33 minutos do segundo tempo. O Fluminense terminou a competição com 16 vitórias, 4 empates e 2 derrotas, somando um ponto a menos que o America, que tinha 16 vitórias, 5 empates e 1 derrota, e por isso se consagrou como primeiro campeão do estado da Guanabara.
1965: em partida válida pela última rodada do Campeonato Carioca, no Maracanã, o Fluminense ganhou por 1 a 0 do Bangu, gol de Evaldo - resultado que garantiu matematicamente o título do Flamengo (que, já campeão, perderia para o Botafogo no dia seguinte). Com a campanha de 7 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, 24 gols-pró e 15 gols-contra, o Fluminense terminou a competição em terceiro lugar. Curiosamente, dezoito anos depois, o Flamengo retribuiria o favor, vencendo o Bangu para dar o Campeonato ao Fluminense (vide 14 de dezembro).
1983: no amistoso festivo para a troca de faixas dos campeões estaduais, no Maracanã, o Fluminense empatou em 2 a 2 com o Corinthians. Os gols tricolores foram marcados pelo casal 20: Washington e Assis. O Corinthians havia conquistado o Campeonato Paulista em decisão contra o São Paulo, e o Fluminense havia vencido o Campeonato Carioca em triangular com Bangu e Flamengo (vide 4, 11 e 14 de dezembro).
1985: o Fluminense venceu o Bangu por 2 a 1, de virada, diante de 88.162 pagantes no Maracanã, e sagrou-se mais uma vez tricampeão Carioca! O Bangu, que tinha a vantagem do empate por ter vencido o Flamengo, abriu o placar com Marinho, no começo do jogo, em cabeçada certeira; empurrado pela torcida, o Fluminense conseguiu empatar com Romerito, já aos 18 minutos do segundo tempo. O gol do título tricolor foi marcado por Paulinho, em bela cobrança de falta, da entrada da área, aos 31. É tricampeão!
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Aniversariantes do dia:
Waldemar Muniz Barbosa (1934), meia-atacante que integrou o plantel do Fluminense entre as temporadas de 1953 e 1956. Conquistou o Torneio Pentagonal de Aspirantes em 1955.
Jairo Augusto de Oliveira (1943), zagueiro que atuou no time profissional do Fluminense na temporada de 1967.
Leomir de Souza (1961), meio-campista que integrou o plantel do Fluminense de 1983 a 1988, com 31 gols marcados em 259 jogos com a camisa tricolor. Conquistou o tricampeonato Carioca (1983, 1984 e 1985), o Campeonato Brasileiro de 1984, o Torneio de Seul de 1984, a Copa Kirin de 1987 e o Torneio de Paris de 1987. Posteriormente, trabalhou no clube como auxiliar técnico, entre 2011 e 2012 e desde 2017.
Leomir (à direita) comemorando gol com Assis. |
Dirceu Xavier Francisco (1977), meio-campista que atuou no time profissional do Fluminense entre as temporadas de 1995 e 2000.
PCFilho
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